O Que Filosofia?
Qual é a definição para Filosofia?
Laboratório Interdisciplinar de Ensino de Filosofia e Sociologia O QUÊ É FILOSOFIA? A palavra Filosofia é de origem grega, e significa “amor à sabedoria”. Filosofar quer dizer refletir sobre questões fundamentais da vida humana porque quem o faz sente que precisa de uma resposta a essas questões para viver melhor.
- Filosofa – mesmo sem saber o nome dessa atividade – quem se pergunta, por exemplo, como deveria ser uma sociedade justa, ou como distinguir entre o que verdadeiramente sabemos e o que apenas opinamos.
- Também filosofa que busca a maneira correta de enfrentar um dilema moral, ou quem quer saber se a existência humana tem um significado.
É possível que todo ser humano – não importando a época ou a cultura – tenha formulado para si tais perguntas, como o atesta a literatura: “Ser ou não ser, eis a questão” (Shakespeare) é uma inquietação filosófica. Podemos denominar a essa ocupação universal de Filosofia espontânea.
- Dela se diferencia a Filosofia acadêmica, uma atividade intelectual que foi, por assim dizer, inventada pelos gregos séculos antes de Cristo e que faz parte importante da tradição cultural ocidental.
- É a Filosofia estudada, ensinada e discutida nas Universidades.
- E os filósofos (profissionais, poderíamos dizer) são aquelas pessoas que dedicam sua vida a refletir de maneira sistemática e rigorosa sobre as questões filosóficas.
A Filosofia acadêmica tem diversas áreas, sendo as principais: a Lógica, que estuda as formas de raciocínio correto, diferenciando-as das formas equivocadas pelas que podemos ser enganados. A Epistemologia ou Teoria do Conhecimento, em que se indaga sobre a natureza do conhecimento humano, seus fundamentos, variedades e limites.
- A Ontologia, o ramo da Filosofia em que tratamos de esclarecer em que consiste dizer que algo existe, ou que é real, à diferença de ficções (os números, por exemplo, existem?).
- A Ética, que pesquisa os fundamentos dos juízos morais.
- A Filosofia Política, endereçada a compreender e questionar a organização da vida social e o exercício do poder.
A Filosofia da Linguagem, que analisa esse instrumento básico da humanidade. E a Estética, cujo interesse gira em torno da experiência artística. Como se pode advertir, a Filosofia é uma atividade intelectual muito abrangente. À diferença das ciências, ela não está limitada a um setor ou aspecto da realidade.
- Pode-se filosofar a propósito de tudo quanto desperta nossa admiração ou provoca nossa dúvida.
- E filosofamos, não apenas na solidão do nosso pensamento, mas em diálogo com os demais homens.
- Em particular, lendo as obras dos filósofos famosos (Platão, Aristóteles, Descartes, Kant, Nietzsche, Habermas) que são aqueles pensadores que formularam de maneira particularmente rigorosa as questões filosóficas, de tal modo que suas ideias ainda hoje podem nos ajudar a compreendê-las e respondê-las.
O currículo do curso de Filosofia, em qualquer universidade, está integrado por diversas disciplinas que correspondem às áreas filosóficas, e prepara, seja para ser um pesquisador profissional nessas matérias, seja para ensinar na escola ou na própria universidade.
- Os estudos filosóficos podem ser também um valioso complemento de qualquer formação científica, técnica ou artística, porque filosofar capacita a pessoa para exercitar a sua atividade, seja ela qual for, de maneira mais lúcida e rigorosa.
- Um físico que reflete sobre o que seja ciência, um engenheiro que o faz sobre a natureza da tecnologia, um pintor que pensa o propósito da criação, são melhores profissionais.
E ser melhor é o ganho que promete a Filosofia, que não é útil em sentido material nem econômico, porém valiosa para a qualidade da existência. Porque, como afirmou o filósofo Sócrates, “uma vida sem exame não é digna do homem”. : Laboratório Interdisciplinar de Ensino de Filosofia e Sociologia
Qual é o objetivo de estudar a Filosofia?
1. A filosofia cria conceitos e fundamenta para outros conhecimentos – A filosofia se preocupa com a construção de conceitos que irão servir de base para diversas áreas do conhecimento. Assim, é tarefa da filosofia criar e desenvolver conceitos, sendo um campo do conhecimento que tem como objetivo a produção de conhecimento.
- Desse modo, rompe-se com a ideia preconceituosa de que não serve para nada, apresenta-se como a raiz de todo o conhecimento já produzido e tende a antecipar as próximas questões a serem desenvolvidas.
- Por exemplo, a ciência, área de conhecimento que possui um papel privilegiado no mundo contemporâneo, só foi possível de ser desenvolvida a partir das bases metodológicas criadas pela filosofia.
- Veja mais em :
O que é Filosofia em 3 palavras?
A palavra ‘filosofia’ é a união de suas palavras gregas amor (philo) e sabedoria (sophia), significando, então, o ‘amor à sabedoria’, ‘amor ao conhecimento’. A criação da palavra é atribuída ao filósofo grego Pitágoras.
Quais são os tipos de Filosofia?
1) filosofia antiga; 2) filosofia medieval; 3) filosofia moderna; 4) filosofia contemporânea.
O que a filosofia nos promove?
A filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. A filosofia é uma maneira de pensar e é também uma postura diante do mundo. Antes de mais nada, ela é uma forma de observar a realidade que procura pensar os acontecimentos além da sua aparência imediata.
Ela pode se voltar para qualquer objeto: pode pensar sobre a ciência, seus valores e seus métodos; pode pensar sobre a religião, a arte; o próprio homem, em sua vida cotidiana. Uma história em quadrinhos ou uma canção popular podem ser objeto da reflexão filosófica. Há alguns anos, foi publicado no Brasil, um livro chamado “Os Simpsons e a Filosofia”, que tratava das questões filosóficas implícitas no famoso desenho animado da TV.
Como o próprio Bart Simpson, a filosofia é um jogo irreverente que parte do que existe, critica, coloca em dúvida, faz perguntas importunas, abre a porta das possibilidades, faz entrever outros mundos e outros modos de compreender a vida. Uma disciplina indisciplinada Por isso, a filosofia incomoda, pois ela questiona o modo de ser das pessoas, das sociedades, do mundo.
Discute as práticas política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística. Não há área onde ela não se meta, não indague, não perturbe. E, nesse sentido, a filosofia pode ser perigosa ou subversiva, pois pode virar a ordem estabelecida de cabeça para baixo. Quando surgiu entre os gregos, no século 6 a.C., a filosofia englobava tanto a indagação filosófica propriamente dita, quanto aquilo que hoje é chamado de conhecimento científico.
O filósofo refletia e teorizava sobre todos os assuntos, procurando responder não só ao porquê das coisas, mas, também, ao como, ou seja, ao modo pelo qual elas acontecem ou “funcionam”. Euclides, Tales e Pitágoras, por exemplo, foram filósofos que também se dedicaram ao estudo da geometria.
- Aristóteles, por sua vez, investigou problemas físicos e astronômicos, na medida em que esses problemas também interessavam à cultura e à sociedade de sua época.
- O saber científico Só a partir do século 17, com o aperfeiçoamento do método científico – baseado na observação, na experimentação e matematização dos resultados -, a ciência tal qual a entendemos hoje começou a se constituir, como uma forma específica de abordagem do real que se destacava ou desprendia da filosofia propriamente dita.
Afastando-se da filosofia por se tornarem mais específicas, apareceram pouco a pouco as ciências particulares, que investigam determinados aspectos da realidade: à física interessam os movimentos dos corpos; à biologia, a natureza dos seres vivos; à química, as transformações das substâncias; à astronomia, os corpos celestes; à psicologia, os mecanismos do funcionamento da mente humana; à sociologia, a organização social, etc.
