O Que CircuncisãO?
O que é a circuncisão na Bíblia?
Circuncisão na Bíblia Na Bíblia, mais precisamente no Velho Testamento, a circuncisão é descrita como um símbolo distintivo do povo de Deus, um mandamento divino. Em Israel, a circuncisão costumava ser realizada no oitavo dia.
O que é uma circuncisão no homem?
Como o procedimento é realizado? – A cirurgia de circuncisão é feita, basicamente, para separar o prepúcio da glande, Na prática, ela remove a pele solta que recobre a “cabeça” do pênis, para que ela seja exposta sem dificuldade. Especialistas explicam que esse excesso de pele funciona como um reservatório para microrganismos prejudiciais à saúde.
Seu contato prolongado com a mucosa peniana, por sua vez, facilita o acesso à corrente sanguínea, desencadeando uma série de problemas. Dito isso, vamos à execução do procedimento. Existem duas técnicas possíveis: circuncisão anelar e postectomia, Na circuncisão anelar, o médico coloca um anel de plástico que interrompe a circulação de sangue na região, provocando a morte da pele sobressalente.
Sem irrigação, ela cai por conta própria. Quando essa técnica é usada em bebês, a cirurgia costuma ser rápida. Ela é realizada em centros cirúrgicos, com sedação leve e, em cinco ou 10 minutos, é concluída. Já em adultos, o tempo necessário é de, aproximadamente, uma hora, com recuperação total de até uma semana.
Como fica o pênis após a circuncisão?
Com o crescimento, a região interna vai se desprendendo gradualmente da glande, até se tornar totalmente retrátil quando o pênis encontra-se ereto. Não se deve forçar o descolamento do prepúcio nas crianças, pois o mesmo ocorre naturalmente com o passar dos anos.
O que acontece depois da circuncisão?
3. A circuncisão tem algum impacto na vida sexual e na sensibilidade? – Segundo Shapiro, esta é uma pergunta difícil de responder. Estatisticamente, são poucos os casos de homens que conseguem comparar sua vida sexual antes e depois da circuncisão e, por isso, não existem estudos contundentes a respeito.
- Enquanto o pênis se acomoda à sua nova conformação após a circuncisão, o paciente sofre aumento da sensibilidade na glande, o que pode gerar incômodos, segundo Autrán.
- Posteriormente, a pele da glande, que era protegida pelo prepúcio lubrificado, muda ao ficar em contato direto com o ar.
- Ela começa a ressecar e, quando a pele endurece, essa sensibilidade muda”, explica Shapiro.
Ele acrescenta que o prepúcio também é uma região repleta de nervos que são perdidos quando ele é extraído. Crédito, Getty Images Legenda da foto, A circuncisão logo após o nascimento vem sendo questionada nos últimos anos nos Estados Unidos por defensores dos direitos das crianças Alguns pacientes chegam ao consultório pedindo ao médico que os submeta à circuncisão por razões estéticas.
Por que Deus mandou circuncidar os homens?
Por que o Criador pediu para que todo homem do clã de Abrão fosse circuncidado? Após mudar o nome de Abrão para Abraão, o Criador prometeu uma grande descendência e selou uma aliança única e especial. Como sinal dessa aliança, pediu para que Abraão e todos os homens do acampamento fizessem a circuncisão.
Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: Que todo o homem entre vós será circuncidado. E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós.” Gênesis 17:10-11 Essa foi a única vez que homens adultos foram circuncidados.
A partir daquele momento, a pequena cirurgia era feita em todos os meninos descendentes de Abraão, no oitavo dia de vida. Até hoje existe essa aliança entre o povo judeu, pois se tornou um costume. Antigamente, muitos povos tinham um sinal no corpo, como uma tatuagem, ou outra marca que os separava dos demais.
- Na Mesopotâmia, por exemplo, no segundo e primeiro milênios antes de Cristo, era comum estampar a pele com um ferro quente, a fim de marcar a propriedade divina sobe o indivíduo como um fazendeiro marcaria o seu gado.
- Escravos eram também marcados do mesmo jeito, às vezes na testa, no pescoço ou nos braços a fim de que todos vissem o sinal.
Além do ferro quente, algumas dessas marcas eram feitas com agulhas ou facas. Outra prática comum era marcar os servos do templo com o símbolo da divindade. Uma estrela, por exemplo, representava a deusa Ishtar. Contudo, é exatamente aqui que encontramos a distinção do sinal que Deus pedira a Abraão.
Embora a circuncisão fosse uma marca permanente que diferenciava o povo do Criador dos demais, não era visível para que todos pudessem ver claramente. O símbolo era interno, demonstrando que mais que um sinal na carne, era o comportamento e a fé que os identificariam como servo do Deus Altíssimo. Além de tudo isso, o sinal era também um lembrete de que o maior prazer do homem não vem de sua carne ou de sua virilidade, mas sim do Alto, de sua parceria com o Senhor.
Hoje, a marca dessa aliança é feita no coração, quando se aceita “cortar” a própria vontade para fazer a de Deus. (Romanos 2:29)
Qual era a idade de Jesus quando foi circuncidado?
Em um primeiro momento do cristianismo, a circuncisão, prática comum no judaismo, era cobrada e vista como condição para ‘obter a salvação’; mas Paulo de Tarso achou que essa imposição impedia o crescimento da nova religião. No oitavo dia de nascimento, como todo homem judeu, Jesus foi circuncidado.
