Quem Colonizou O Brasil?
Quem iniciou a colonização do Brasil?
Resumo sobre a colonização do Brasil –
- A colonização do Brasil foi realizada por Portugal.
- Os portugueses chegaram ao Brasil por meio da expedição de Pedro Álvares Cabral, em abril de 1500.
- A colonização do Brasil teve três importantes ciclos econômicos: pau-brasil, açúcar e ouro.
- A escravização foi introduzida por volta de 1530, sendo que os escravizados eram indígenas e africanos.
- Oficialmente falando, a colonização se encerrou em 1815, mas os laços com Portugal só foram rompidos com a independência, em 1822.
Quais povos colonizou o Brasil?
Os povos que colonizaram o Brasil foram os portugueses, holandeses, alemães e italianos. O destaque é dos portugueses, os primeiros europeus a descobrirem as terras tupiniquins.
Quem eram os portugueses que colonizaram o Brasil?
Colonização no Brasil – Resumo, História, Características Sempre que ouvimos falar da colonização portuguesa na América, lembramos logo da colonização do Brasil, Será que o Brasil foi realmente descoberto pelos portugueses? Ou o processo de colonização portuguesa foi uma conquista? A colonização portuguesa no Brasil teve como principais características: civilizar, exterminar, explorar, povoar, conquistar e dominar,
Sabemos que os termos civilizar, explorar, exterminar, conquistar e dominar estão diretamente ligados às relações de poder de uma determinada civilização sobre outra, ou seja, os portugueses submetendo ao domínio e conquista os indígenas. Já os termos explorar, povoar remete-se à exploração e povoamento do novo território (América).
A partir de então, já sabemos de uma coisa, que o Brasil não foi descoberto pelos portugueses, pois afirmando isto, estaremos negligenciando a história dos indígenas (povoadores) que viviam há muito tempo neste território antes da chegada dos europeus.
- Portanto, o processo de colonização portuguesa no Brasil teve um caráter semelhante a outras colonizações europeias, como, por exemplo, a espanhola: a conquista e o extermínio dos indígenas.
- Sendo assim, ressaltamos que o Brasil foi conquistado e não descoberto.
- A Coroa portuguesa, quando empreendeu o financiamento das navegações marítimas portuguesas no século XV, tinha como principal objetivo a expansão comercial e a busca de produtos para comercializar na Europa (obtenção do lucro), mas não podemos negligenciar outros motivos não menos importantes como a expansão do cristianismo (Catolicismo), o caráter aventureiro das navegações, a tentativa de superar os perigos do mar (perigos reais e imaginários) e a expansão territorial portuguesa (territórios além-mar).
No ano de 1500, os primeiros portugueses chegaram ao chamado “Novo Mundo” (América), e com eles o navegador Pedro Álvares Cabral desembarcou no litoral do novo território. Logo, os primeiros europeus tomaram posse das terras e tiveram os primeiros contatos com os indígenas denominados pelos portugueses de “selvagens”.
Alguns historiadores chamaram o primeiro contato entre portugueses e indígenas de “encontro de culturas”, mas percebemos com o início do processo de colonização portuguesa um “desencontro de culturas”, começando então o extermínio dos indígenas tanto por meio dos conflitos entre os portugueses quanto pelas doenças trazidas pelos europeus, como a gripe e a sífilis.
Entre 1500 a 1530, os portugueses efetivaram poucos empreendimentos no novo território conquistado, algumas expedições chegaram, como a de 1501, chefiada por Gaspar de Lemos e a expedição de Gonçalo Coelho de 1503, as principais realizações dessas expedições foram: nomear algumas localidades no litoral, confirmar a existência do pau-brasil e construir algumas feitorias.
- Não pare agora.
- Tem mais depois da publicidade 😉 Em 1516, Dom Manuel I, rei de Portugal, enviou navios ao novo território para efetivar o povoamento e a exploração, instalaram-se em Porto Seguro, mas rapidamente foram expulsos pelos indígenas.
- Até o ano de 1530, a ocupação portuguesa ainda era bastante tímida, somente no ano de 1531, o monarca português Dom João III enviou Martin Afonso de Souza ao Brasil nomeado capitão-mor da esquadra e das terras coloniais, visando efetivar a exploração mineral e vegetal da região e a distribuição das sesmarias (lotes de terras).