- O conhecimento fragmenta-se entre as várias ciências, pois cada uma se ocupa somente de uma parte do real.
- Estudam os fenômenos que pertencem à sua área específica e pretendem mostrar como estes ocorrem e como se relacionam com outros fenômenos.
- A posse do conhecimento sobre os fenômenos naturais e humanos gera a possibilidade de prevê-los e controlá-los.
Integração e totalidade Por outro lado, a filosofia trata dessa mesma realidade, só que – em vez de separá-la em conhecimentos particulares e estanques – considera-a no interior da totalidade de fenômenos, ou seja, procura enxergar a realidade a partir de uma visão de conjunto.
Qualquer que seja o problema, a reflexão filosófica considera cada um de seus aspectos, relacionando-o ao contexto dentro do qual ele se insere e restabelecendo a integridade do universo humano. Sob o ponto de vista filosófico, por exemplo, é impossível considerar os problemas econômicos do Brasil somente a partir de princípios de economia.
É necessário relacioná-la com os interesses das diversas classes sociais, os interesses políticos, os interesses nacionais, etc. Um país economicamente instável é um país política e socialmente instável. Já para a ciência econômica, estrito senso, isso não vem ao caso.
Seu foco é verificar como a inflação ou a recessão funciona para poder controlá-la, independentemente dos reflexos que esse controle tenha para a sociedade. (Evidentemente, estamos falando das coisas teoricamente, e portanto podemos isolá-las. Na prática, nem sempre é assim que isso ocorre. O alemão Karl Marx fez da economia um elemento essencial de sua doutrina filosófica).
Perguntas e mais perguntas Por isso, sem desmerecer o conhecimento especializado das várias ciências, a reflexão filosófica é sempre – mais do que necessária – obrigatória. Cabe ao filósofo refletir sobre o que é ciência, o que é método científico, qual a sua validade e seus limites.
A ciência é realmente um conhecimento objetivo? O que é a objetividade e até que ponto um sujeito histórico – o cientista – pode ser objetivo, isto é, isento de interesses pessoais? Cabe ao filósofo, também, refletir sobre a condição humana atual: o que é o homem? O que é liberdade? O que é trabalho? Quais as relações entre homem e trabalho? É possível existir uma outra ordem social? A própria escola é alvo de reflexão filosófica.
A educação pressupõe uma visão do homem como um ser incompleto, que pode ser aprimorado, educado, ao contrário dos animais, que não precisam ser educados, pois orientam-se pelos instintos. Só os educamos, ou domesticamos, para acomodá-los às nossas necessidades humanas.
O caso dos homens é diferente, sem dúvida, mas, para que o ser humano é educado? Para o exercício da liberdade e da responsabilidade ou só para se inserir na ordem estabelecida? Em outras palavras, a educação ocorre para cada homem saber pensar por si próprio ou para aceitar as regras que outros pensaram para ele? A filosofia quer encontrar o significado mais profundo dos fenômenos.
Não basta saber como funcionam, mas o que significam na ordem geral do mundo humano. A filosofia emite juízos de valor ao julgar cada fato, cada ação em relação ao todo. A filosofia vai além daquilo que é, para propor como poderia ser. E, portanto, indispensável para a vida de todos nós, que desejamos ser seres humanos completos, cidadãos livres e responsáveis por nossas escolhas.
Qual é o papel da filosofia nos dias de hoje?
Ir para o conteúdo Durante os seus anos acadêmicos, é bem provável que você tenha frequentado (ou frequenta atualmente) aulas de Filosofia, onde sempre tratamos de grandes filósofos e passamos pela Filosofia Antiga até a chegada da Filosofia Contemporânea.
Porém, você sabe o que é a Filosofia? Talvez, nunca tenhamos parado para pensar nisso, mas podemos dar aqui uma definição bem simples: “amor à Sabedoria”; considerando assim um filósofo como um amante da sabedoria. Ela basicamente nos ajuda a entender a realidade, através de questionamentos e críticas, além de transformar nosso conhecimento passivo em ativo (“saber pelo saber”).
“Filosofia”, palavra originada do grego philosophia ( philos : amor/admiração; sophia : sabedoria), não apresenta sentido prático-material, como construir uma casa, por exemplo, contudo faz-nos perceber que possui uma utilidade de valor, algo ALÉM da prática material.
- Sabendo disso, podemos dividir as formas de conhecimento em dois tópicos: nominal, onde o conhecimento é superficial, e real, onde há a especificação do mesmo.
- Como podemos ver, essa “disciplina escolar” tem muito a nos oferecer, podendo nos auxiliar em inúmeras questões; e por que isso não é valorizado ultimamente? Essa resposta pode ser bem óbvia, na verdade: pois a Filosofia nos proporciona um conhecimento ATIVO, nos fazendo questionar até mesmo as coisas realizadas por autoridades nos dias de hoje; e esse é o objetivo deles, não serem questionados.
Quando vemos os acontecimentos através da Filosofia, podemos viver um ” thauma “, palavra de origem grega, que representa admiração ou espanto diante da realidade, a surpresa pela vida. E assim que vivenciamos isso, nosso amor ao saber tende a crescer absurdamente; afinal, apesar de tudo, o saber apresenta valor independentemente da utilidade. Devemos sempre lembrar que a ciência busca sempre o “como é” das questões, enquanto a filosofia busca o “o que é”, “por que” e “para que” das mesmas. Além de nos oferecer milhares de benefícios, assim como ofereceram no passado, tudo que precisamos fazer é reconhecer e admitir que “todos os homens por natureza, tendem ao saber” como nos ensinou Aristóteles.
Que é considerado o pai da filosofia?
Tales de Mileto é considerado o primeiro filósofo, o pai da filosofia. É dele a organização do primeiro movimento filosófico, a Escola de Mileto ou Escola Jônica. Para o pensador, havia um princípio criador para todas as coisas do mundo: a água. A água seria, portanto, o arché fundador de tudo que há no mundo.
Qual é a origem da filosofia?
A filosofia surge na Grécia no período compreendido entre o final do século VII a.C e o início do século VI a.C. e foi a maneira pela qual os gregos antigos encontraram para explicar o mundo, os fenômenos e os acontecimentos de maneira racional.
Qual é a atitude da filosofia?
Introdução – De maneira geral, define-se atitude filosófica como um comportamento de um grupo ou indivíduo em que são adotadas posturas críticas pautadas na racionalidade em relação aos acontecimentos. A atitude filosófica é, então, romper com o senso comum, com aquilo que é imposto socialmente.
É problematizar a partir da racionalidade, fatos, acontecimentos e elementos do cotidiano. A racionalidade e o agir racional são imprescindíveis para que o grupo ou indivíduo desenvolvam posturas críticas. Por pensar e agir racionalmente, entende-se que os indivíduos devam desenvolver pensamentos a partir da razão, a partir do uso de métodos e de lógica,
Faz parte da atitude filosófica colocar em dúvida as imposições e regras sociais, A partir disso, a sociedade fundamenta o comportamento crítico e passa a atuar como questionadora e problematizadora das imposições, das regras e das padronizações sociais.
O posicionamento crítico determina a atitude filosófica, pois o ser humano, enquanto ser racional, passa a entender o mundo e sua realidade e consequentemente, estabelece a crítica ao modelo em que vive. São as perplexidades e incômodos cotidianos que permitem ao cidadão entender e adotar um posicionamento crítico e racional, que, por sua vez, colaboram para a reação do indivíduo ou grupo diante de problemas e questões que abalam direta ou indiretamente a vida cotidiana.
A partir do posicionamento, o grupo social talvez consiga realizar mudanças e posteriormente, garantir que os resultados alcançados façam parte da vida e do cotidiano. O homem racional passa a agir ativamente e deixa de ser levado e dominado pelo outro.
- Toda atitude do próprio ser social e dos outros atores que convivem no seu meio passam a ser racionalmente questionadas.
- A racionalidade pauta, portanto, a ação dos indivíduos.
- Apesar de possuir uma definição geral, a atitude filosófica apresenta quatro aspectos que podem complementar sua definição: o espanto, a dúvida, o rigor e a insatisfação,
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O que é uma filosofia de vida?
O que é uma Filosofia de vida: – Filosofia de vida é a expressão que serve para descrever um conjunto de ideias ou atitudes que fazem parte da vida de um indivíduo ou grupo. A filosofia de vida também pode ser definida por uma conduta que rege a forma de viver de uma pessoa.
- Muitas vezes essas normas são marcadas por uma religião, como por exemplo: filosofia de vida budista, filosofia de vida cristã, etc.
- É importante referir que a filosofia de vida varia de acordo com o contexto de cada um, e pode ser influenciada ou alterada de acordo com fatores sociais, econômicos ou políticos.
Esta expressão também está relacionada com o sentido crítico e define a forma como cada pessoa constrói o seu sistemas de valores que fazem parte da sua vida e indicam como ela vai ser vivida. Por vezes as filosofias de vida entram em choque, quando pessoas discordam sobre vários temas.
- A principal razão para conflitos de filosofia de vida são diferenças culturais.
- Frequentemente esta expressão é usada como sinônimo de estilo de vida,
- Ex: Ninguém gosta dele porque ele tem uma filosofia (estilo) de vida muito estranha.
- O conceito de está relacionado com a busca incessante pela sabedoria.
Assim, uma filosofia de vida também inclui a busca pelo autoconhecimento e por normas que atribuam estabilidade para um determinado indivíduo. : Significado de Filosofia de vida (O que é, Conceito e Definição)
O que é a sabedoria na filosofia?
Nota: Para o livro deuterocanônico da Bíblia de mesmo nome, veja Livro da Sabedoria, Para o conceito de Sophia na filosofia helenística e tradição ortodoxa cristã, veja Sofia (sabedoria), A Sabedoria defendendo a Juventude contra o Amor por Meynier, c.1810 Sabedoria, sapiência ou sagacidade (do latim sapere — que tem sabor.) é a condição de quem tem conhecimento, erudição O equivalente em grego ” sofia ” (Σοφία) é o termo que equivale ao saber (presente na formação de palavras como teosofia, significando ainda habilidade manual, ciência e sabedoria ); O termo encontra definições distintas conforme a ótica filosófica, teológica ou psicológica,
Quais são as três principais características da filosofia?
São quatro estes requisitos: rigorosidade, criticidade, totalidade e radicalidade. Estas quatro características ou requisitos formam a condição de possibilidade da filosofia. Vejamos então um pouco mais detalhadamente cada uma destas características.
Quais são os 4 conhecimentos da filosofia?
Conhecimento empírico, científico, filosófico e teológico.
Quais as 4 características da filosofia?
Deve ser Radical a Filosofia?
Deve ser Radical a Filosofia? Ou A Filosofia e seus Pressupostos
A insatisfação com as certezas dogmáticas trazidas pelas explicações míticas do mundo fez nascer, com os gregos antigos, um novo vocabulário. Ao conjunto de expressões e conceitos recém-construídos por esse novo vocabulário convencionou-se chamar: Filosofia,
Este novo vocabulário começa a ser desenvolvido em colônias gregas, como a Jônia e a Magna Grécia (Península Itálica e Sicília), por volta do século VI a.C., e tem por intenção original uma busca pela racionalidade que regula e estrutura o universo e as coisas nele contidas. Com isto, os primeiros pensadores gregos envolvidos nesta tarefa, posteriormente conhecidos como filósofos pré-socráticos, iniciam um processo de dessacralização da natureza.
Nesse processo, talvez mesmo sem se aperceberem, ofereceram as bases para o próprio pensar filosófico, Isto é, além de esboçarem um novo vocabulário, um novo arcabouço conceitual, ajudaram a desenvolver um novo pensar, A filosofia, portanto, é um outro pensar.
- Um outro pensar no sentido de uma outra forma de enxergar e explicar o mundo.
- Um pensar que busca ultrapassar o dogmatismo mítico e o sagrado.
- Para que possa existir, entretanto, esta forma dessacralizada e não dogmática de pensar, alguns pressupostos precisam existir, algumas condições necessitam ser atendidas.
É o que será analisado neste breve Ensaio. Desde sua origem e até hoje, a filosofia estrutura-se em torno de um tipo de pensamento abstrato e sistematizado, marcado pela racionalidade, pela construção firme de conceitos e por uma rigorosa lógica interna de seus próprios argumentos.
Como a base, o ponto de partida, para essa estrutura de pensamento, para essa forma de pensar, ou dito de outra maneira, para que se possa mesmo chegar a esta forma de pensar, a filosofia precisa atender a alguns requisitos fundamentais. São quatro estes requisitos: rigorosidade, criticidade, totalidade e radicalidade,
Estas quatro características ou requisitos formam a condição de possibilidade da filosofia. Vejamos então um pouco mais detalhadamente cada uma destas características. Rigorosidade A análise filosófica deve ser, antes de mais nada, rigorosa, Rigorosa no sentido de um aprofundamento do método específico e determinado da pesquisa filosófica.
- Uma pesquisa que exige a revisão de todos os conceitos e paradigmas anteriores acerca do tema ou assunto abordado.
- Pesquisa que deve ser seguida de uma análise que não se contente e nem se contenha naquilo já dito ou escrito.
- Análise esta que não se permita deter ao esbarrar em dogmas, tradições e certezas do passado.
Ao expor suas conclusões, o discurso filosófico deve estar centrado em conceitos que estejam dotados de uma estrutura interna coerente, concatenada e lógica. As conclusões obtidas da pesquisa e análise empreendidas devem ser claras, por mais complexo e abstrato que seja o tema estudado.
- Rigorosidade,
- Criticidade A criticidade em filosofia nada mais é do que a busca de ultrapassagem do pensamento ingênuo.
- Ultrapassagem do pensamento que se contenta com as explicações já dadas e tidas como certas.
- Ultrapassagem de um pensamento que se acomode com o status quo existente.
- Ultrapassagem de um pensamento que não queira promover mudanças, que não objetive a transformação da realidade.
Toda a filosofia que não tenha a pretensão de contribuir com a construção de uma sociedade melhor, mais justa, mais equilibrada, mais humana, através da reflexão crítica, não-ingênua, não merece o título de filosofia. A filosofia não é neutra. A filosofia precisa ser construída sempre em bases de juízo de valor.
Talvez essa seja uma das principais distinções entre o pensar filosófico e o pensar próprio da Ciência. Criticidade, Totalidade ou Visão de Conjunto A percepção filosófica, o olhar filosófico, deve sempre buscar enxergar o todo, o conjunto, Sua análise nunca pode ser parcial, fracionada, fragmentada.
Se for, não poderá pretender ser filosofia. O contexto e suas variantes devem ser levados em consideração. Os desdobramentos e as consequências daquela determinada perspectiva filosófica devem ser ponderados e pensados. Se as ciências são particulares, na medida em que se ocupam de forma mais centralizada em seu objeto específico de estudo, a filosofia é sempre de conjunto, isto é, relaciona e examina os problemas sob a perspectiva do todo, relacionando os diversos aspectos da realidade e das coisas entre si.
A filosofia deve pretender visar ao todo, à totalidade. Evidentemente que a perspectiva e o referencial teórico adotados por cada filósofo irá influenciar sua abordagem e conclusões, atribuindo sempre um viés a sua análise. Afinal, o pensar filosófico se posiciona. Mas este determinado viés não deve deixar de levar em consideração ou negligenciar outros vieses, e mesmo o conjunto de vieses.
Totalidade, Radicalidade Aqui deve ser oferecida, enfim, a resposta à indagação proposta no título deste Ensaio: deve ser radical a filosofia? E a resposta é sim, Sim, o pensar filosófico precisa ser radical. Radical no sentido de uma reflexão que busque a raiz, a origem, os fundamentos, do problema ou da questão analisada.
Um pensar que não vá às raízes de uma determinada questão, é um pensar ingênuo, fruto de uma consciência ingênua. Um pensar assim não é filosófico. O pensar filosófico precisa aprofundar sua reflexão até à fonte primeira daquela pretensão de verdade, desconstruindo e reconstruindo conceitos e fundamentos, mesmo que para manter ou defender sua validade.
O pensar filosófico, o filosofar, precisar ser Radical, Assim como a ciência, as artes, a espiritualidade, a filosofia é uma conquista da humanidade. Mas para que ela exista, a filosofia, para que ela pretenda ser filosofia, ela deve ser construída e pensada a partir destes pressupostos: rigorosidade, criticidade, totalidade e radicalidade,
Qual é o símbolo da filosofia?
Filosofia – A Filosofia é representada pela letra ” Fi” ( φ ) do alfabeto grego. A profissão também possui outros símbolos, como a coruja, que representa a sabedoria. + Graduação em Filosofia: tudo o que você precisa saber sobre o curso + 50 melhores faculdades de Filosofia, segundo o MEC História O símbolo da História estampa uma ampulheta com serpentes enroladas e a asa acima. A ampulheta representa o tempo e a evolução. As cobras são a sabedoria e a asa é a diligência. + Historiador: conheça o mercado de trabalho desse profissional + Confira 10 cursos para quem gosta de História Jornalismo O símbolo do Jornalismo é um livro aberto com uma pena o cruzando e a escritura da palavra “LEX”, que, no latim, significa Lei, representando o compromisso do jornalista com a verdade. A pena representa a escrita antiga e o livro relembra a Gazeta Romana, que é um dos precursores da imprensa.
Onde se aplica a filosofia?
4 exemplos práticos de que a filosofia serve para a vida cotidiana A disciplina de deixou de ser considerada uma “área prioritária” e tem sido questionada por sua natureza pouco prática. Mas, como lembrava a filósofa Marina Garcés, “a filosofia não é útil ou inútil.
É necessária”. Trata-se de uma “linguagem fundamental” para aprender a pensar de forma crítica. De qualquer forma, neste momento haverá leitores dizendo algo como: “Ok, tudo bem. A filosofia é bonita. Pode ser um hobby, como jogar xadrez ou fazer palavras cruzadas. Mas não se traduz em nada que possa me servir.
Nunca me verei na situação de duvidar se o mundo existe, como Descartes”. Mas a reflexão e a análise de questões fundamentais têm muito mais consequências práticas do que parece. A filosofia não só nos ajuda a ver o mundo de maneira diferente, mas também pode mudar a forma como interagimos com ele.
Qual a primeira definição de Filosofia?
Introdução – A palavra Filosofia tem origem no grego e significa “amor à sabedoria”. Seu objetivo é refletir sobre questões fundamentais da vida humana, buscando respostas para viver de forma mais plena e satisfatória. A palavra filosofia vem do grego philosophia e significa: philo- amizade, amor, afeição e sophia – sabedoria.
- Portanto, a filosofia significa o respeito, amor e apreço pelo saber,
- O termo filosofia foi cunhado pelo matemático e filósofo Pitágoras, que viveu no século V a.
- C, a partir da junção das palavras philo e sophia.
- Para Pitágoras a filosofia seria o caminho para atingir a sabedoria divina,
- Na visão do matemático, a sabedoria completa pertencia somente aos deuses, no entanto, os humanos poderiam aproximar-se dela a partir do amor e apreço pelo conhecimento, poderiam se aproximar de algo divino no momento que se tornassem filósofos.
A filosofia surge na Grécia no período compreendido entre o final do século VII a.C e o início do século VI a.C. e foi a maneira pela qual os gregos antigos encontraram para explicar o mundo, os fenômenos e os acontecimentos de maneira racional, Enquanto ciência, a filosofia surge então, na Grécia entre os séculos VII a.C e VI a.C.
- Com o passar dos śeculos, surgem várias escolas filosóficas que se dedicam a explicar e entender assuntos específicos.
- Há também no campo da filosofia enquanto ciência divisões : existem filósofos dedicados a pensar a natureza humana, aqueles que se dedicam ao estudo das concepções e vontades humanas, os ligados às ciências exatas, a criação do mundo, a religião ou a política,
Em cada momento histórico, os filósofos se dedicaram, portanto, a algum assunto. Tales de Mileto é considerado o primeiro filósofo, o pai da filosofia, É dele a organização do primeiro movimento filosófico, a Escola de Mileto ou Escola Jônica, Para o pensador, havia um princípio criador para todas as coisas do mundo: a água, Ruínas da Acrópole de Atenas
O que é uma resposta filosófica?
Introdução – De maneira geral, define-se atitude filosófica como um comportamento de um grupo ou indivíduo em que são adotadas posturas críticas pautadas na racionalidade em relação aos acontecimentos. A atitude filosófica é, então, romper com o senso comum, com aquilo que é imposto socialmente.
É problematizar a partir da racionalidade, fatos, acontecimentos e elementos do cotidiano. A racionalidade e o agir racional são imprescindíveis para que o grupo ou indivíduo desenvolvam posturas críticas. Por pensar e agir racionalmente, entende-se que os indivíduos devam desenvolver pensamentos a partir da razão, a partir do uso de métodos e de lógica,
Faz parte da atitude filosófica colocar em dúvida as imposições e regras sociais, A partir disso, a sociedade fundamenta o comportamento crítico e passa a atuar como questionadora e problematizadora das imposições, das regras e das padronizações sociais.
- O posicionamento crítico determina a atitude filosófica, pois o ser humano, enquanto ser racional, passa a entender o mundo e sua realidade e consequentemente, estabelece a crítica ao modelo em que vive.
- São as perplexidades e incômodos cotidianos que permitem ao cidadão entender e adotar um posicionamento crítico e racional, que, por sua vez, colaboram para a reação do indivíduo ou grupo diante de problemas e questões que abalam direta ou indiretamente a vida cotidiana.
A partir do posicionamento, o grupo social talvez consiga realizar mudanças e posteriormente, garantir que os resultados alcançados façam parte da vida e do cotidiano. O homem racional passa a agir ativamente e deixa de ser levado e dominado pelo outro.
Toda atitude do próprio ser social e dos outros atores que convivem no seu meio passam a ser racionalmente questionadas. A racionalidade pauta, portanto, a ação dos indivíduos. Apesar de possuir uma definição geral, a atitude filosófica apresenta quatro aspectos que podem complementar sua definição: o espanto, a dúvida, o rigor e a insatisfação,
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O que é a Filosofia Wikipédia?
Perspectiva histórica – Em um sentido geral, a filosofia é associada à sabedoria, cultura intelectual e à busca de conhecimento. Nesse sentido, todas as culturas e sociedades letradas fazem perguntas filosóficas como “como viver” e “qual é a natureza da realidade”.
O que é um filósofo e qual é o seu papel na Filosofia?
É função do filósofo estudar e refletir sobre a natureza de todas as coisas e suas relações entre si, bem como seus significados. Para isso, o profissional utiliza suas bases de conhecimentos da Filosofia, termo que possui raiz do grego, se originando das palavras philos (amor) e sofia (sabedoria).