Mas esta prática foi abandonada por seus seguidores, diferentemente de outros rituais que o judaísmo e o cristianismo ainda mantêm e partilham, como a oração conjunta nos templos ou a celebração em datas semelhantes do Natal e do Hanukkah ou da Páscoa e do Pesach. E a resposta de por que os cristãos não retiram o prepúcio (camada de pele que cobre a cabeça do pênis) dos bebês está na Bíblia.
Segundo o Novo Testamento, a ruptura entre o judaísmo e o cristianismo no que se refere à circuncisão ocorreu por volta do ano 50 e teve como protagonistas São Paulo e São Pedro, que tiveram uma intensa discussão sobre o assunto. “Foi o primeiro conflito institucional da Igreja”, explica Miguel Pastorino, professor de filosofia da religião e antropologia filosófica da Universidade Católica do Uruguai, bacharel em teologia, doutor em filosofia e ex-padre, à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC.
- São Paulo ? que naquela época não era santo, mas apenas Paulo de Tarso ? passou de fariseu, ou seja, fervoroso defensor da Lei de Moisés que perseguia discípulos de Jesus, a ser um dos propagadores mais entusiastas da palavra do messias em todo o mundo, diz a Bíblia.
- Paulo de Tarso era, como Jesus de Nazaré, Pedro da Galileia, e os outros apóstolos, judeu.
Como tal, eram circuncidados. A religião judaica era a única monoteísta até então. Os gregos, romanos e egípcios acreditavam em várias divindades. Para o povo judeu, Elokim (Deus) havia dito a Abraão: “Este é o meu pacto que você deve manter, entre você, eu e sua posteridade: todo homem entre vocês deve ser circuncidado”.
Como os vários Evangelhos relatam as circunstâncias do nascimento de Jesus
É melhor ser circuncidado ou não?
Por Chris Woolston, M.S. e Laurie Udesky – A circuncisão masculina é talvez a operação mais antiga do mundo. É retratado em túmulos egípcios antigos, e é mencionado – na verdade, comandado – no livro de Gênesis na Bíblia. Ao longo dos anos, foi prescrito como uma cura para epilepsia, asma, alcoolismo, insanidade e outras doenças.
Hoje, os médicos percebem que a única coisa que realmente elimina é o prepúcio. Os dias de cortar os prepúcios para preservar a sanidade desapareceram há muito tempo, mas muitos equívocos permanecem. Se você está tentando decidir se quer ou não ter seu filho circuncidado, você terá que olhar além da retórica e considerar os fatos básicos.
Mas mesmo depois de pesar todos os prós e contras, você ainda pode ter problemas para se decidir. Simplificando, a circuncisão tem alguns benefícios e alguns riscos, e até os médicos não podem concordar que uma opção é claramente melhor que a outra. Já em 1999, a Academia Americana de Pediatria revisou sua posição oficial sobre a circuncisão.
- Depois de promover a operação por muitos anos, a academia decidiu se tornar neutra.
- Agora dizemos aos pais que não há motivo médico convincente para que seus filhos sejam circuncidados”, diz Jack Swanson, um pediatra de Ames, Iowa, que ajudou a orientar a mudança de política da academia.
- Quando visto nesse contexto, é basicamente um procedimento cosmético.
Swanson também não exorta os pais a abandonarem a circuncisão. A decisão depende inteiramente dos pais, diz ele. E muitos decidem ter seus filhos circuncidados “A maioria dos pais que eu vejo já se decidiram muito antes do tempo”, diz ele. Uma tradição dos Estados Unidos A maioria dos homens em todo o mundo não é circuncidada, mas a operação ainda é muito comum nos Estados Unidos.
Como relatado recentemente no Journal of Urology, quase 80% dos homens nascidos nos Estados Unidos foram circuncidados, quase sempre na infância. A maioria dos judeus e muitos homens muçulmanos nascidos nos EUA são circuncidados, mas para o resto do país, a prática geralmente não é feita por motivos religiosos.
Muitos pais simplesmente sentem que um pênis circuncidado é mais saudável, mais limpo e mais “normal” que o modelo intacto. Mas hoje em dia, mesmo para alguns pais judeus, a questão não é tão clara. Dan Pine, que é judeu, tinha sentimentos mistos sobre circuncidar seu filho.
- Minha esposa e eu lemos a literatura contra ela, e isso fazia sentido para nós”, disse o jornalista de 49 anos.
- Embora ele não fosse religioso na época do nascimento de seu filho e sua esposa não fosse judia, ele queria fazer isso por uma questão de tradição.
- Então ele entrou em contato com um “moyel”, um termo iídiche para uma pessoa que realiza circuncisões.
“Todas as moedas são ortodoxas, e como minha esposa não era judia, elas não tocariam em nosso caso, então descartamos a ideia”, explica Pine. Enquanto o filho de Pine era um bebê, não havia problema, mas quando o menino completou 11 anos, ele exigiu ser circuncidado.
Não tinha nada a ver com o judaísmo. Ele não gostou do jeito que parecia”, diz o pai. “Ninguém em sua aula de ginástica tinha prepúcio, e achou embaraçoso.” Então, o garoto de 11 anos teve uma circuncisão em um hospital. “Ele conseguiu o que queria e, de certa forma, conseguimos o que queríamos”, diz Pine, que se envolveu mais com práticas judias vários anos após o nascimento de seu filho.
A circuncisão pode ser a norma neste país, mas tem muitos oponentes. Uma pesquisa rápida na Internet revelará muitos sites dedicados a interromper o que alguns consideram uma prática “bárbara”. Várias organizações de anticircuncisão se formaram nos últimos anos, incluindo a Organização Nacional para Suspender o Abuso e a Mutilação de Rotina de Homens (NOHARMM).
- Prós e contras Então você deveria ter seu filho circuncidado? Aqui estão algumas coisas importantes que você deve ter em mente ao tomar a decisão sobre a circuncisão: Higiene A idéia de que a circuncisão faz um pênis “mais limpo” remonta há séculos, e é uma crença comum hoje em dia.
- A realidade é que pênis incircuncisos podem ser mantidos limpos com muito pouco esforço.
“Eu tranquilizo os pais de que não é um grande problema”, diz Swanson. Para os primeiros anos de vida do menino, a cabeça do pênis provavelmente ficará escondida sob o prepúcio. Nessa idade, banhos regulares ajudarão a manter o pênis limpo. Quando o prepúcio se abre, os pais simplesmente precisam ensinar seus filhos a lavar a cabeça do pênis e as dobras internas do prepúcio com sabão e água.
Infecção do trato urinário Mesmo com a devida higiene, as bactérias podem prosperar dentro das dobras do prepúcio, especialmente nos primeiros seis meses de vida do menino. Estudos recentes mostram que meninos não circuncisados têm até 10 vezes mais probabilidade de desenvolver uma infecção do trato urinário antes do primeiro ano de vida do que os outros meninos.
As infecções ainda são raras – apenas cerca de um em cada 100 meninos não circuncidados terão ITU – e a maioria é leve e facilmente tratada com antibióticos simples. Riscos da cirurgia Embora nenhuma operação seja isenta de riscos, a circuncisão geralmente é um procedimento muito seguro.
- O sangramento grave é a complicação mais comum, mas ocorre em apenas uma em cada 1.000 operações.
- Ainda menos frequentemente, o local da cirurgia pode ser infectado.
- Em casos extremamente raros, uma cirurgia mal feita pode remover a cabeça do pênis ou levar à morte do tecido peniano.
- As complicações são mais prováveis quando o médico é inexperiente, por isso é uma boa ideia encontrar um médico que tenha realizado muitas circuncisões.
Dor Não muito tempo atrás, a maioria dos médicos não se preocupou muito com a dor da circuncisão, diz Swanson. Afinal, o pensamento era de que os bebês são jovens demais para se lembrar da dor, então por que tentar evitar isso? Felizmente, essa atitude está mudando.
- A maioria dos médicos usa agora algum tipo de analgesia (analgésico) ao realizar a circuncisão, diz Swanson.
- A operação não é traumática, desde que eles usem analgesia”, diz ele.
- Eu recomendo fortemente que os pais procurem um médico que irá usá-lo.” A combinação de um anestésico local – injetando medicamento anestésico na base do pênis – e permitindo que o bebê chupe água com açúcar durante o procedimento parece diminuir a dor significativamente.
Os médicos observaram que, com anestesia tópica e injeção de medicação anestesiante, a maioria dos bebês chora muito pouco e parece não exibir sinais de dor significativa depois. Função sexual Grupos anticircuncisão frequentemente afirmam que o prepúcio é uma parte vital do equipamento sexual de um homem.
- Mas não há nenhuma evidência real de que homens adultos que foram circuncidados gostem de sexo menos do que homens que nunca foram circuncidados, diz Kenneth Fink, um urologista e pesquisador da Agência de Pesquisa e Qualidade da Saúde.
- Fink e outros estudaram como a circuncisão de adultos afeta o funcionamento sexual e os resultados foram mistos.
Alguns homens dizem que a cabeça de seu pênis se sente menos sensível durante o sexo, mas outros não relatam mudanças. Alguns homens realmente apreciaram uma pequena perda de sensibilidade porque permitiu que eles durassem mais durante o sexo, diz Fink.
- Ele enfatiza que os estudos em adultos podem não ter muita relevância para os meninos que foram circuncidados logo após o nascimento.
- Você se acostuma com o que tem”, diz ele.
- Doenças sexualmente transmissíveis Como o interior do prepúcio pode ser um lugar convidativo para os germes, alguns estudos sugerem que os homens não circuncidados têm uma probabilidade um pouco maior do que os outros homens de contrair uma doença sexualmente transmissível (DST).
De acordo com um relatório publicado na edição de 26 de março de 2009 do New England Journal of Medicine, homens adultos que foram circuncidados tiveram um risco menor de herpes e HIV. No entanto, o risco geral de um homem tem muito mais a ver com suas práticas sexuais do que com seu prepúcio.
- Qualquer homem que tenha relações sexuais desprotegidas com muitos parceiros corre um risco elevado de contrair uma DST, seja ou não circuncidado.
- Da mesma forma, um homem que pratica sexo seguro terá um risco baixo.
- Câncer Ser incircunciso parece aumentar ligeiramente o risco de câncer de pênis, mas a condição ainda é extremamente rara.
Uma preocupação mais séria é a ameaça ao parceiro de um homem. Um estudo publicado no New England Journal of Medicine descobriu que os homens não circuncidados são mais propensos a abrigar o papilomavírus humano (HPV), um vírus sexualmente transmissível que pode causar câncer cervical em mulheres.
- E parecia haver um risco acrescido para a mulher se o seu parceiro não circuncidado tivesse seis ou mais parceiros sexuais anteriores.
- Um estudo de 285 homens com mais de 18 meses relatado na edição de 1 de fevereiro de 2009 do Journal of Infectious Diseases descobriu que a circuncisão parece proteger os homens de infecções persistentes por HPV, permitindo que seus corpos se livrem do vírus mais facilmente do que os homens não circuncidados.
posso. Tal como acontece com as doenças sexualmente transmissíveis, o risco global tem tanto ou mais a ver com práticas sexuais do que a circuncisão. Coloque todas as informações científicas juntas e a circuncisão não parece ser medicamente necessária.
- Mas, nas mãos de um cirurgião treinado que dá ao bebê alguma forma de alívio da dor, também não é especialmente perigoso ou traumático.
- A escolha é sua.
- Veja mais artigos relacionados Bebês em posição invertida Benefícios da amamentação Resfriados em bebês Referências Entrevista com Jack Swanson, MD, um pediatra em Ames, Iowa.
Entrevista com Richard Stevens, MD, um pediatra em Billings, Montana. Entrevista com Kenneth Fink, MD, urologista e pesquisador da Agência de Pesquisa e Qualidade em Assistência à Saúde. Entrevista com Dan Pine, pai de um menino não circuncidado que decidiu mais tarde sobre a circuncisão.
Clínica Mayo. Por que isso é feito? Fevereiro de 2010. http://www.mayoclinic.com/health/circumcision/ Lerman S. et al. Circuncisão neonatal. Urologia Pediátrica.48 (6): 1539-1557. Alanis M. et al. Circuncisão neonatal: uma revisão da operação mais antiga e mais controversa do mundo. Levantamento obstétrico e ginecológico.59 (5): 379-95.
Maio de 2004 Academia Americana de Pediatria. Nova política de circuncisão da AAP liberada. Março de 1999. http://www.aap.org/advocacy/archives/marcircum.htm Academia Americana de Pediatria. Declaração de política de circuncisão. Março de 1999. Collins, S.
Et al. Efeitos da circuncisão na função sexual masculina: desmistificando um mito? Jornal de Urologia.167: 2111-2112. Maio de 2002. Academia Americana de Pediatria. Circuncisão: perguntas frequentes. Fink, K. et al. Estudo de desfechos de circuncisão em adultos: Efeito sobre a função erétil, sensibilidade peniana, atividade sexual e satisfação.
Jornal de Urologia.167: 2113-2116. Maio de 2002. Castellsague, X. et al. Circuncisão masculina, infecção peniana por papilomavírus humano e câncer cervical em parceiros do sexo feminino. New England Journal of Medicine.346 (15): 1105-1112. Abril de 2002. Circuncisão Masculina Reduz Risco de Herpes Genital e Infecção por HPV, mas Não Sífilis.
Pode ser circuncidado adulto?
Circuncisão | CUF A circuncisão consiste na remoção cirúrgica do prepúcio (porção distal de pele retrátil do pénis) que cobre a glande (extremidade do pénis). Este procedimento pode ser realizado tanto em crianças como em homens adultos. A circuncisão não afeta a fertilidade nem a vida sexual dos homens e, em todo o mundo, cerca de 33% são circuncidados.
Quem fez a circuncisão de Jesus?
Deus estabeleceu a circuncisão quando fez Sua aliança com Abraão. E deu-lhe o pacto da circuncisão; e assim gerou a Isaque, e o circuncidou ao oitavo dia: e Isaque a Jacó e Jacó aos doze patriarcas. João 7:22.
Como saber se o homem foi circuncidado?
O que muda no homem circuncidado? – Pouca coisa muda após a circuncisão masculina. Em termos estéticos, a diferença é que o homem circuncidado não terá mais o prepúcio e sua glande ficará sempre exposta, o que dá um visual mais enxuto e delicado ao membro.
Algumas pessoas podem ter a impressão que a circuncisão aumenta o tamanho do pênis, o que não é verdade. Porém, em um prepúcio era excessivamente longo, se considerarmos a medida desde a base do pênis, o membro perderá o excesso de pele e parecerá menor – apesar de manter a sua funcionalidade. O prepúcio possui diversos nervos e, no caso de postectomia em homens que já apresentavam vida sexual ativa, ele não contribuirá mais para o prazer sexual.
Ainda assim é possível obter prazer, sem impactar na qualidade de vida sexual.
Como saber se um homem é circuncidado?
Os homens circuncidados – ou seja, que tiveram o prepúcio cortado do pênis, deixando a glande a descoberto – são, em sua maioria, muçulmanos. No islamismo, a circuncisão é praticada como um ritual nos recém-nascidos, da mesma forma que no judaísmo.
É possível reverter a circuncisão?
Muitos homens, enquanto crescem e se tornam adultos, sofrem com o resultado da circuncisão, um procedimento que consiste na remoção cirúrgica da pele que cobre a glande do pênis, chamada de prepúcio, No entanto, cientistas da Foregen, uma empresa de biotecnologia com sede em Lynnwood, Washington, estão nos estágios de testes iniciais de uma nova técnica para regeneração do prepúcio,
A prática, que tem milhares de anos de existência, é comum em homens que sejam de família islâmica ou judaica, sendo realizada logo após o nascimento. Assim como em americanos, que se veem realizando a circuncisão tanto na infância ou na idade adulta por ela ser amplamente aceita no país como um procedimento benéfico para a saúde do pênis.
Para os testes de fase II, os pesquisadores removeram as células de prepúcios humanos adultos, os quais foram doados após o falecimento, e as recolonizaram com células de rato. Então elas foram implantadas em ratos. A partir disso, foi descoberto que o prepúcio humano se conectou ao suprimento de sangue do hospedeiro animal com rapidez e facilidade.
Já os testes de fase III, dessa vez com aplicação em 15 humanos, vão começar no início do ano que vem. Na primeira parte do procedimento, os prepúcios doados terão suas células removidas antes que as células do paciente sejam cultivadas neles. Em seguida, eles serão então fixados ao pênis do paciente e monitorados quanto à aparência, garantindo que pareçam parte do restante do pênis, e funcionalidade, se a sensação de ter o prepúcio será restaurada.
No momento, a empresa está arrecadando fundos para apoiar sua pesquisa. As doações chegaram a mais de 110 mil reais (cerca de US$ 22.100), dentro da meta de 227 mil (US$ 45.000). Outros métodos existentes para tentar reverter a circuncisão é a cirurgia de recolocação do prepúcio, na qual a pele retirada de outra área do corpo será o novo prepúcio.
Porque a maioria dos americanos são circuncidados?
Pediatras americanos defendem circuncisão para recém-nascidos Uma nova orientação da Academia Americana de Pediatria defende a circuncisão de recém-nascidos, sob o argumento de que seus benefícios ultrapassam os riscos. Entre as vantagens, segundo a academia, está a prevenção de infecções urinárias, de doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV e o HIV, e do câncer de pênis.
- Hoje, 56% dos recém-nascidos nos EUA são circuncidados-cerca de 1 milhão a cada ano.
- As taxas mais elevadas estão em áreas onde há uma tradição cultural ou religiosa (como entre os judeus e os muçulmanos).
- No Brasil, não há estimativas.
- Segundo a academia americana, a decisão ocorreu após estudos feitos nos últimos sete anos atestarem os benefícios do procedimento.
Um deles diz que há uma redução de 90% no risco de infecções urinárias no primeiro ano de vida. “É impossível continuar neutro após evidências tão robustas”, diz o pediatra Paulo Cesar Nogueira, membro do departamento de nefrologia da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).
Mas, segundo ele, não deve haver nem nos EUA nem no Brasil uma recomendação expressa para que todos os meninos sejam circuncidados. “Continuará sendo uma decisão exclusiva dos pais.” POLÊMICA “Do ponto de vista médico, os benefícios da circuncisão na redução de riscos de doenças ultrapassam os pequenos riscos envolvidos no procedimento”, disse o pediatra Andrew Freedman, coautor da revisão publicada na “Pediatrics” que embasou a nova orientação.
Ainda assim, a postura da academia é polêmica. Médicos dizem que as evidências científicas sobre os benefícios são questionáveis e que o procedimento expõe crianças a riscos desnecessários.
Para o professor Antonio Macedo Júnior, chefe do grupo de uropediatria da Unifesp, só crianças com indicações clínicas (como as que têm malformações congênitas do trato urinário) devem se submeter à circuncisão. “Há riscos de infecção ou mesmo anestésicos no procedimento que precisam ser levados em conta.” Fora essas situações, segundo ele, a circuncisão seria justificada em regiões onde há muito câncer de pênis associado à falta de higiene ou em locais com alta incidência de HIV. DECISÃO A decisão americana ocorre num momento em que há declínio na cobertura das circuncisões por parte das seguradoras de saúde em ao menos 18 Estados americanos. Um recente estudo mostrou que essa tendência poderá contribuir para o aumento dos custos de cuidados de saúde para tratar infecções urinárias e aquelas causadas pelas DSTs. “A principal razão dessa nova orientação é econômica e não por haver benefícios claros”, diz Macedo Júnior.
Editoria de arte/folhapress | ||
Fale com a Redação – Problemas no aplicativo? – : Pediatras americanos defendem circuncisão para recém-nascidos
Quantos anos se perde a fimose?
Perguntas frequentes sobre fimose – Até que idade é normal ter fimose? Em geral, é normal ter algum grau de fimose até os 5 anos de idade. A retração pode acontecer naturalmente muitos anos depois, até na adolescência, mas a partir dos 5 anos recomenda-se ficar de olho junto com o pediatra para decidir sobre o início de algum tratamento.
A cirurgia de fimose é oferecida pelo SUS? Sim, o Sistema Único de Saúde realiza a cirurgia gratuitamente segundo indicação médica. Aderência é o mesmo que fimose? Não, mas são problemas parecidos. Na aderência, a pele do prepúcio fica “colada” à glande, o que também impede a retração. Porém, assim como ocorre com a fimose, geralmente essa aderência cede naturalmente com o passar dos anos.
No acompanhamento com pediatra, o especialista irá orientar caso seja necessário tratar. Existe fimose em mulheres? É uma condição muito mais rara que a masculina, mas existe. Nesse caso, os pequenos lábios ficam aderidos, o que bloqueia a abertura do canal vaginal.
Por que cortar o prepúcio?
Afinal, para que serve o prepúcio? O prepúcio não é um simples adorno do pênis. Se está lá, pode ter certeza que tem uma função importante, como a de proteger a, Por outro lado, existe uma forte tradição religiosa, especialmente entre judeus e muçulmanos, que retiram o prepúcio dos meninos.
Em outros países, como os Estados Unidos e Coreia do Sul, existe o hábito dos meninos recorrerem à cirurgia, mesmo sem recomendação médica. Hoje, estima-se que um em cada sete adultos no mundo seja circuncisado por diferentes razões. Homens circuncidados tem mais facilidade de fazer a higiene, menos chances de contrair infecções e doenças sexualmente transmissíveis.
No entanto, os médicos recomendam a retirada do prepúcio somente em casos em que a fimose. Um mau necessário (Foto: divulgação) saiba mais Quatro problemas relacionados ao pênis (e como identificá-los) Quebrando os tabus do câncer de pênis e de próstata Tudo o que você sempre quis perguntar ao urologista O que é o prepúcio É a pele retrátil que encobre a cabeça do pênis (glande).
Quem faz a circuncisão pode ter filhos?
Quem faz a circuncisão pode ter filhos? – A postectomia não tem impacto algum sobre a fertilidade do homem, uma vez que o procedimento é realizado na parte externa do pênis, com a retirada exclusiva do excesso de pele. Vale lembrar que os espermatozóides são produzidos no epidídimo (parte de trás dos testículos) e, quando o homem é estimulado, eles passam pelas glândulas seminais e pela próstata através dos ductos deferentes.
Quem foi o primeiro homem da Bíblia a ser circuncidado?
Por que o Criador pediu para que todo homem do clã de Abrão fosse circuncidado? Após mudar o nome de Abrão para Abraão, o Criador prometeu uma grande descendência e selou uma aliança única e especial. Como sinal dessa aliança, pediu para que Abraão e todos os homens do acampamento fizessem a circuncisão.
- Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: Que todo o homem entre vós será circuncidado.
- E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós.” Gênesis 17:10-11 Essa foi a única vez que homens adultos foram circuncidados.
A partir daquele momento, a pequena cirurgia era feita em todos os meninos descendentes de Abraão, no oitavo dia de vida. Até hoje existe essa aliança entre o povo judeu, pois se tornou um costume. Antigamente, muitos povos tinham um sinal no corpo, como uma tatuagem, ou outra marca que os separava dos demais.
Na Mesopotâmia, por exemplo, no segundo e primeiro milênios antes de Cristo, era comum estampar a pele com um ferro quente, a fim de marcar a propriedade divina sobe o indivíduo como um fazendeiro marcaria o seu gado. Escravos eram também marcados do mesmo jeito, às vezes na testa, no pescoço ou nos braços a fim de que todos vissem o sinal.
Além do ferro quente, algumas dessas marcas eram feitas com agulhas ou facas. Outra prática comum era marcar os servos do templo com o símbolo da divindade. Uma estrela, por exemplo, representava a deusa Ishtar. Contudo, é exatamente aqui que encontramos a distinção do sinal que Deus pedira a Abraão.
- Embora a circuncisão fosse uma marca permanente que diferenciava o povo do Criador dos demais, não era visível para que todos pudessem ver claramente.
- O símbolo era interno, demonstrando que mais que um sinal na carne, era o comportamento e a fé que os identificariam como servo do Deus Altíssimo.
- Além de tudo isso, o sinal era também um lembrete de que o maior prazer do homem não vem de sua carne ou de sua virilidade, mas sim do Alto, de sua parceria com o Senhor.
Hoje, a marca dessa aliança é feita no coração, quando se aceita “cortar” a própria vontade para fazer a de Deus. (Romanos 2:29)
O que é a circuncisão feminina?
A mutilação genital feminina (MGF) refere-se aos procedimentos que envolvem a remoção parcial ou total dos órgãos genitais externos femininos ou qualquer outra lesão nos órgãos genitais das mulheres sem justificação médica. Tradicionalmente a circuncisão é feita com uma lâmina e sem qualquer anestesia.
Quais religiões fazem circuncisão?
Essa prática parece ser realizada desde a pré-história humana, sendo impos- sível determinar seu berço geográfico, uma vez que tanto povos primitivos da Améri- ca, África, Ásia e Oceania, quanto cristãos, islâmicos e judeus já a utilizavam como prática ritual.
Onde diz na Bíblia que Jesus foi circuncidado?
Paulo e a circuncisão FOTO: Unsplash No apócrifo Evangelho de Tomé (§ 53), os discípulos perguntam a Jesus se a circuncisão serve de alguma coisa; Jesus responde que, se servisse, os meninos já nasceriam circuncidados. É-nos difícil ter a medida de quão revolucionárias e radicais estas palavras soariam aos ouvidos de um judeu no século I.
- A circuncisão como exigência incontestável de Deus, imposta a Abraão e a toda a sua descendência, estava expressa em Génesis 17:11.
- Para um judeu do século I (como, aliás, do século XXI), não havia (nem há) dúvida possível quanto à absoluta obrigatoriedade da circuncisão, como marca “na carne” da “aliança perpétua” de Deus (Génesis 17:13).
Tanto Jesus (Lucas 2:21) como Paulo (Filipenses 3:5) eram obviamente circuncidados. Quando Abraão recebeu de Deus este mandamento, já tinha 99 anos. Não obstante tão avançada idade, submeteu-se à circuncisão e obrigou todos os seus filhos, parentes e escravos a fazerem o mesmo (Génesis 17:24-27).
Podemos imaginar como o pós-operatório desta circuncisão em massa de adultos, feita sem anestesia e em condições higiénicas decerto propiciadoras de infeções e complicações várias, terá mostrado aos homens da casa de Abraão a sensatez de Deus ter estabelecido que a cirurgia deverá ocorrer no oitavo dia após o nascimento do bebé (Génesis 17:12).
A verdade é que se trata de um procedimento cirúrgico que é tanto mais complicado e doloroso quanto mais velho for o paciente. No século I, quando a mensagem de Jesus começou a extravasar para lá do mundo judeu e suscitou cada vez mais adesão da parte de não-judeus, colocou-se este enorme dilema: era mesmo indispensável que os gentios incircuncisos passassem pela experiência pouco apelativa de se submeterem à circuncisão, com todos os riscos que isso implicava (tratando-se de homens adultos)? Os Atos dos Apóstolos e a epistolografia de Paulo dão-nos a ver as duas respostas irreconciliáveis que, no seio da geração dos primeiros cristãos, deram azo a grandes desentendimentos e conflitos.
É que, embora os evangelhos canónicos não nos transmitam qualquer posição expressa por Jesus no tocante à circuncisão (Jesus só refere o tema, sem aprovação ou condenação explícitas, em João 7:22 e 23), alguns dos que tinham sido próximos de Jesus defendiam a obrigatoriedade da circuncisão para gentios que se convertessem ao cristianismo.
A atitude contrária teve sobretudo como paladino o apóstolo Paulo, que pregava um euangélion (“boa-nova”) de que a necessidade da circuncisão estava completamente arredada. Para Paulo, com efeito, não havia a mínima necessidade de convertidos incircuncisos se submeterem à circuncisão, por motivos que ele explica com grande eloquência, sustentação teológica e talento persuasivo no Capítulo 4 da Carta aos Romanos.
Uma das razões pelas quais a abordagem à circuncisão na Carta aos Romanos lhe saiu tão bem pode ter sido a sua consciência de que uma anterior tentativa de defender o seu ponto de vista lhe saíra bastante mal. É o caso da Carta aos Gálatas, escrita como reação à notícia de que alguns gálatas, que o próprio Paulo convertera, tinham acedido, sob influência de “outro evangelho”, a se submeterem à circuncisão.
A resposta de Paulo parece ter sido escrita num momento de tal indignação que lhe faltou o sangue frio para perceber quanto a sua defesa da incircuncisão dos gentios nesta carta não fazia mais do que dar argumentos aos seus adversários. Isto porque a Carta aos Gálatas está cheia de falhas argumentativas, que analiso na Introdução a esta epístola na minha nova tradução do Novo Testamento.
Se é verdade, porém, que a argumentação que sustenta a atitude de Paulo a respeito da circuncisão é vulnerável e por isso não suscita adesão incondicional, o mesmo – é preciso sublinhá-lo – não poderá dizer-se do axioma em si que traduz a atitude do apóstolo: “em Cristo Jesus não importa nem circuncisão nem prepúcio, mas ‘só’ a fé que atua através do amor” (Gálatas 5:6).
A frase é lindíssima; mas, no que toca à situação vivida na Galácia, que tanto provocou a indignação de Paulo, fica no ar a seguinte pergunta: se “em Cristo” é indiferente que os homens tenham ou não prepúcio, por que razão é que Paulo quer negar aos gálatas incircuncisos o direito de seguirem à risca uma inequívoca exigência de Deus (Génesis 17:11) e optarem pela circuncisão? Em Gálatas 5:3, Paulo tenta exercer pressão no sentido de desincentivar essa liberdade, com a ameaça de que, a partir do momento em que se é circuncidado, é-se obrigado a seguir toda a lei (pelo que se entende o respeito pelas regras alimentares, pelo dia de sábado, etc.).
Este ditame de “ou tudo ou nada” não é fundamentado e, contrariamente ao axioma anteriormente referido, não é convincente. Talvez por intuirmos que a verdadeira razão da ira de Paulo nesta carta é que, afinal, os “seus” gálatas viram uma lógica no “outro” evangelho que se baseava, sem rodeios sofísticos e reinterpretações artificiosas da Escritura, na simplicidade da palavra de Deus: “todo o homem será circuncidado” (Génesis 17:10).
Frederico Lourenço é escritor, tradutor e professor de grego antigo. Formou-se em línguas e literaturas clássicas na Faculdade de Letras de Lisboa, onde concluiu seu doutorado. Desde 2009 leciona na Universidade de Coimbra. Traduziu do grego a Odisseia, Ilíada e as tragédias de Eurípides, Hipólito e Íon.
Qual religião faz circuncisão?
Leia também
Ellinor é contra o aborto. A Suécia não a deixa fazer partos Liberdade religiosa. “Temos de estar dispostos a levar na cabeça” “Estás na Rússia. Aqui acontecem coisas más” A geringonça sueca quer acabar com as escolas religiosas
A circuncisão masculina é um preceito religioso fundamental para judeus e muito importante para muçulmanos. No caso dos judeus, a prática tem milhares de anos. Atualmente, nenhum país no mundo proíbe especificamente a circuncisão por motivos religiosos, mas isso poderá mudar.
- Políticos na Islândia já disseram que querem ser o o primeiro país a vedar a prática, mas têm concorrência na Dinamarca, onde uma proposta nesse sentido deu entrada no Parlamento.
- Já em 2012, um tribunal estadual alemão proibiu o procedimento, provocando imediatamente comparações ao regime nazi, mas o tribunal federal anulou a decisão e o Governo acabou por aprovar uma lei que legaliza explicitamente a circuncisão religiosa.
Os defensores da proibição da circuncisão dizem que esta, quando praticada por razões não-médicas, viola a integridade física dos rapazes. Embora alguns façam paralelos com a chamada circuncisão feminina, as duas não são verdadeiramente comparáveis. No caso dos homens, a amputação do prepúcio não parece ter efeitos negativos para a saúde – havendo, inclusivamente, estudos médicos que apontem vantagens – nem para a vida sexual.
- No caso feminino, a excisão genital – ou mutilação genital feminina (MGF) – tem efeitos negativos para a vida sexual e, porque é quase sempre praticado de forma clandestina, causa graves problemas de saúde a algumas das suas vítimas.
- Acresce que, embora a MGF seja praticada por muitas comunidades islâmicas, não existe qualquer mandato religioso neste sentido e algumas comunidades cristãs e animistas em África também sujeitam as suas mulheres a essa prática.
Embora a questão da circuncisão masculina possa parecer secundária para a maioria dos cristãos ou pessoas sem filiação religiosa, na Europa, para os muçulmanos e, sobretudo, para os judeus que vivem nessas sociedades, trata-se de uma questão fundamental e a sua eventual proibição é entendida como um ato hostil que diz que não são bem-vindos naqueles países.
- Quando a lei começou a ser debatida na Islândia as comunidades reagiram de imediato.
- Para eles este é um assunto muito grave, porque para os judeus a circuncisão é obrigatória ao oitavo dia de vida, é talvez a única prática que é comum a todas as comunidades judaicas.
- Para eles não é sequer opção”, explica o padre Jakob Roland, um sacerdote francês que trabalha na Islândia.
Enquanto secretário-geral do Forum Inter-religioso naquele país, o padre Jakob organizou uma conferência para chamar atenção para o problema e lamenta que os políticos que fizeram a proposta nem sequer tinham tentado contactar as comunidades religiosas que seriam afetadas.
Há alguns milhares de muçulmanos no país, e uma comunidade judaica que se estima entre as dezenas e as duas centenas, mas que não está organizada, tendo a sua defesa sido assumida por organizações judaicas europeias. “Não vejo qualquer sinal de que tenha havido contacto com a comunidade muçulmana, e não houve de todo com os judeus.
Quando a responsável pelo projeto soube da reação dos rabinos na Europa disse, no Parlamento, que tinha ficado muito surpreendida com isso. É estranho, porque se alguém iria reagir eram os rabinos”, comenta o padre, sublinhando que a lei a ser discutida prevê uma penalização de seis anos de cadeia.
Preconceito ou ignorância? A surpresa da deputada levanta uma questão importante. As medidas que visam proibir a circuncisão por motivos religiosos e, mais ainda, o abate ritual de animais para consumo segundo normas religiosas, que também afeta judeus e muçulmanos, são motivadas por preconceito antirreligioso, ou por genuína preocupação pelos direitos das crianças e dos animais? Um olhar pelos diferentes projetos na Europa apresenta resultados distintos.
Mas o padre Jacob não duvida que na Islândia não é qualquer sentimento antissemítico que anima este debate, é antes uma total incompreensão pela importância que a religião tem na vida de algumas pessoas. “Há muita ignorância sobre assuntos religiosos aqui.
A maioria dos islandeses são cristãos, um terço deles são da Igreja Luterana, que é a Igreja do Estado, mas muito poucos compreendem bem a sua religião ou praticam-na com regularidade. Para eles a religião é completamente secundária e por isso têm dificuldade em compreender que para outras pessoas a religião possa ser um aspeto importante e essencial das suas vidas”.
O problema, diz o padre católico, começa bem cedo. “Nas escolas geridas pela cidade de Reiquejavique já não se ensina religião. Isto leva a que haja toda uma geração que cresce sem qualquer noção sobre a religião. Vão para Roma de férias, olham para a Pietá e perguntam quem é esta mulher com um homem morto nos braços.
Não sabem nada sobre religião.” No caso da Islândia, como em todos os outros que têm ocorrido na Europa no que diz respeito a ataques à legalidade da circuncisão e do abate ritual de animais para consumo, a Igreja Católica tem estado firmemente ao lado da defesa do direito dos muçulmanos e dos judeus de poderem praticar as suas religiões sem impedimentos.
“O nosso bispo escreveu uma carta em que explica que os cristãos insistem mais no aspeto espiritual da circuncisão, como diz São Paulo, da conversão dos corações e não da circuncisão física. Em todo o caso, diz, é uma questão de liberdade de religião e apoiamos estas comunidades”, explica o padre Jakob.
- Mas nem tudo é mau.
- Na Islândia, tal como aconteceu noutros países europeus em que estes assuntos estiveram sobre a mesa, a ameaça comum levou a um estreitamente de relações entre judeus e muçulmanos, duas comunidades que, no contexto mundial atual, nem sempre têm relações de confiança.
- No caso islandês, a melhoria de relações foi até mais longe.
“O Fórum Inter-religioso existe há quase 12 anos e o diálogo inter-religioso nunca alcançou um grau tão profundo de amizade e de diálogo como agora”, insiste o padre. “Hoje até há pessoas que usam a palavra ‘amor’ para descrever a nossa relação. Nunca tínhamos experimentado isso antes.”
Por que cortar o prepúcio?
Afinal, para que serve o prepúcio? O prepúcio não é um simples adorno do pênis. Se está lá, pode ter certeza que tem uma função importante, como a de proteger a, Por outro lado, existe uma forte tradição religiosa, especialmente entre judeus e muçulmanos, que retiram o prepúcio dos meninos.
Em outros países, como os Estados Unidos e Coreia do Sul, existe o hábito dos meninos recorrerem à cirurgia, mesmo sem recomendação médica. Hoje, estima-se que um em cada sete adultos no mundo seja circuncisado por diferentes razões. Homens circuncidados tem mais facilidade de fazer a higiene, menos chances de contrair infecções e doenças sexualmente transmissíveis.
No entanto, os médicos recomendam a retirada do prepúcio somente em casos em que a fimose. Um mau necessário (Foto: divulgação) saiba mais Quatro problemas relacionados ao pênis (e como identificá-los) Quebrando os tabus do câncer de pênis e de próstata Tudo o que você sempre quis perguntar ao urologista O que é o prepúcio É a pele retrátil que encobre a cabeça do pênis (glande).
Porque Paulo teve que circuncidar Timóteo?
3 circuncidou-o. Por uma questão de prudência, a fim de que sua obra entre os judeus fosse mais eficaz.
Como é feita a circuncisão dos judeus?
Procedimentos. A mulher do casal (Kvater) toma a criança dos braços da mãe e a entrega ao homem que levará a criança e a colocará sobre a cadeira reservada ao profeta Elias. O pai então coloca o menino sobre o colo do sandec, onde o mohel executa a circuncisão. O nome hebraico do menino então é anunciado a todos.