No litoral do atual estado de São Paulo, Martin Afonso de Souza fundou no ano de 1532 os primeiros povoados do Brasil, as Vilas de São Vicente e Piratininga (atual cidade de São Paulo). No litoral paulista, o capitão-mor logo desenvolveu o plantio da cana-de-açúcar; os portugueses tiveram o contato com a cultura da cana-de-açúcar no período das cruzadas na Idade Média.
As primeiras experiências portuguesas de plantio e cultivo da cana-de-açúcar e o processamento do açúcar nos engenhos aconteceram primeiramente na Ilha da Madeira (situada no Oceano Atlântico, a 978 km a sudoeste de Lisboa, próximo ao litoral africano). Em razão da grande procura e do alto valor agregado a este produto na Europa, os portugueses levaram a cultura da cana-de-açúcar para o Brasil (em virtude da grande quantidade de terras, da fácil adaptação ao clima brasileiro e das novas técnicas de cultivo), desenvolvendo os primeiros engenhos no litoral paulista e no litoral do nordeste (atual estado de Pernambuco), a produção do açúcar se tornou um negócio rentável.
Para desenvolver a produção do açúcar, os portugueses utilizaram nos engenhos a mão de obra escrava, os primeiros a serem escravizados foram os indígenas, posteriormente foi utilizada a mão de obra escrava africana, o tráfico negreiro neste período se tornou um atrativo empreendimento juntamente com os engenhos de açúcar.
O que o Brasil era de Portugal?
A independência do Brasil foi o processo histórico de separação entre Brasil e Portugal que se deu em 7 de setembro de 1822. Por meio da independência, o Brasil deixou de ser uma colônia portuguesa e passou a ser uma nação independente. Com esse evento, o país organizou-se como uma monarquia que tinha d.
Quem descobriu o Brasil antes de Cabral?
Há ainda outras pesquisas que apontam os espanhóis Vicente Yáñez Pinzón (1462-1514) e Diego de Lepe (1440-1515) como os primeiros europeus a desembarcarem no solo nacional. O fato teria ocorrido em janeiro de 1500, onde hoje é Pernambuco, três meses antes de Cabral e seus marujos chegarem.
Quem é o criador do Brasil?
No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro 1º proclamou o grito de independência às margens do rio Ipiranga e o Brasil se consolidou como uma nação independente.
Qual foi a primeira civilização do Brasil?
Brasil ancestral: Quem foram os primeiros brasileiros? A primeira certidão de nascimento do país é um crânio de 11 mil anos encontrado em 1975. Mas há quem diga que estamos por aqui há mais tempo Durante quase 500 anos o Brasil praticamente ignorou uma parte do seu passado.
- A maior delas.
- Na escola, a primeira aula de história começa com o descobrimento do Brasil como se nada tivesse acontecido antes.
- No entanto, quando os portugueses chegaram, em 1500, civilizações avançadas e poderosas estavam no auge, outras já haviam desaparecido, mas deixado vestígios de passagem e de no Brasil.
O naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund, em 1836, foi o primeiro a se interessar pelo Brasil e tornou-se uma espécie de patrono da arqueologia e da paleontologia no país. Sua descoberta mais importante aconteceu na Gruta do Sumidouro, perto de Lagoa Santa, MG.
Em meio aos ossos de grandes mamíferos, ele achou os primeiros fósseis humanos no Brasil. Em busca do primeiro brasileiro, Peter encontrou mais perguntas que respostas (algumas ainda sem solução). A primeira – e talvez a mais controversa de todas – é como e quando o homem passou a ocupar o território americano e, por extensão, o brasileiro? A teoria mais aceita é que os primeiros grupos humanos a chegar por aqui atravessaram da Ásia para a América pela Beríngia (região no extremo norte do continente, que há 15 mil anos, durante o fim da era glacial, ligava os dois continentes).
A pé, os novos habitantes começaram a migrar para o sul, em busca de regiões mais quentes. Até a Patagônia, no limite sul da América, eles teriam levado algo em torno de 2 mil anos. Mas há quem discorde. A arqueóloga brasileira Niède Guidon, que há mais de 40 anos estuda os vestígios da presença humana na região da Serra da Capivara, no Piauí, acredita que o homem americano já ocupava o Brasil há mais de 60 mil anos.
- Sua pesquisa, que tem base em vestígios humanos cujas datações indicaram ter 48 mil anos de idade, é fruto do documentário Niède, de Tiago Tambelli, que acaba de ser lançado no país.
- Segundo a arqueóloga, a ocupação das Américas começou entre 80 e 100 mil anos atrás e o primeiro americano teria vindo da região da Austrália em embarcações simples – uma tese questionada dentro e fora do Brasil.
Para os críticos, esperar que um aborígine de mais de 50 mil anos atrás atravessasse o Pacífico seria como pedir a Cristóvão Colombo que, em vez de cruzar o Atlântico para vir ao Novo Mundo, fincasse a bandeira na Lua. Mas Niède Guidon não está sozinha quando marca o início da presença humana no Brasil, além dos paradigmais 15 mil anos.
- O trabalho da arqueóloga Águeda Vilhena Vialou, entre o Museu de Arqueologia da USP e o Museu de História Natural de Paris, indicou a existência do homem no Mato Grosso, na Fazenda Santa Elina, há cerca de 23 mil anos.
- Lá, foram encontradas pinturas nas paredes e grande quantidade de pedras trabalhadas.
“Fizemos três datações diferentes, em três materiais distintos: ossos, sedimentos e carvão. Todos à mesma data, entre 22 e 23 mil anos”, contou. Homens da Lagoa Santa A arqueóloga Adriana Schmidt Dias, da UFRGS, acredita que o primeiro brasileiro descende de uma das várias correntes migratórias vindas da Ásia, que ocorreram a partir de 15 mil anos atrás. Mais antiga pintura rupestre da América, encontrada em Lagoa Santa / Crédito: Reprodução Luzia era uma caçadora e coletora de vegetais, com traços bem distintos dos índios que Pero Vaz de Caminha descreveu em sua carta, em 1500. Em 1999, a Universidade de Manchester, na Inglaterra, reconstituiu o rosto de Luzia: ficaram óbvios os traços negroides, típicos de populações africanas e da Oceania.
Luzia e seus amigos viviam em pequenos grupos e eram nômades, sempre procurando encontrar vegetais e animais de pequeno porte, como o porco-do-mato e a paca, que eles caçavam com a ajuda de lanças e de flechas com pontas feitas de pedras lascadas. Não ficavam mais que duas semanas no mesmo lugar. Por isso, não costumavam enterrar seus mortos.
O corpo de Luzia foi encontrado jogado no fundo de uma caverna. Por volta de 6 mil anos atrás esse povo desapareceu. A explicação para isso é o surgimento de outro grupo de humanos, dessa vez, parecidos com os índios atuais. Eles chegaram em muito maior número e passaram a ocupar a região.
- As populações se misturaram, segundo Adriana, mas com o tempo as características dos Homens da Lagoa Santa submergiram.
- Essa nova leva de viajantes chegou a ocupar toda a costa brasileira e o Planalto Central até 2 mil anos atrás.
- Esses bandos chegavam a uma região, montavam acampamento, geralmente em grupos de cinco a dez famílias em pequenas faixas de terra”, diz a pesquisadora.
De acordo com ela, eles retiravam da região tudo o que podiam: vegetais, peixes e animais. Assim que esgotavam esses recursos e que os acampamentos apresentavam problemas sanitários, como o aparecimento de insetos em grandes quantidades, iam embora. Civilização das Conchas Alguns dos descendentes desses novos habitantes criaram, no litoral do Brasil, uma das civilizações mais características e inusuais do período pré-cabralino.
- Eles ocuparam do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul entre 6 mil e mil anos atrás, e ficaram conhecidos pelas edificações que erguiam para sepultar seus mortos: os sambaquis.
- São pilhas de sedimentos, principalmente conchas e ossos de animais, cuidadosamente empilhados e que chegavam a ter 40 metros de altura e mais de 500 metros de comprimento.
A princípio, os arqueólogos acreditavam tratar-se de grandes depósitos funerários, mas, com a descoberta sistemática de novos sítios, ficou provado que os sambaquis eram o centro da vida social desses povos, chamados sambaquieiros. Ali, eles sepultavam seus mortos, realizavam rituais e construíam suas casas. Crédito: Martha Werneck “Eles se alimentavam basicamente da pesca e da coleta de frutos do mar, feitas com o auxílio de canoas e redes”, explica o arqueólogo Paulo de Blasis, da USP. O sambaquieiro era baixo, no máximo 1,60 metro. A mortalidade infantil era altíssima, entre 30 e 40% dos corpos encontrados eram de crianças.
- Quem chegava à idade adulta também não ia muito longe: para os homens a perspectiva de vida era de 25 anos e as mulheres chegavam, no máximo, aos 35.
- Outro mito que as pesquisas vêm derrubando é que os sambaquieiros eram nômades, indo de um lugar para outro assim que se encerravam os recursos naturais.
“Era uma civilização com estabilidade territorial e populacional. Um conjunto de sambaquis como os do sul de Santa Catarina podia reunir até 3 ou 4 mil habitantes”, conta Paulo. Para ele, uma ocupação dessa montada, por tanto tempo, só seria viável com um alto grau de complexidade social, que deveria incluir a divisão de tarefas e instituição de chefias regionais.
- Nos sambaquis foram encontrados também esculturas e ornamentos feitos de pedra polida, que eram colocados junto aos corpos sepultados.
- Representando animais como o tatu e a baleia, esses objetos demonstram um delicado senso estético, que exigia habilidade especial.
- Segundo Dione Bandeira, do Museu Nacional do Sambaqui, em Joinville, SC, é possível que houvesse pessoas designadas para produzi-los, até como algum tipo de ritual.
Os sambaquieiros desapareceram há cerca de mil anos, com a chegada de povos agricultores vindos do planalto. “Eles provavelmente foram se afastando cada vez mais de seu local de origem, esquecendo suas tradições e se misturando ao conquistador”, descreve o arqueólogo da USP.
Como foi que surgiu o Brasil?
A História do Brasil: períodos e principais eventos Thiago Souza Professor de História, Sociologia e Filosofia
- A história do Brasil começou com a ocupação dos seres humanos a cerca de 12-20 mil anos.
- No século XVI, os portugueses começaram a colonizar estas terras e transferiram africanos para serem mão de obra escrava nos engenhos que construíram aqui.
- Por sua vez, estes trabalhadores forçados trariam novos alimentos e animais que mudariam a história dos povos originários para sempre.
Porque Portugal não tinha interesse no Brasil?
Nesse período Portugal não se interessava em colonizar o Brasil porque simplesmente Portugal não havia achado metais preciosos nas novas terras, já que o principal objetivo deste era obter metais. Apesar disso, os portugueses não tiveram grande interesse nas possibilidades que o Brasil oferecia naquele momento.
Porque os portugueses saíram de Portugal?
Os primeiros imigrantes: imigrantes ricos, degredados, cristãos-novos e ciganos – Entre os primeiros portugueses a chegarem no Brasil, estavam os imigrantes mais abastados que aqui se fixaram principalmente em Pernambuco e na Bahia. Vieram para explorar a produção de açúcar, a atividade mais rentável da colônia nos séculos XVI e XVII.
- Estavam em busca de investimentos lucrativos.
- Também, nesse mesmo período, Portugal incentivou a migração internacional forçada, o degredo Pena de exílio, ou desterro, que a Justiça impõe aos criminosos.
- Para suprir as deficiências do povoamento.
- Calcula-se que durante os dois primeiros séculos de povoamento, nas regiões centrais da colônia, como Bahia e Pernambuco, os degredados correspondiam a cerca de 10 ou 20% da população.
Mas em áreas periféricas, como é o caso do Maranhão, essa cifra representava, aproximadamente, de 80% a 90% do total de portugueses da região. Nesse mesmo período, também vieram para o Brasil cristãos-novos Judeus convertidos ao cristianismo. Fernão de Noronha, que deu nome ao território de Fernando de Noronha, é tido por muitos como cristão-novo e liderou um grupo de estrangeiros com os quais Portugal fez o primeiro contato de comercialização do pau-brasil.
Quanto tempo o Brasil foi colônia de Portugal?
O período do Brasil Colônia se estendeu de 1500 a 1822, enquanto os portugueses dominaram o território brasileiro. A colonização do Brasil começou com a chegada dos portugueses, em 1500, e a historiografia recente considera o período anterior à colonização efetiva do território como Pré-Colonial, de 1500 a 1530.
Por que Portugal foi para o Brasil?
Contexto da vinda da família real para o Brasil – A invasão de Portugal, por ordem de Napoleão Bonaparte, foi o motivo que levou a corte portuguesa a mudar-se para o Brasil. A transferência da corte portuguesa para o Brasil tem relação direta com os acontecimentos da Revolução Francesa e do período napoleônico,
Desde o início da revolução, a existência dos regimes absolutistas na Europa foi severamente ameaçada. Após 10 anos do levante, Napoleão Bonaparte surgiu como governante da França. Os acontecimentos da revolução reforçaram severamente a rivalidade entre França e Inglaterra na Europa, e isso se refletiu diretamente na relação de Portugal com esses dois países.
Internamente, uma divisão muito grande instalou-se em Portugal, uns defendendo que o país se aproximasse da França, e outros defendendo a boa relação, estabelecida havia séculos, com o Reino Unido. Veja mais : Queda da Batilha – o estopim para a revolução na França, no final do século XVIII Portugal, ainda no período revolucionário, assinou um acordo de proteção militar com os ingleses, mas, ainda assim, buscava manter publicamente uma posição neutra, de forma a não desagradar nenhuma das nações.
Na medida em que a tensão crescia, o que d. João fez como medida cautelar foi reforçar as defesas do país na fronteira com a Espanha, entre 1804 e 1807, segundo pontuam as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling|1|. A ascensão de Napoleão Bonaparte só contribuiu para que a situação agravasse-se, pois o ímpeto expansionista e o desejo de reformular o mapa europeu do general reforçaram a polarização do continente.
O regente, d. João (que só se tornou d. João VI em 1816), como mencionado, era constantemente pressionado, pelos apoiadores de franceses e ingleses, a tomar partido. Não pare agora. Tem mais depois da publicidade 😉
Porque Portugal foi ao Brasil?
A expedição até o Brasil – A esquadra que chegou ao Brasil era bastante numerosa e composta por experientes navegadores. Seu objetivo principal era alcançar as Índias para negociar tratados comerciais, após a bem-sucedida viagem feita por Vasco da Gama em 1498.
No entanto, antes de seguir para Ásia, deveriam verificar as terras que existiam a oeste. Contudo, devido às hostilidades dos povos locais, Vasco da Gama recomendou o uso da força para realização do comércio de especiarias nas Índias; daí a grandeza da próxima esquadra. No dia 9 de março de 1500, treze embarcações partem de Lisboa.
Elas continham mantimentos para mais de dezoito meses, e cerca de mil e quatrocentos homens. No comando, estava o fidalgo Pedro Álvares Cabral, acompanhado de estudiosos como o navegador Duarte Pacheco Pereira. Assim, em 22 de março, os navegantes contornaram a Ilha de Cabo Verde, de onde seguiram para oeste, atravessando o Oceano Atlântico.
- Por muito tempo, acreditou-se que essas terras teriam sido descobertas casualmente.
- No entanto, a experiência dos navegadores revela que eles não se perderiam tão facilmente.
- Igualmente, segundo os diários de bordo, nenhuma tempestade foi registrada.
- O dia da chegada dos portugueses ao Brasil – que aconteceu em 22 de abril de 1500 – é comemorado como o Dia do Descobrimento do Brasil, 22 de abril, e recorda essa data histórica.
Sem relatos de qualquer tipo de dificuldade ou imprevisto, a esquadra de Cabral cruza aproximadamente 3.600 quilômetros em um mês, até encontrarem os primeiros sinais de terra. “Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro”, Oscar Pereira da Silva (1922) Chegando ao litoral sul do atual estado da Bahia, as caravelas da esquadra portuguesa avistaram um monte, o qual foi batizado de Monte Pascoal. Nessa data, 22 de abril, uma pequena incursão da frota aportaria no litoral, local que ficou conhecido como Porto Seguro.
Por que a Cana-de-açúcar deu certo no Nordeste?
Ouça este artigo: O ciclo da cana-de-açúcar representa para a história econômica brasileira o segundo ciclo econômico de grande importância, dirigindo os rumos da economia brasileira e portuguesa durante os séculos XVI a XVIII. Também quanto à colonização, esse cultivo foi extremamente importante, uma vez que estimulou o povoamento da colônia e a ocupação de seu vasto litoral.
O cultivo da cana-de-açúcar se deu por várias razões favoráveis. O solo do litoral brasileiro é formado por uma composição denominada ” massapê “. Esse tipo de solo é mais propício para o cultivo da cana de açúcar. O clima do Brasil também favorecia a planta, permitindo que se desenvolvesse o cultivo em larga escala.
Outro motivo importante que levou os portugueses a adotarem a cana-de-açúcar como carro chefe da economia era o alto valor do produto final da cana, o açúcar, no mercado internacional. Privilégio das classes mais altas da Europa, o açúcar possibilitava à ainda iniciante economia brasileira uma grande margem de lucros na exportação para o mercado externo, principalmente europeu.
Originário da Ilha da Madeira, território português, o cultivo da cana era praticado por Portugal já há tempos antes de ser trazido ao Brasil. Foi Martim Afonso de Souza que trouxe ao país as primeiras mudas de cana de açúcar para experimentar cultivá-la aqui, seguindo o preceito de Pero Vaz de Caminha, que dizia que ” aqui se plantando, tudo dá “.
O cultivo se iniciou em São Vicente, em 1533, quando o primeiro engenho foi montado. Logo se percebeu o sucesso do cultivo, a boa adaptação da planta ao ambiente brasileiro e o modelo de exploração da cana de açúcar se espalhou pelo litoral brasileiro.
- O pioneirismo coube ao Nordeste, principalmente as regiões de Pernambuco e Bahia.
- Nesses locais, os engenhos se espalharam e obtiveram grande crescimento econômico.
- Além de contar com um ambiente propício, outros fatores também foram importantes para o sucesso da empreitada açucareira.
- Com a localização privilegiada dos engenhos, próximo à costa, havia uma óbvia vantagem logística, pois a produção, o escoamento e exportação do produto eram feitos de modo rápido e eficiente.
Todas essas vantagens e o crescimento rápido desse ciclo econômico transformaram a cana-de-açúcar no alicerce econômico português nos séculos XVI e XVII. Para trabalhar no cultivo da cana, os colonos portugueses fizeram tentativas de uso de mão de obra indígena nativa, feita escrava.
Com o fracasso desse modelo, por variados motivos, os portugueses recorreram ao comércio e à escravidão de africanos. Com a nova mão de obra, a sociedade colonial estava formada. Dentro do engenho, acima de todos, havia o dono de engenho, proprietário da terra, dos meios de produção e da mão de obra. Abaixo dele, os feitores, que cuidavam da produção e garantiam o trabalho efetivo dos escravos.
Havia também trabalhadores livres que visavam suprir toda a demanda por outros produtos que mantivessem a subsistência da colônia, num sistema de diferentes culturas de produtos essenciais. Um engenho, em geral, era dividido entre a Casa Grande, lar do senhor de engenho, de sua família e de alguns criados; a senzala, onde ficavam os escravos, um prédio adjacente, muitas vezes sem as mínimas condições de habitação; a capela, onde se faziam os ofícios religiosos, importantes à época e a moenda, local onde a cana era devidamente moída e onde eram produzidos o açúcar e os demais produtos derivados da cana.
- Observando o sucesso dos esforços portugueses no comércio do açúcar, a Holanda iniciou uma campanha agressiva para se aproveitar desse comércio.
- Os holandeses, liderados por Maurício de Nassau, invadiram a colônia em 1630, ocupando a região de Pernambuco, grande produtor e exportador de açúcar.
- Ali, os holandeses conseguiram permanecer por certo tempo e, enquanto isto, conseguiram acumular experiência no cultivo e na lida com a cana de açúcar, até serem expulsos da colônia.
Após serem expulsos do Brasil por tropas portuguesas e por indígenas, os holandeses se dedicaram ao cultivo da cana de açúcar nas Antilhas, ali se utilizando das técnicas aprendidas, tornando-se um concorrente de peso no mercado do açúcar na Europa. A supremacia holandesa desmancha a economia açucareira brasileira no século XVIII, abrindo espaço para um novo ciclo econômico brasileiro, que se inicia com a descoberta de ouro na região das Minas Gerais.
Com isso, encerra-se o ciclo econômico da cana de açúcar e se inicia a economia mineradora como pilar econômico brasileiro. Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/ciclo-da-cana-de-acucar/ A expansão da cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul é revestida de questões políticas, econômicas e ambientais controversas.
Em relação a essa atividade agrícola, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
Quem chegou primeiro no Brasil os índios ou os portugueses?
A chegada dos portugueses ou o descobrimento do Brasil foi um acontecimento que se passou em 22 de abril de 1500 e marcou o início da colonização brasileira. No dia 22 de abril, os portugueses avistaram terra e, no dia seguinte, enviaram um grupo de homens que fez o primeiro contato com os indígenas.
Quem foi o primeiro europeu a chegar no Brasil?
Reportagem do Projeto Educação retoma a polêmica do descobrimento.Professor explica porque portugueses ficaram com a fama. – Do G1 PE, com informações do Bom Dia PE Afinal, quem chegou primeiro ao Brasil: o português Pedro Álvares Cabral ou o espanhol Vincente Pinzón? O descobrimento do Brasil é o assunto da reportagem de história do Projeto Educação nesta sexta-feira (15), com o professor Paulo Chaves.
No Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, a cena se repete nos dias atuais: navios imensos sobre o mar transportando mercadoria de um continente para outro. No fim do século 15, essa era impossível imaginar a situação. O oceano Atlântico era considerado um perigoso mistério, chamado também de “Mar Tenebroso” – mas foi vencido por homens que se lançaram na aventura das grandes navegações.
O professor Paulo Chaves explica que o homem europeu, durante a Idade Média, tinha um conhecimento muito limitado da geopolítica mundial. “Ele conhecia naturalmente o norte da África, parte do Oriente, mas não conhecia, por exemplo, a América e tampouco a Oceania”, contextualiza.
- A inserção desses novos mundos trouxe naturalmente uma movimentação cultural muito intensa.
- Além de, obviamente, os europeus passarem a ter acesso a outros produtos que até então desconheciam, como tabaco e cacau, que são tipicamente americanos”.
- O chamado eixo do mundo é transferido: sai do Mediterrâneo para o Atlântico, tornando, inclusive, as atividades comerciais não mais ligadas exclusivamente à Europa e ao Oriente, mas transformando a economia em uma atividade de caráter mundial.
Quem chegou primeiro? A versão mais conhecida por todos defende que o primeiro europeu a tocar no Brasil, pelo território da Bahia, foi o português Pedro Álvares Cabral, em abril de 1500. Só que novas pesquisas hoje apontam que, na realidade, em janeiro de 1500, um navegador chamado Vincente Pinzon e seu contra-almirante Diego de Lepe estiveram no Brasil.
“Três meses, aproximadamente, antes de Cabral ele teria tocado nessa região conhecida hoje como Cabo de santo Agostinho e batizado a região de Santa Maria de la Constelación”, conta o professor. Nessa época, segundo Chaves, a Espanha estava engessada, impossibilitada de revelar essa descoberta com o orçamento que tinha.
“Até porque o objetivo de Pinzón era chegar ao rio Amazonas, como de fato aconteceria. Ele sai daqui e segue direto para o rio Amazonas, onde realizará uma primeira exposição sobre a região. Mas a Espanha estava impedida de revelar a chegada de Pinzón a esse território justamente pelo Tratado de Tordesilhas, já que esse território era área do domínio português”, explica.
- Em 1501, durante o período pre-colonial, a primeira expedição oficialmente enviada ao Brasil veio sob o comando do navegador Gaspar de Lemos, que também havia estado em 1500 com Cabral no Brasil.
- E ao navegar pelas costas brasileiras, batizando-as de costa Pau Brasil, ele batiza oficialmente essa região oficialmente com o nome de Cabo de Santo Agostinho.
: Pinzón ou Cabral: quem chegou primeiro ao Brasil?
Quem foi a primeira pessoa a chegar na América?
Colombo liderou a primeira expedição europeia a chegar à América? – Local onde ficava o assentamento construído pelos vikings na América do Norte, no final do século X. A expedição de Colombo não foi a primeira expedição europeia a chegar à América. Os primeiros europeus a chegarem a esse continente foram os vikings, liderados por Leif Eriksson, um explorador que liderou uma expedição com 35 homens, no final do século X, e chegou à região da Terra Nova, atual Canadá.
Qual era o antigo nome do Brasil?
Descobrimento do Brasil Hoje (22/04), comemoramos o descobrimento do Brasil. Há 522 anos, Pedro Álvares Cabral desembarcou em Porto Seguro, no litoral sul da Bahia, em 1500, tornando a região colônia do Reino de Portugal. Mas você sabia que antes de se chamar Brasil nosso país teve outros nomes? Inicialmente, o nome dado pelos indígenas que aqui habitavam era Pindorama; depois do descobrimento foi chamado de Ilha de Vera Cruz (1500), Terra Nova (1501), Terra dos Papagaios (1501), Terra de Vera Cruz (1503), Terra de Santa Cruz (1503), Terra Santa Cruz do Brasil (1505), Terra do Brasil (1505), e, finalmente, Brasil, desde 1527.
Desde quando o Brasil se chama Brasil?
Conheça algumas curiosidades sobre os diversos nomes já atribuídos ao nosso país – Era o ano de 1500 quando os portugueses avistaram pela primeira vez esse litoral imponente e grandioso. Eles se depararam com a natureza em estado absoluto. Uma terra abundante em árvores e água de boa qualidade, habitada por gente boa, inocente e com linguagem pacífica.
- Um novo mundo.
- Que não se mostrava ao certo se era uma ilha ou a terra firme de um novo continente.
- Foi dessa forma que o líder da expedição portuguesa, Pedro Álvares Cabral, descreveu a primeira porção de terra avistada pela expedição, em uma carta ao rei de Portugal, Dom Manuel I, em 1500.
- A primeira impressão foi de ter se deparado com uma enorme ilha no caminho para as Índias, e, portanto, deu-se o nome de “Ilha de Vera Cruz”.
Podia significar um local estratégico para a chegada a Índia e também para garantir a soberania na rota do Cabo. Porque o Brasil se chama Brasil 01 Os portugueses, assim como os demais navegadores da época, ainda não detinham o completo conhecimento das artes da navegação marítima para determinar a localização precisa de onde estavam. Mas usavam uma referência incontestavelmente valiosa para a época, que era a navegação astronômica.
- Mas o destino dessa viagem deveria ser a Índia.
- Há quem afirme que as mudanças de rota assumidas pelo comando de Pedro Álvares Cabral na expedição não foram ao acaso, mas por interesse do domínio Português em descobrir terras novas.
- Após maiores desbravamentos da costa, percebeu-se que pela sua dimensão não poderia ser apenas uma ilha, mas uma terra muito grande.
Seja ilha ou terra, seu nome foi rapidamente assumindo outras derivações: do nome original “Ilha de Vera Cruz”, passou rapidamente para “Terra de Vera Cruz”, e logo foi substituído por “Terra da Santa Cruz”. O nome era uma estratégia do rei Português que tinha o claro projeto de propagar a fé da religião católica no país e também em suas novas conquistas, e mantinha o grande valor da sociedade em prevalecer um governo cristão.
- Daí surge a associação com a terra da “verdadeira cruz” ou da “santa cruz”.
- Antes disso, porém, os nativos que habitavam o novo território denominavam o local de uma forma diferente – O chamavam pelo termo “Pindorama”, que na língua tupi-guarani significa “terra das palmeiras”.
- Bastante apropriado para um local repleto de diferentes espécies de árvores, incluindo palmeiras e coqueiros.
Após a descoberta, diversas expedições seguiram para a “Terra de Santa Cruz”, mantendo o objetivo de uma colonização cristã e implantando a religião a todos os habitantes dessa terra. A descoberta do Novo Mundo somente foi revelada aos países rivais na Europa em 1501, um ano depois, através de uma carta do Rei Dom Manuel I.
- O monarca quis manter sob estrito sigilo as informações estratégicas de rotas de navegação e do descobrimento.
- A exploração das riquezas naturais do local se expandiu categoricamente em cima da extração do pau-brasil, uma árvore que possui uma seiva vermelha, da cor de brasa, capaz de tingir tecidos e trazer grande poder comercial a monarquia portuguesa.
A extração do pau-brasil era uma atividade bastante fácil para os colonizadores. Havia abundância da árvore em todo o litoral, e se aproveitavam do trabalho escravo indígena, forçado, a base da violência e trocas de produtos. Porque o Brasil se chama Brasil 02 A Coroa Portuguesa decidiu, então, regulamentar a exploração do material, incentivando comerciantes a se mudar de Portugal às terras novas. Na verdade, a coroa queria assegurar que quem fizesse a exploração deveria ter uma especial autorização para isso e deveria também pagar as devidas taxas impostas.
Assim seria garantido que a riqueza não fosse retirada do país sem que os monarcas tivessem vantagens. De 1502 a 1512, somente um dos comerciantes exploradores do pau-brasil, Fernão de Noronha, derrubou cerca de 20 mil pés da espécie pela costa brasileira. Durante o período de exploração de Noronha, o nome da colônia começou a se tornar referência da terra de exploração do pau-brasil, e passou a ser conhecida como a “Terra do Brasil” e posteriormente, somente Brasil.
Pedro Álvares Cabral, o descobridor do Brasil e que pregou o cristianismo desde o início da exploração, relata o novo nome com grande decepção: “Este nome (Brasil) ficou preso na boca do povo, e o nome da Santa Cruz ficou perdido, como se o nome de uma madeira que tinge panos fosse mais importante que a madeira que manteve todos os Sacramentos pelos quais fomos salvos.” Com a consolidação do sistema colonial, o Brasil passou a ser reconhecido como Colônia do Brasil do Reino de Portugal.
Em 1808, com a chegada do rei Dom João VI e sua corte, o Brasil passou a integrar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. A Independência do país foi proclamada em 1822, e o Brasil passou à condição de império, mudando seu nome para Império do Brasil, que se manteve até 1889. