Como Saber Quem Pegou SFilis Primeiro?
Como saber quem contraiu sífilis primeiro?
Sífilis primária – Na sífilis primária, que corresponde ao início da infecção, o sintoma mais característico é o aparecimento de uma ferida única e não dolorosa. Essa lesão surge no local do corpo que teve contato com a bactéria, como os lábios, a boca, o pênis, a vulva, a vagina ou o ânus.
Como saber o tempo que peguei sífilis?
Sífilis é uma doença infecto-contagiosa, sexualmente transmissível, que pode levar à morte se não tratada a tempo. É especialmente perigosa se a pessoa infectada for uma gestante. Saiba mais. Sífilis, ou lues, é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum,
- Pode também ser transmitida verticalmente, da mãe para o feto, por transfusão de sangue ou por contato direto com sangue contaminado.
- Se não for tratada precocemente, pode comprometer vários órgãos como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso.
- O período de incubação, em média, é de três semanas, mas pode variar de dez a 90 dias.
A enfermidade se manifesta em três estágios diferentes: sífilis primária, secundária e terciária. Nos dois primeiros, os sintomas são mais evidentes e o risco de transmissão é maior. Depois, há um período praticamente assintomático, em que a bactéria fica latente no organismo, mas a doença retorna com agressividade acompanhada de complicações graves, causando cegueira, paralisia, doença cardíaca, transtornos mentais e até a morte.
Quanto tempo depois de pegar sífilis aparece no exame?
Sinais e sintomas A sífilis pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. Em formas mais graves da doença, como no caso da sífilis terciária, se não houver o tratamento adequado, pode levar a pessoa à morte.
Sífilis primária: ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (vulva, vagina, pênis, colo uterino, ânus, boca ou outro local da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
Sífilis secundária: os sinais e sintomas aparecem entre 6 semanas e 6 meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.
- Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.
- Sífilis latente: fase assintomática (quando o paciente é portador da infecção, mas não apresenta sinal e/ou sintomas).
- É dividida em sífilis latente recente (até um ano de infecção) e sífilis latente tardia (mais de um ano de infecção).
Sabe-se que a maioria dos diagnósticos ocorrem nesse estágio, sendo realizado exclusivamente por meio dos testes treponêmicos e não treponêmicos. Sífilis terciária: pode surgir de 2 a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sintomas como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
É possível uma pessoa estar com sífilis e a outra não pegar?
Viva Bem: Tem como a sífilis ficar ‘adormecida’? Dá para pegar sem ser por sexo? – Agência AIDS Sim, a sífilis pode ficar latente, que é a fase “adormecida” da IST (Infecção Sexualmente Transmissível). Neste período, a doença não tem sintomas, mas, apesar de menos provável de acontecer, ainda pode ser transmitida a outras pessoas. Por isso, é importante saber que a sífilis possui três fases, que não ocorrem necessariamente de forma sequencial, mas são intercaladas pelo período latente.
Por exemplo, é possível que uma pessoa com sífilis não passe pelas etapas primária e secundária, entrando na fase latente, e aí, desenvolver diretamente a forma terciária após alguns anos. Cada fase funciona da seguinte maneira: Sífilis primária: surge após três semanas da infecção por meio de lesões indolores de 1 a 2 centímetros, chamadas de cancros, na área onde ocorreu a exposição à bactéria que causa a sífilis, que, em sua maioria, é na região genital.
Caso não sejam diagnosticadas e tratadas, essas lesões somem espontaneamente após três a seis semanas, quando o paciente entra na primeira fase de latência. Sífilis secundária: ocorre em 25% dos indivíduos não tratados e apresenta sintomas bastante variáveis, como manchas avermelhadas por todo o corpo, aumento dos linfonodos (pequenas estruturas que possuem células do sistema imunológico que ajudam a combater infecções), mal-estar, cansaço, dor muscular, queda de cabelo, febre baixa, perda de peso, além de poder causar lesões hepáticas (fígado), renais e gastrointestinais.
Essas manifestações também se resolvem espontaneamente após semanas a meses, quando ocorre a entrada da segunda fase de latência. Sífilis terciária: pode surgir entre um a 30 anos depois que a pessoa foi infectada pela sífilis. Além disso, esta fase da infecção pode se manifestar por lesões cardíacas, neurológicas ou pelas gomas sifilíticas, que são lesões nodulares na pele, ossos ou qualquer órgão interno.
Essa é a forma mais grave da sífilis, que pode levar ao óbito. Se você costuma ter relações sexuais sem camisinha, mesmo que não perceba algo diferente em seu corpo, é de extrema importância realizar exames a cada três ou seis meses. Basta procurar a ajuda de um infectologista ou até mesmo de um urologista ou ginecologista.
Estes especialistas estão aptos a prescreverem exames e, claro, indicarem o tratamento caso a sífilis seja diagnosticada. A terapia indicada é a injeção intramuscular do antibiótico penicilina. A aplicação, que geralmente é feita na região do glúteo, deve ser realizada semanalmente entre uma a três semanas.
Sífilis é transmitida apenas por relação sexual? Não. A principal forma de transmissão é por meio do contato sexual sem proteção com alguém que esteja infectado com a bactéria. E isso inclui tanto sexo vaginal quanto anal e oral. Portanto, existem outras maneiras, menos comuns, pelas quais uma pessoa pode contrair sífilis.
Por isso, é importante também realizar exames de IST durante a gestação, principalmente no começo da gravidez e no sétimo ou oitavo mês. Fontes: Bernardo Almeida, infectologista do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba; Christianne Takeda, infectologista do HSJ (Hospital São José), no Ceará; Giovanna Sapienza, médica infectologista do Incor – HCFMUSP (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP) e do Centro de Prevenção Meniá, em São Paulo; Michelle Cinthia Rodrigues, ginecologista e chefe da saúde da mulher do HU-UFPI (Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí), vinculado à rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). Fonte: Viva Bem (UOL)
: Viva Bem: Tem como a sífilis ficar ‘adormecida’? Dá para pegar sem ser por sexo? – Agência AIDS
Quantos anos a sífilis fica incubada?
Sífilis é uma doença infecto-contagiosa, sexualmente transmissível, que pode levar à morte se não tratada a tempo. É especialmente perigosa se a pessoa infectada for uma gestante. Saiba mais. Sífilis, ou lues, é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum,
Pode também ser transmitida verticalmente, da mãe para o feto, por transfusão de sangue ou por contato direto com sangue contaminado. Se não for tratada precocemente, pode comprometer vários órgãos como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso. O período de incubação, em média, é de três semanas, mas pode variar de dez a 90 dias.
A enfermidade se manifesta em três estágios diferentes: sífilis primária, secundária e terciária. Nos dois primeiros, os sintomas são mais evidentes e o risco de transmissão é maior. Depois, há um período praticamente assintomático, em que a bactéria fica latente no organismo, mas a doença retorna com agressividade acompanhada de complicações graves, causando cegueira, paralisia, doença cardíaca, transtornos mentais e até a morte.
É possível pegar sífilis na primeira relação?
Sífilis pode ser transmitida pelo beijo Por Sífilis é o tema da segunda edição do Pílula Farmacêutica desta semana. A infecção sexualmente transmissível é causada pela bactéria treponema pallidum, A infecção na fase primária tem uma maior possibilidade de transmissão, podendo ocorrer de uma pessoa para a outra durante as relações sexuais sem camisinha, através de feridas microscópicas ou ferimentos superficiais na mucosa da vagina ou do pênis.
- Em caso de feridas na região da boca, o vírus também pode ser transferido pelo beijo ou pelo toque nas lesões.
- Os primeiros sintomas da doença são feridas nos órgãos sexuais e ínguas na virilha que começam a surgir entre sete e 20 dias após o sexo desprotegido com uma pessoa infectada.
- Estas feridas não costumam doer, coçar, arder e nem apresentam pus.
Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatrizes, mas a pessoa continua com a doença e ela se desenvolve. Em um estágio mais avançado, apresentam manchas em várias partes do corpo, inclusive nas mãos, pés e pode ocorrer queda de cabelo.
Como saber se a sífilis é antiga?
Entenda como a sífilis evolui e saiba quando procurar ajuda Os sintomas aparecem e desaparecem se a infecção não for tratada, por isso a prevenção é tão importante A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), curável e de caráter sistêmico.
É silenciosa e, se não for tratada adequadamente, perigosa. Após contato inicial com a bactéria, esta pode permanecer no corpo da pessoa por décadas para só depois manifestar-se novamente. A sífilis adquirida até dois anos é considerada recente. Nessa fase, a doença pode manifestar-se como sífilis primária, secundária ou latente recente.
Já a infecção presente no indivíduo há mais de dois anos é chamada de sífilis tardia, e pode manifestar-se como latente tardia ou terciária. A evolução da sífilis costuma ser silenciosa e assintomática. Os sinais e sintomas, quando ocorrem, variam de acordo com as fases da infecção.
- Na sífilis primária pode ocorrer o surgimento de uma úlcera única no local de entrada da bactéria, o cancro duro, geralmente no pênis, vagina, colo do útero, ânus, boca ou outros locais de contato.
- Essa lesão não dói, não coça, não arde e não tem pus.
- Podem surgir também caroços na virilha.
- Essas manifestações ocorrem de 10 a 90 dias após a infecção, que compreende o período de incubação.
Essa ferida desaparece espontaneamente sem deixar cicatriz após algumas semanas, mesmo se não for tratada. Se não for diagnosticada e tratada, a sífilis pode evoluir para a fase secundária, que tem como sinais manchas pelo corpo, principalmente na palma das mãos e planta dos pés, que são as mais comuns, sendo, muitas vezes, confundidas com alergias.
- Essas manchas também desaparecem de forma espontânea em poucas semanas, independentemente de tratamento, mesmo a pessoa ainda tendo a infecção.
- Nesse estágio, pode haver outros sintomas como febre, mal estar, dores de cabeça, náuseas, vômitos e caroços pelo corpo.
- A manifestação da sífilis terciária pode levar longos períodos para ocorrer e talvez os sintomas jamais surjam.
Em geral, o tempo médio para essa fase iniciar é entre dois e quatro anos após a infecção, mas pode demorar décadas. Essa fase da infecção é a mais grave, pois apresenta lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, que causam destruição dos tecidos, podendo levar até mesmo à morte.
Sífilis tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS. É importante se prevenir sempre, usando camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais, inclusive no sexo oral, e fazer o teste rápido anualmente. Uma gotinha de sangue já permite a detecção da sífilis. Não deixe de fazer o teste se você tiver qualquer suspeita.
O resultado sai em apenas 30 minutos. Fonte: Revista Caras :
Como saber se pegou sífilis recentemente?
O que é Sífilis e como saber se você pode estar infectado? – Grupo IBES Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível que tem cura. Mesmo havendo diagnóstico e tratamento, ainda é difícil controlar o número de casos. Só em 2019, foram registrados 152.915 casos de sífilis, sendo a maior parte em indivíduos entre 20 e 29 anos (36,2%).
- Em gestantes, foram 61.127 casos em 2019 e 24.130 casos de sífilis congênita, quando ocorre a transmissão da doença para o bebê durante a gestação.
- Quanto aos óbitos, em 2019 foram registradas 173 notificações por sífilis congênita (em menores de um ano).
- No Brasil, nos últimos 10 anos, houve aumento no coeficiente de mortalidade infantil por sífilis que passou de 2,4 por 100 mil nascidos vivos em 2009, para 7,4 por 100 mil nascidos vivos em 2019.
Em 2018, o coeficiente de mortalidade infantil por sífilis foi de 8,9 por 100 mil nascidos vivos. Para descobrir se você está infectado, basta fazer o teste rápido gratuito na unidade de saúde mais perto de casa. O exame, disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), também detecta HIV, hepatite B e hepatite C.A sífilis traz sérias consequências para a saúde, caso não tratada a tempo, podendo, inclusive, ser fatal.
Leia também: Prático e rápido, o teste é realizado através da coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo do paciente para análise do material. O resultado é disponibilizado em até 30 minutos. É simples, rápido, gratuito e seguro. O tratamento, também ofertado pelo SUS, é feito com o antibiótico penicilina benzatina.
Para que a infecção seja totalmente eliminada, o paciente não pode abandonar o tratamento antes do fim. Entre as infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns no mundo, a sífilis é causada pela bactéria Treponema Pallidum e pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios.
No início, pode ser imperceptível e, em alguns estágios, apresentar feridas que desaparecem sozinhas, causando a falsa sensação de cura. Mesmo assintomática, quando não há sinais visíveis, a pessoa continua transmitindo a bactéria causadora da infecção. O mais indicado é realizar o teste com frequência para diagnosticar a infecção ainda no início e não sofrer com os sintomas e consequências mais graves.
A sífilis também pode ser transmitida durante a gestação. Através do diagnóstico no início da gravidez e tratamento adequado, é possível evitar que a infecção seja transmitida para o bebê. Essa é a forma mais preocupante de transmissão da sífilis porque pode acarretar graves sequelas como má-formação do feto, aborto espontâneo e nascimento prematuro.
Um pré-natal iniciado o mais cedo possível e de qualidade permite que a mãe seja diagnosticada e tratada. O Ministério da Saúde recomenda que o teste diagnóstico seja feito em pelo menos três momentos do acompanhamento gestacional: • Na primeira consulta do pré-natal (idealmente, no 1.º trimestre da gestação); • No início do 3.º trimestre (28.ª semana); • No momento do parto ou em caso de abordo/natimorto, independentemente de exames anteriores.
: O que é Sífilis e como saber se você pode estar infectado? – Grupo IBES
Quanto tempo demora para dar positivo sífilis?
‘Para o diagnóstico de sífilis e HIV, deve-se aguardar um intervalo de 30 dias após a exposição para realizar a testagem.
Quanto tempo a sífilis fica no sangue?
A bactéria da Sífilis pode permanecer no corpo da pessoa por décadas – Grupo IBES A bactéria da Sífilis pode permanecer no corpo da pessoa por décadas As primeiras fases do problema podem ser bem discretas e imperceptíveis, e a pessoa pode passar por eles sem notar, chegando à fase terciária, a mais grave de todas, entre dois e 40 anos depois da infecção.
A sífilis, sendo uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria de nome Treponema pallidum, possui diversos estágios, e por ser imperceptível, é uma batalha que dura décadas. O Ministério da Saúde lançou na tarde desta última quinta-feira (14), a Campanha Nacional de Combate à Sífilis em 2021.
O Boletim da doença, apontou que em 2020 foram registrados 115.371 casos de sífilis adquirida, 61.441 de sífilis em gestantes e 22.065 de sífilis congênita com 186 óbitos. Apesar de o diagnóstico e do tratamento serem simples, essa DST continua fazendo novas vítimas.
A campanha chama a atenção para as formas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. Por meio da Lei nº 13.430, de 31 de março de 2017, instituiu-se o terceiro sábado do mês de outubro de cada ano como o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita (transmitida da mãe para o feto). Como parte da campanha, foi lançado o Guia de Certificação de Transmissão Vertical.
É um guia que padroniza o procedimento para a certificação da eliminação da transmissão vertical da sífilis e/ou HIV para estados e municípios com 100 mil habitantes ou mais. Leia também: “Quando observamos as notificações, nós vemos claramente que houve um pico de casos de Sífilis no ano de 2018.
- Mas, de 2019 a 2020, assistimos a uma considerável queda nos registros.
- E, exaltamos a atuação da Atenção Primária que faz o diagnóstico rápido da doença e encaminhado para o tratamento correto e adequado.
- Isso significa que o SUS está dando uma resposta cada vez mais rápida em relação a essa doença”, contou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo de Medeiros.
Somado a isso, destaca-se que, para além de uma boa cobertura de assistência pré-natal, é preciso identificar e corrigir falhas que ocorrem durante o cuidado, especialmente em relação à testagem, tratamento, registro de tratamento e seguimento com exame laboratorial.
- O uso de preservativos em todas as relações sexuais, o acompanhamento durante a gestação e a testagem regular são formas de prevenir a doença.
- A Secretaria de Saúde disponibiliza testes rápidos para o diagnóstico da sífilis em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), antigo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado na rodoviária do plano piloto.
Nas maternidades, todas as gestantes e mulheres em situação de abortamento também são testadas. O teste também é oferecido às pessoas em situação de violência e para a população privada de liberdade. O Ministério da Saúde reforça que a principal arma contra a doença é o uso de preservativo durante a relação sexual.
- Para identificar casos de forma precoce e encaminhar o paciente para o Sistema Único de Saúde (SUS), o Governo Federal realiza testagem de diagnóstico gratuito para a sífilis.
- Em 2020 foram distribuídos 7,2 milhões de testes rápidos e 6,6 milhões até setembro de 2021.
- Os pacientes diagnosticados com a doença são encaminhados imediatamente para o serviço especializado em saúde para realizar o tratamento, também gratuito, inclusive durante o pré-natal (em caso de grávidas).
Para isso, até setembro de 2021 foram 966 mil frasco-ampolas de penicilina benzatina e 113 mil frascos-ampolas de penicilina cristalina/potássica. A sífilis é caracterizada por períodos de atividade e latência, esse último não manifesta sintomas. Além disso, apresenta diferentes fases.
- A fase primária é caracterizada por uma ferida única e indolor, com bordas bem definidas e endurecidas.
- A fase secundária inicia-se após a cicatrização da úlcera, normalmente a lesão cicatriza sem nenhum tipo de intervenção.
- A fase terciária é caracterizada por destruição tecidual e pode afetar os sistemas cardiovascular, nervoso e ósseo.
A detecção e o tratamento precoce são fundamentais para evitar a propagação da doença. O tratamento é feito com uso de medicamento disponibilizado na rede pública de saúde. Apesar de ser uma doença tratável e curável, ela não gera imunidade. Portanto, a pessoa pode se reinfectar caso tenha relações sexuais desprotegidas com pessoa infectada.
- A sífilis durante a gestação pode provocar aborto, prematuridade e sequelas neurológicas, e causar a morte do recém-nascido.
- A gestante deve procurar a UBS mais próxima de sua residência para receber as orientações e iniciar o atendimento.
- Quando não tratada, a infecção pode evoluir para estágios de gravidade variada, acometendo diversos órgãos e sistemas, principalmente o nervoso e o cardiovascular.
A gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis atua para conscientizar sobre a doença a partir de estratégias de comunicação em saúde para a população em geral e, especialmente, para as populações mais vulneráveis. Ainda, promove educação permanente das equipes de saúde, com o desenvolvimento de ações estratégicas de prevenção coletiva da sífilis.
Quantas benzetacil tem que tomar para curar a sífilis?
Sífilis primária, secundária e latente precoce: injeção única de 2.400.000 unidades de Benzetacil ®. Sífilis latente tardia (incluindo as de ‘tempo não definido’) e terciária, exceto neurossífilis: 3 injeções de 2.400.000 unidades de Benzetacil ®, com intervalo de 1 semana entre as doses.
Como fica a PPK com sífilis?
Conheça a sífilis: Infecção Sexualmente Transmissível que mais contamina no mundo Primeiro vem uma ferida ‘inocente’ na região genital masculina ou feminina, geralmente mais aparente no pênis do que na vagina. Às vezes, também pode aparecer na boca ou no ânus.
“É apenas uma ferida, vai sarar logo”, e é ignorada. De fato, a ferida pode sumir, mas vai reaparecer, em poucos ou muitos anos. Neste momento, ela não vem só como um machucado, e sim como lesão nos ossos, cérebro ou coração, podendo levar à morte. Assim atua a sífilis, Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que mais contamina pessoas no mundo, chegando a mais de 12 milhões de novos casos por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em Salvador, somente em 2017, foram registrados 3.474 casos, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A doença é causada pela bactéria Treponema pallidum e transmitida através de relação sexual desprotegida (sem preservativo) com uma pessoa infectada, ou para a criança durante a gestação ou parto.
Segundo Sofia Campos, sanitarista e diretora de Vigilância à Saúde/Setor de Acompanhamento e Monitoramento das Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais de Salvador, a sífilis pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios, caracterizando-se como primária, secundária, latente e terciária.
Nas duas primeiras, a possibilidade de transmissão é maior. Estágios • Primária – Aparece como uma ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio.
- Essa lesão é rica em bactérias.
- Neste estágio, o infectado não costuma sentir dor, coceira e ardência, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
- Secundária – Nesta etapa os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
- Pode aparecer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés, além de febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo.
• Latente – fase assintomática – Nesta fase não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção). • Terciária – Etapa mais grave da enfermidade, podendo surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção.
- Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
- Alguns estudos indicam que a sífilis é uma doença milenar, uma das mais antigas existentes hoje em dia e possui um enorme desafio referente à sua eliminação.
- A enfermidade está presente em todos os continentes, com maior índice de contaminação na África”, destaca a sanitarista.
Diagnóstico Ao aparecer qualquer ferida nas áreas citadas, a infectologista Miralba Freire, diretora do Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (Cedap), recomenda imediatamente fazer o Teste Rápido (TR), oferecido gratuitamente em qualquer posto de saúde, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou Unidade de Saúde Familiar.
- O resultado sai em até 30 minutos e caso dê positivo, o paciente é encaminhado para fazer um exame laboratorial para confirmar a infecção.
- Isso acontece porque existe algo que chamamos de cicatriz sorológica.
- Uma pessoa que já teve sífilis antes e tratou mantém uma ‘marca’ no sangue, indicando que um dia já teve a doença.
Esta ‘cicatriz’ pode aparecer como positiva no TR, mas não quer dizer que a pessoa ainda tenha a doença. Por isso a necessidade de um novo teste, que oferece resultado mais preciso”, explica a infectologista. Prevenção e tratamento De acordo com Sofia Campos, o método mais seguro de prevenir a sífilis é o uso da camisinha – feminina ou masculina – em todas as relações sexuais.
Diferente da, a sífilis é uma IST curável e, com os avanços das tecnologias de diagnóstico e farmacêuticas, está cada vez mais fácil tratar uma pessoa infectada. Todo tratamento é feito com aplicações de penicilina benzatina, popularmente conhecida como benzetacil. “O medicamento pode ser aplicado gratuitamente em qualquer unidade básica de saúde.
A dosagem depende muito da fase da doença, sendo assim, o tratamento pode levar de uma a três semanas aplicando o medicamento”, aponta a sanitarista. Gravidez Segundo a OMS, ocorrem cerca de 300 mil mortes fetais anuais por conta da sífilis. Sofia Campos explica que o número é muito alto e, por conta disso, é de extrema importância que mulheres que pretendem engravidar façam o exame para detectar a doença. O exame também é recomendado durante o pré natal – no primeiro e terceiro trimestre da gravidez -, além do momento do parto.
“Uma criança que nasce com sífilis pode apresentar diversos problemas de saúde com o decorrer dos anos. Ela pode causar má formação do feto, levando-o à surdez, cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer”, explica a especialista. Assim que a sífilis for identificada, o tratamento com penicilina benzantina deve ser iniciado imediatamente – tanto na mulher, quanto no seu companheiro -, podendo ser realizado até 30 dias antes do parto.
Caso a criança nasça com a enfermidade, o tratamento será executado com penicilina cristalina. “Não há outra alternativa. Pelo bem da sua saúde e do próximo, o necessário é usar sempre camisinha e fazer pelo menos o Teste Rápido todos os anos. Assim podemos garantir o bem-estar maior”, finaliza Sofia.
Como saber se peguei sífilis do meu namorado?
Sífilis | Biblioteca Virtual em Saúde MS O que é? É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, Manifesta-se em três estágios: primária, secundária e terciária. Os dois primeiros estágios apresentam as características mais marcantes da infecção, quando se observam os principais sintomas e quando essa DST é mais transmissível.
- Depois, ela desaparece durante um longo período: a pessoa não sente nada e apresenta uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo em casos de indivíduos não tratados.
- A doença pode ficar, então, estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos, podendo inclusive levar à morte.
Quais os sintomas? A sífilis manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais (cancro duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas, que surgem entre a 2ª ou 3ª semana após a relação sexual desprotegida com pessoa infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus.
Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo, surgindo manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias.
Caso ocorra em grávidas, poderá causar aborto/natimorto ou má formação do feto.
- Como se transmite?
- A sífilis pode ser passada de uma pessoa para outra por meio de relações sexuais desprotegidas (sem preservativos), através de transfusão de sangue contaminado (que hoje em dia é muito raro em razão do controle do sangue doado), e durante a gestação e o parto (de mãe infectada para o bebê).
- Como tratar?
O tratamento mais indicado para a sífilis é a utilização de antibióticos. O maior problema para o tratamento é o seu diagnóstico, visto que a sífilis pode ser confundida com muitas outras doenças. Os pacientes devem evitar ter relação sexual até que o seu tratamento (e do parceiro com a doença) se complete. A gestante deve realizar controle mensal de cura.
- Se não tratada, a sífilis progride, torna-se crônica e pode comprometer várias partes do corpo ou levar à morte.
- Como se prevenir?
- Como não há perspectiva de desenvolvimento de vacina, a prevenção recai sobre a educação em saúde: uso regular de preservativos, diagnóstico precoce em mulheres em idade reprodutiva e parceiros, e realização do teste diagnóstico por mulheres com intenção de engravidar.
- Sifílis Congênita
A sífilis congênita é resultado da infecção do feto pela bactéria causadora da sífilis, através da placenta. É uma doença grave e pode causar má formação do feto, sérias conseqüências para a saúde da criança ou até a morte. IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
Quem já teve sífilis sempre vai dar positivo?
Entretanto, na sífilis tratada tardiamente os testes podem nunca se negativar, persistindo a detecção de anticorpos em títulos baixos. A sorologia, quando se apresenta repetidamente reagente em títulos baixos em usuários corretamente tratados, não tem significado clínico e devem ser considerados curados.
Quem teve sífilis O teste rápido sempre vai dar positivo?
18 ago 2020 Sistematizamos as principais questões abordadas durante Encontro com os Especialistas Fernanda Fonseca, do Departamento de Condições Crônicas e IST, da Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, e Marcos Augusto Bastos Dias, Médico Obstetra do IFF/Fiocruz, realizado em 31/10/2019.
Abaixo a gravação do Encontro na íntegra. O Encontro com o Especialista é uma webconferência realizada quinzenalmente com especialistas de diversas áreas. Para participar é necessário apenas se cadastrar no Portal, assim você poderá enviar dúvidas que serão respondidas ao vivo! Fique atento à agenda de Encontros com o Especialista,
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A sífilis é um problema de saúde pública no Brasil, uma doença altamente prevalente, que dispõe de uma ferramenta simples para seu diagnóstico (teste rápido), com resultado imediato e de fácil execução. A sífilis congênita é apenas a ponta do iceberg. As complicações da sífilis são muito mais graves porque a maioria das gestações na verdade não terminam. A sífilis não tratada pode levar à abortos e natimortos. Qualquer profissional de saúde pode realizar o teste rápido, inclusive profissionais de nível técnico, desde que supervisionados por um profissional de nível superior que tenha feito o treinamento. A notificação é a forma de monitorar como um evento ocorre no país, seu objetivo é direcionar os esforços e as políticas públicas para o que de fato é relevante. A sífilis congênita é uma doença de notificação compulsória desde 1986; a sífilis em gestantes desde 2005 e a sífilis adquirida desde 2010. O profissional que atende um caso de sífilis tem a obrigação de preencher a ficha de notificação, seja na maternidade ou na atenção primária. O teste rápido para sífilis está disponível em toda a Rede, desde a atenção primária até as maternidades e a atenção especializada. A sífilis é uma doença bacteriana (treponema pallidum) e portanto todas as crianças no seu momento intraútero estão expostas à ela. O tratamento é através do uso da penicilina. Não se deve aguardar para realizar o tratamento da sífilis. Quando se tem um teste treponêmico ou não treponêmico positivo, deve-se iniciar o tratamento imediatamente. É importante investir tempo na educação da gestante que está com sífilis, orientando-a sobre como contraiu, os riscos para sua saúde, para o bebê e seu parceiro. A sífilis pode comprometer muito a qualidade de vida de uma pessoa, levando-a à problemas mais graves. Deve-se sempre convidar o parceiro para comparecer ao serviço de saúde para que o tratamento seja oferecido para ele também. Em se falando de infecção sexualmente transmissível, deve-se considerar no mínimo duas pessoas possivelmente infectadas. A única forma de interromper a transmissão é diagnosticando e tratando todos os elos da cadeia sexual. Para qualquer método de análise laboratorial, é fundamental que ele seja executado de forma padronizada, segundo sua melhor técnica para que seja um teste confiável. O TELELAB ( telelab.aids.gov.br ) é uma ferramenta online de capacitação teórica para a realização de teste rápido. As secretarias municipais e estaduais de saúde indicam os serviços de referência para a capacitação prática. Não se pode perder oportunidade no tratamento da gestante com sífilis. A resolutividade e acolhimento da equipe são importantes e dão confiança e segurança para a mulher. As evidências apontam que duas em cada mil mulheres podem apresentar alguma reação alérgica à penicilina e menos de 1% pode fazer uma reação anafilática. Isso significa que é mais seguro tomar penicilina que comer camarão, por exemplo. A possibilidade de uma reação alérgica não pode ser a justificativa para o não tratamento da sífilis nas gestantes e seus parceiros ( CONITEC, 2015 ) Na sífilis primária, quando há feridas, lesões cutâneas na palma da mão e pés, pode ocorrer a reação de Herxheimer na aplicação da primeira dose de penicilina: reações de pele, febre, artralgia e outros sintomas clínicos. A reação de Herxheimer não é alergia à penicilina, mas está relacionada com a liberação das toxinas dos treponemas, indicando sucesso do tratamento. Deve-se orientar que não é um problema grave e não há contraindicação para as doses subsequentes, já que a reação não ocorrerá novamente.
Perguntas & Respostas 1. A forma da coleta do teste rápido interfere no resultado desse teste? É importante manter a padronização. Os testes rápidos para sífilis são descentralizados e não necessitam de uma estrutura laboratorial para que sejam realizados.
Ainda assim, deve-se seguir todas as normas e recomendações para serem realizados. Todo protocolo deve ser seguido: coleta da amostra de forma adequada, espera do tempo de execução, etc. O treinamento para os profissionais é gratuito e está disponibilizado na plataforma do TELELAB. Outra questão importante sobre a coleta de exames que não é exatamente sobre o teste rápido, mas sobre a coleta de VDRL da gestante na maternidade com diagnóstico de sífilis.
Mesmo com diagnóstico de sífilis e com o VDRL do segmento do pré-natal, deve-se coletar o VDRL também na maternidade, no momento do parto. Também, todas as crianças expostas precisam coletar VDRL após o nascimento. A amostra da criança não pode ser coletada do cordão umbilical, onde ainda há presença de sangue materno.
Deve-se coletar VDRL da criança em amostra de sangue periférico.2. Trabalho em uma UTI neonatal onde há muitos casos de sífilis congênita. A puérpera realizou o teste rápido no pré-natal em março/2019 e o resultado foi não reagente. Em setembro/2019 a mesma apresentou manchas pelo corpo, tipo manchas sifilíticas, procurou uma UBS, fez um VDRL e o resultado foi 1/128.
O recém-nascido nasceu com VDRL 1/128, hepatoesplenomegalia, insuficiência respiratória, plaquetopenia e faleceu. É possível que o resultado do teste rápido estava correto ou houve alguma falha? O teste rápido é muito sensível, específico e de qualidade.
- Pode ser que a mulher tenha se contaminado entre março e setembro.
- Por isso a recomendação do Ministério da Saúde é para testagem no primeiro trimestre (ou assim que iniciar o pré-natal), uma segunda testagem após 28 semanas e mais uma testagem no momento do parto.
- As gestantes possuem vida sexual ativa, por isso a importância de testagem em diversas oportunidades.
É muito triste a perda de um bebê diante de uma sífilis que poderia ter sido tratada. Mais importante que o resultado negativo do teste, é discutir com a gestante durante o pré-natal, sobre sexo seguro e ferramentas para prevenção combinada. Além disso, deve-se atentar para histórias de exposição sexual desprotegida e garantir acesso não somente ao teste rápido para sífilis, como ao PEP (profilaxia pós exposição ao HIV) e outras ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).
- Se durante o pré-natal não se discute sobre sexo com a gestante, eventualmente pode-se perder uma oportunidade de saber se houve algum caso de violência sexual, sexo não seguro, casos onde a gestante teve outro parceiro ou se o parceiro esteve com outras pessoas.
- O acolhimento, a possibilidade de troca e a escuta aproximam as mulheres do serviço.
É preciso que as portas estejam sempre abertas para essa troca pois diversas situações podem ocorrer, inclusive uma infecção durante a gestação. Um teste negativo não significa que ficará negativo para sempre. As práticas sexuais são dinâmicas e o teste pode se positivar em algum momento.
- Outra questão é que a sífilis não confere imunidade, então após ter sífilis e ter sido adequadamente tratada, a mulher pode se contaminar de novo.
- Essa é uma situação relativamente comum diante do atual cenário epidemiológico do país.3.
- Mesmo com o teste rápido de sífilis disponível para o parceiro, ainda há resistência em alguns locais para seu tratamento.
Há algum relato de experiência com uma estratégia de sucesso? Deve-se seguir o preconizado pelo Manual do Ministério da Saúde, onde o objetivo é também tratar o parceiro. Se não tratar o parceiro não se consegue quebrar a cadeia de transmissão da sífilis e há possibilidade da mulher se reinfectar.
- O Manual ainda recomenda que mesmo que o teste rápido do parceiro seja negativo este homem esteve exposto, pois a mulher é positiva.
- Nestes casos o parceiro deve receber uma dose de penicilina benzatina, pois o homem pode estar na janela imunológica.
- É a mesma lógica usada para a profilaxia pós exposição.
Recomenda-se convidar o parceiro para tomar a primeira dose no serviço. Esta é uma forma de fazer educação em saúde e tentar interromper a cadeia de transmissão. Se o parceiro não comparecer para tomar a dose, pode-se dar uma prescrição para que ele tome em outro serviço.
Se a mulher não estiver mais com o parceiro, não falar mais com ele, morar longe, deve-se tentar esgotar as possibilidades de diálogo para tentar mesmo assim acessá-lo e tratá-lo. Outra questão é que o casal deve ser acolhido e orientado quando a mulher for positiva e o homem negativo para sífilis. Deve-se esclarecer que a partir do momento que se tem sífilis, o teste rápido fica positivo a vida toda.
Isso não significa que a mulher tenha se infectado recentemente e não é indicativo de uma relação extraconjugal. Ao longo dos anos a sífilis se torna assintomática, em latência. Não há como precisar o momento em que se infectaram. Deve-se dizer isso para não causar uma situação conflituosa.
- O teste rápido pode indicar uma cicatriz sorológica, por isso sempre irá positivar nestes casos, independente de uma infecção ativa ou não.
- Essas questões devem ser abordadas durante o acolhimento e endereçar estes assuntos são importantes para que a mulher não fique com medo e leve parceiro para ser tratado.
Uma boa estratégia para captação e tratamento do homem é o pré-natal do parceiro e o momento do parto, na maternidade.4. Sobre o fluxo de vigilância e tratamento da sífilis congênita, quais estratégias se mostram eficiente? O Protocolo de Investigação de Transmissão Vertical, do Ministério da Saúde (2014) propõe que todos os casos de transmissão vertical de sífilis, HIV e hepatites virais devem funcionar como um evento sentinela.
Ele deve disparar uma reorganização da Rede para que uma mulher que passe pela mesma trajetória tenha um desfecho diferente. A proposta destes Comitês é que a partir de um caso, ao juntar a maternidade, a atenção primária, quem faz o pré-natal, quem cuida da criança, universidade, conselhos, gestão, vigilância em saúde e outros, ao colocar para conversar as pessoas que fazem monitoramento dos casos com as pessoas que prestam assistência em todos os seus níveis, é possível avaliar falhas na rede e do cuidado a partir de um caso concreto.
O Comitê não tem caráter punitivo, mas sim de investigar onde houve falha para que ela não se repita. É um papel diferente dos boletins e da vigilância epidemiológica, já que sua proposta é a qualificação da Rede.5. Podemos afirmar que o homem está sempre presente na determinação da sífilis congênita.
- Diante disso, qual a melhor estratégia para o combate da sífilis congênita? Envolver o parceiro é o grande desafio.
- Historicamente o parceiro foi deixado de lado no pré-natal e tem-se buscado fazer um resgate do seu papel.
- A estratégia do pré-natal do parceiro é na verdade um exercício para detectar e tratar todas as infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Há que se repensar estratégias para o acolhimento e a abordagem para envolver o parceiro sexual. Quando se fala em ISTs não se fala apenas de um indivíduo, mas de pelo menos dois (cadeia de transmissão). Isso é mais dramático para as doenças de transmissão vertical, porque se o parceiro não for tratado há grandes chances da mulher se reinfectar e ter um desfecho ruim para sua gestação.
- O Ministério da Saúde mudou o critério de notificação da sífilis congênita, tirando o parceiro da notificação da sífilis congênita.
- Vale ressaltar que são duas coisas muito diferentes: uma é o critério de vigilância epidemiológica que define uma criança com sífilis congênita para a ficha de notificação e outra coisa é o cuidado clínico.
Ainda que o parceiro tenha saído do critério de definição de caso de sífilis congênita, ele é parte estratégica e fundamental do combate à doença. O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas das Infecções Sexualmente Transmissíveis (Ministério da Saúde, 2020), traz uma ferramenta para apoiar a formação de profissionais, médicos, enfermeiros, e toda equipe de saúde.
- Trata-se de um capítulo sobre Habilidades de Comunicação para Saúde Sexual e Reprodutiva.
- Ele traz dicas para padronizar as perguntas para todos, a fim de não fechar janelas e criar constrangimento durante a abordagem.
- A habilidade de comunicação para abordagem dos temas relacionados à saúde sexual precisa ser desenvolvida pelos profissionais de saúde a fim de combater as ISTs.6.
Qual é a conduta com uma gestante, com teste rápido e VDRL não reagente, contudo, o parceiro tem um VDRL 1 para 16, não foi realizado o teste rápido do parceiro. O parceiro ou parceira será tratado da mesma maneira. Neste caso a mulher deve ser tratada pois exposta.
Isso porque mesmo que o teste seja negativo ela pode estar na janela imunológica, logo trata-se como sífilis primária (dose única de penicilina). Após, deve-se repetir o exame para ver como está.7. O teste rápido positivo em gestante que já foi tratada em outra ocasião, também deve-se tratar com as três doses? O teste rápido pode ficar positivo por toda vida.
Se a gestante tem uma história de tratamento adequado cabe ao profissional avaliar e explorar as possibilidades através do diálogo: se está fazendo sexo seguro, se o parceiro tratou, etc. Também será necessário realizar o teste não treponêmico para avaliar a titulação e decidir qual é a melhor conduta.
Nestas situações vale a pena o profissional ser mais intervencionista na conduta, no sentido de prescrever uma dose quando há dúvidas ou quando o resultado do teste não treponêmico demorar e corre-se o risco da mulher não retornar para o tratamento. Principalmente quando a data do parto está próxima.
A lógica epidemiológica serve para que se possa tomar essas decisões com tranquilidade. Enquanto se espera o resultado do VDRL ou outro teste não treponêmico quantitativo, que pode indicar se é uma infecção nova ou não, recomenda-se tratar com uma dose de penicilina.
Ao explicar para a mulher que esta medida não é só para a saúde dela, mas para evitar sífilis congênita, é provável que ela aceite e se sinta acolhida. Com a titulação pode-se avaliar se continua o tratamento ou interrompe após a primeira dose. Pode ser que eventualmente se esteja fazendo uma dose que não é necessária, mas é uma segurança até que se tenha um resultado.
Muitas vezes vale a pena garantir uma dose de penicilina para o tratamento, já que assim consegue-se evitar que o bebê fique dez dias internado para fazer todo o ciclo de tratamento da sífilis congênita, gerando alto custo pelo tempo de permanência e ocupação do leito.
- Deve-se também explicar para mulher que uma vez que ela tenha tido sífilis, algum parceiro está contaminado e pode não ter sido tratado.
- Quando uma pessoa tem uma IST ela tem alto risco para outras ISTs bem como alto risco de reinfecção.8.
- Uma gestante com o teste rápido positivo durante o pré-natal foi tratada inadequadamente, recebendo apenas duas doses.
Foi realizado outro teste rápido na internação durante o trabalho de parto e esse teste rápido deu negativo. O teste foi realizado por enfermeira capacitada e com experiência. O que pode ter acontecido? Este resultado pode retrato de um tratamento eficaz e de um bom resultado.
- A primeira dose de penicilina benzatina é altamente efetiva e trata pelo menos 90% dos casos de sífilis, e 25 % das pessoas negativam o teste após tratamento efetivo.
- É importante deixar claro que a opção de tratar todas as sífilis como sífilis latente é uma estratégia no sentido de tentar garantir quase que risco zero para sífilis congênita.
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Postagem – Sífilis: Teste Rápido e Tratamento na Gestação Postagem – Vigilância Epidemiológica e Notificação dos Casos de Sífilis Biblioteca – Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais de Saúde Postagem – Sífilis Congênita link – Treinamento completo Sífilis – Ministério da Saúde Link – Painel Maternidades 2020
Como fica o corpo de quem tem sífilis?
SESA – O que é sífilis? Sífilis e Sífilis Congênita O que é? A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).
Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto. A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação, podendo evoluir para aborto, graves sequelas ao recém-nascido até mesmo óbito.
O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal é fundamental pois viabiliza o diagnóstico e tratamento adequado, evitando assim a transmissão para o recém-nascido. No Espírito Santo, é possível identificar o aumento de número de casos no ano de 2022 comparados ao ano de 2021, sendo que de janeiro a 10 de outubro de 2022, foram notificados 3.906 casos de sífilis adquirida, 1.252 casos de sífilis em gestantes e 432 casos de crianças com sífilis congênita.
- Como prevenir a sífilis?
- O uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina é a medida mais importante de prevenção da sífilis, por se tratar de uma Infecção Sexualmente Transmissível.
- O diagnóstico precoce através da realização de Testes Rápido disponível em todas as Unidades de Saúde, também é uma forma de prevenção pois quanto mais precoce o tratamento, menor a transmissão para outras pessoas.
- O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita.
- Quais são os sinais e sintomas da sífilis?
- Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com cada estágio da doença, que se divide em:
- Sífilis primária – sintomas
Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias.
- Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
- Sífilis secundária – sintomas
- Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.
- Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.
- Sífilis latente – fase assintomática – sintomas
- Não aparecem sinais ou sintomas.
- É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção).
- A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
- Sífilis terciária – sintomas
- Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção.
- Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
- Coordenação Estadual de DST/Aids
- Secretaria da Saúde (Sesa/ES)
(Fonte: Ministério da Saúde) |
Saiba mais: : SESA – O que é sífilis?
Quais são as sequelas de uma pessoa com sífilis?
Sífilis | Biblioteca Virtual em Saúde MS O que é? É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, Manifesta-se em três estágios: primária, secundária e terciária. Os dois primeiros estágios apresentam as características mais marcantes da infecção, quando se observam os principais sintomas e quando essa DST é mais transmissível.
Depois, ela desaparece durante um longo período: a pessoa não sente nada e apresenta uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo em casos de indivíduos não tratados. A doença pode ficar, então, estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos, podendo inclusive levar à morte.
Quais os sintomas? A sífilis manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais (cancro duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas, que surgem entre a 2ª ou 3ª semana após a relação sexual desprotegida com pessoa infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus.
Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo, surgindo manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias.
Caso ocorra em grávidas, poderá causar aborto/natimorto ou má formação do feto.
- Como se transmite?
- A sífilis pode ser passada de uma pessoa para outra por meio de relações sexuais desprotegidas (sem preservativos), através de transfusão de sangue contaminado (que hoje em dia é muito raro em razão do controle do sangue doado), e durante a gestação e o parto (de mãe infectada para o bebê).
- Como tratar?
O tratamento mais indicado para a sífilis é a utilização de antibióticos. O maior problema para o tratamento é o seu diagnóstico, visto que a sífilis pode ser confundida com muitas outras doenças. Os pacientes devem evitar ter relação sexual até que o seu tratamento (e do parceiro com a doença) se complete. A gestante deve realizar controle mensal de cura.
- Se não tratada, a sífilis progride, torna-se crônica e pode comprometer várias partes do corpo ou levar à morte.
- Como se prevenir?
- Como não há perspectiva de desenvolvimento de vacina, a prevenção recai sobre a educação em saúde: uso regular de preservativos, diagnóstico precoce em mulheres em idade reprodutiva e parceiros, e realização do teste diagnóstico por mulheres com intenção de engravidar.
- Sifílis Congênita
A sífilis congênita é resultado da infecção do feto pela bactéria causadora da sífilis, através da placenta. É uma doença grave e pode causar má formação do feto, sérias conseqüências para a saúde da criança ou até a morte. IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
Quanto tempo demora para curar a sífilis depois de tomar benzetacil?
Para que serve a Benzetacil? – É um antibiótico injetável utilizado para tratar infecções bacterianas causadas por microrganismos sensíveis à penicilina G, a exemplo de inflamações na garganta, como amigdalites, faringites, epiglotites, e, ainda, otites, sinusites, infecções de pele, sífilis, entre outras condições.
Como curar a sífilis rápido?
A doença permanece sendo uma epidemia no Brasil. O foco, então, é esclarecer sobre as formas de contaminação e reinfecção, além de informar sobre o acesso gratuito ao medicamento capaz de combater a bactéria causadora. Dentre as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais presentes no Brasil, a sífilis permanece como uma das que apresentam mais casos ao longo do tempo.
Em dados mais recentes, no ano de 2020, foram registradas 115.371 pessoas infectadas em todo país, segundo informações do Ministério da Saúde. Desse número, 2.458 são de cearenses. A sífilis é causada pela bactéria de nome científico Treponema pallidum. A principal via de transmissão é durante a relação sexual desprotegida, segundo esclarece a médica Raquel Autran, chefe do Setor de Saúde da Mulher da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh.
É possível, ainda, que seja transmitida durante a gravidez, em mulheres contaminadas pelo micro-organismo, a chamada sífilis congênita. Os sintomas são variáveis durante os estágios da doença. É mais frequentemente observada a manifestação de úlceras genitais, lesões na pele, caroços na virilha e febre.
Estágios e sintomas da Sífilis | |||
Fase latente | Sífilis Primária | Sífilis Secundária | Terciária |
– Sem sintomas. – Pode ocorrer em até menos ou mais de dois anos de infecção | – Feridas na vulva, vagina, colo do útero, boca, pênis. – Caroços na virilha. | – Manchas espalhadas pelo corpo, em especial na palma das mãos e pés. – Pode apresentar caroços pelo corpo, febre e dor de cabeça. | – Lesões na pele, nos ossos, problemas cardiovasculares e neurológicos. |
Fonte: Ministério da Saúde Diagnóstico precoce e o tratamento para sífilis O rastreio para a doença é feito através do exame de sangue, como o VDLR, feito em laboratório, ou o teste rápido, que já garante o resultado em até 30 minutos. Ambos percebem a presença de anticorpos contra o agente causador.
A sífilis, quando bem tratada, tem cura. Como é uma infecção bacteriana, o tratamento consiste em injeções do antibiótico Penicilina Benzatina, conhecido popularmente como Benzetacil. Esse medicamento é indicado pelo profissional de saúde tanto para a homens e mulheres, gestantes ou não, quanto para o bebê que tenha suspeita ou diagnóstico confirmado de sífilis congênita, confirma a médica.
Não tratar adequadamente a doença pode provocar complicações no sistema nervoso, sistema cardiovascular, lesões na pele e ossos. Durante a gestação, a sífilis pode ser causa de aumento do fígado e do baço do bebê, restrição do crescimento, aumento de prematuridade, de aborto e óbitos neonatais.
O princípio de controle e prevenção da doença é justamente investigar a sua existência através dos testes para que, caso seja positivo, possa ser realizado o tratamento o mais cedo possível. É neste sentido que, durante a gravidez, no primeiro pré-natal, 3º trimestre e antes do parto é solicitada a investigação da presença da sífilis.
Além do rastreio e intervenção, o uso de preservativo é recomendado nas relações sexuais para evitar uma possível contaminação. A importância do teste em parceiros sexuais Quando há diagnóstico de sífilis, alerta a especialista, é importante que as parcerias sexuais sejam convocadas pelos serviços de saúde para orientação adequada, avaliação clínica, coleta dos exames de sangue e tratamento adequado.
O que acontece, em muitos casos, é que apenas um dos indivíduos tenha feito corretamente o tratamento, esteja curado, mas acabe sendo reinfectado por manter relações desprotegidas com pessoas que não trataram da doença. Saiba onde procurar ajuda: Os testes rápidos são garantidos pelo Sistema Único de Saúde.
Nas Unidades Básicas de Saúde e no Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, é possível ter orientações, realizar o diagnóstico e tratamento. Para ser paciente do CH-UFC, é necessário realizar atendimento no Posto de Saúde da sua localidade e, nessa consulta, ser encaminhado através da Central de Regulação do Estado e do Município de Fortaleza.
Qual o tipo de exame que detecta sífilis?
O VDRL é um exame de sangue utilizado para o diagnóstico e acompanhamento da sífilis, uma doença sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema Pallidum. A sigla vem do nome Venereal Disease Research Laboratory que, em tradução literal para o português, significa o Estudo Laboratorial de Doenças Venéreas.
Quanto tempo a bactéria da sífilis fica fora do corpo?
Dia Nacional de Combate a Sífilis – 21/10 A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) muito comum, causada pela bactéria Treponema pallidum. Se a pessoa não recebe o tratamento a tempo, a sífilis pode se espalhar pelo corpo e também causar graves lesões nos órgãos internos, como o coração e o cérebro.
- Transmissão Geralmente a sífilis é transmitida em relações sexuais desprotegidas com pessoas infectadas.
- A transmissão ocorre na fase primária ou secundária da doença, especialmente quando existem lesões ativas nos órgãos sexuais.
- Apesar de não ser 100% efetiva, o preservativo ainda é o melhor método para prevenir a transmissão da sífilis por via sexual.
Quando a doença já está em fase avançada pode ser transmitida pelo beijo ou pelo toque, se houver lesões na pele ou na boca. Existe também a possibilidade de transmissão por transfusão de sangue, é um um caso raro já que o Treponema pallidum só sobrevive por até 48 horas no sangue estocado.
- Sintomas
- Os principais sintomas são úlceras genitais que não causam dor. Conheça os estágios da sífilis e seus sintomas:
- É o período entre o contágio e os primeiros sintomas, que varia entre 3 dias a 3 meses, sendo mais comum entre 2 a 3 semanas.
A lesão começa com uma pequena elevação na pele nos órgãos genitais que, em algumas horas, se torna uma úlcera indolor (em média 1 cm de diâmetro). A lesão pode passar despercebida nas mulheres. A pessoa também pode apresentar aumento dos linfonodos da virilha (ínguas).
- Quando o contágio se deu por meio do sexo oral, a úlcera pode aparecer na boca ou na faringe.
- A úlcera da sífilis some depois de 3 a 6 semanas, mesmo sem tratamento, o que significa que está ocorrendo a multiplicação da bactéria, que se espalha pelo corpo silenciosamente.
- Em pacientes não tratados na fase primária, a sífilis volta, semanas ou meses depois, com erupções na pele, em qualquer lugar do corpo, porém mais comuns nas palmas das mãos e solas dos pés.
Outros sintomas dessa fase são: febre, mal-estar, perda do apetite, dor nas articulações, queda de cabelo, lesões oculares e aumento dos linfonodos pelo corpo. Também surge o condiloma lata, uma lesão úmida, parecida com uma verruga, perto de onde a primeira lesão se manifestou.
- Nesta fase não há sintomas, mas os exames laboratoriais para sífilis dão positivo. É dividida em:
- Fase latente precoce: contaminação há menos de 1 ano.
- Fase latente tardia: infecção há mais de um ano.
Sintomas da sífilis terciária
- Após a fase latente, que pode durar anos, os sintomas voltam, quando ocorre a fase terciária, a forma mais grave da doença. Nesta fase podem ocorrer:
- Goma sifilítica = surgem grandes lesões ulceradas que podem atingir a pele, ossos e órgãos internos.
- Sífilis cardiovascular = atinge a artéria aorta, causando aneurismas e lesões da válvula aórtica
- Neurosífilis = afeta o sistema nervoso, causando demência, meningite, AVC e problemas motores por lesão da medula e dos nervos.
- Diagnóstico
Na sífilis primária os exames de sangue costumam ter resultados negativos. Geralmente o tratamento começa apenas com exame clínico, mas pode ser realizada coleta de material da úlcera para verificação laboratorial. Já em fase mais avançada, o diagnóstico é feito por meio dos exames: VDRL e FTA-ABS (ou TPHA).
- O VDRL dá positivo para sífilis entre 4 e 6 semanas depois do contágio.
- O exame pode dar positivo para outras doenças como lúpus, doenças do fígado, mononucleose, hanseníase, catapora, artrite reumatoide, etc.
- Para o diagnóstico da sífilis considera-se apenas valores maiores de 1/32.
- O VDRL também pode dar falso positivo em pessoas idosas.
FTA-ABS é um exame mais específico e pode dar positivo após alguns dias do aparecimento do cancro duro (lesão inicial). Mesmo após a cura do paciente, o FTA-ABS continuará dando positivo. Tratamento Atualmente, a sífilis é tratada com antibióticos e tem um alto índice de cura, se tratada corretamente com antibióticos apropriados, de preferência, com penicilina benzatina (Benzetacil).
- – Sífilis primária, secundária ou latente precoce = dose única.
- – Sífilis com mais de 1 ano de evolução ou de tempo indeterminado = 3 doses, com intervalo de uma semana.
- Quando a sífilis afeta o sistema neurológico (neurossífilis) o tratamento é feito com penicilina G cristalina ou penicilina G procaína.
Os alérgicos a penicilina podem ser tratados com doxiciclina ou azitromicina, mas não com tanta eficiência quanto a penicilina. Em alguns casos, pode ser feito um tratamento para dessensibilizar o paciente alérgico para liberar o uso da penicilina. Para confirmar a cura é necessário repetir os exames de sangue. Fonte: : Dia Nacional de Combate a Sífilis – 21/10
Quanto tempo depois da relação aparecem os sintomas da sífilis?
Sinais e sintomas A sífilis pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. Em formas mais graves da doença, como no caso da sífilis terciária, se não houver o tratamento adequado, pode levar a pessoa à morte.
Sífilis primária: ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (vulva, vagina, pênis, colo uterino, ânus, boca ou outro local da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
Sífilis secundária: os sinais e sintomas aparecem entre 6 semanas e 6 meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.
Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. Sífilis latente: fase assintomática (quando o paciente é portador da infecção, mas não apresenta sinal e/ou sintomas). É dividida em sífilis latente recente (até um ano de infecção) e sífilis latente tardia (mais de um ano de infecção).
Sabe-se que a maioria dos diagnósticos ocorrem nesse estágio, sendo realizado exclusivamente por meio dos testes treponêmicos e não treponêmicos. Sífilis terciária: pode surgir de 2 a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sintomas como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Como saber se peguei sífilis pela segunda vez?
Diagnóstico de sífilis – Nas fases iniciais, o diagnóstico pode ser confirmado pela reconhecimento da bactéria no exame de sangue ou nas amostras de material retiradas das lesões. Na fase avançada, é necessário pedir um exame de líquor para verificar se o sistema nervoso não foi afetado.
Como saber se a sífilis é primária ou secundária?
Entenda como a sífilis evolui e saiba quando procurar ajuda Os sintomas aparecem e desaparecem se a infecção não for tratada, por isso a prevenção é tão importante A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), curável e de caráter sistêmico.
- É silenciosa e, se não for tratada adequadamente, perigosa.
- Após contato inicial com a bactéria, esta pode permanecer no corpo da pessoa por décadas para só depois manifestar-se novamente.
- A sífilis adquirida até dois anos é considerada recente.
- Nessa fase, a doença pode manifestar-se como sífilis primária, secundária ou latente recente.
Já a infecção presente no indivíduo há mais de dois anos é chamada de sífilis tardia, e pode manifestar-se como latente tardia ou terciária. A evolução da sífilis costuma ser silenciosa e assintomática. Os sinais e sintomas, quando ocorrem, variam de acordo com as fases da infecção.
- Na sífilis primária pode ocorrer o surgimento de uma úlcera única no local de entrada da bactéria, o cancro duro, geralmente no pênis, vagina, colo do útero, ânus, boca ou outros locais de contato.
- Essa lesão não dói, não coça, não arde e não tem pus.
- Podem surgir também caroços na virilha.
- Essas manifestações ocorrem de 10 a 90 dias após a infecção, que compreende o período de incubação.
Essa ferida desaparece espontaneamente sem deixar cicatriz após algumas semanas, mesmo se não for tratada. Se não for diagnosticada e tratada, a sífilis pode evoluir para a fase secundária, que tem como sinais manchas pelo corpo, principalmente na palma das mãos e planta dos pés, que são as mais comuns, sendo, muitas vezes, confundidas com alergias.
Essas manchas também desaparecem de forma espontânea em poucas semanas, independentemente de tratamento, mesmo a pessoa ainda tendo a infecção. Nesse estágio, pode haver outros sintomas como febre, mal estar, dores de cabeça, náuseas, vômitos e caroços pelo corpo. A manifestação da sífilis terciária pode levar longos períodos para ocorrer e talvez os sintomas jamais surjam.
Em geral, o tempo médio para essa fase iniciar é entre dois e quatro anos após a infecção, mas pode demorar décadas. Essa fase da infecção é a mais grave, pois apresenta lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, que causam destruição dos tecidos, podendo levar até mesmo à morte.
- Sífilis tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS.
- É importante se prevenir sempre, usando camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais, inclusive no sexo oral, e fazer o teste rápido anualmente.
- Uma gotinha de sangue já permite a detecção da sífilis.
- Não deixe de fazer o teste se você tiver qualquer suspeita.
O resultado sai em apenas 30 minutos. Fonte: Revista Caras :
Quantas benzetacil tem que tomar para curar a sífilis?
Sífilis primária, secundária e latente precoce: injeção única de 2.400.000 unidades de Benzetacil ®. Sífilis latente tardia (incluindo as de ‘tempo não definido’) e terciária, exceto neurossífilis: 3 injeções de 2.400.000 unidades de Benzetacil ®, com intervalo de 1 semana entre as doses.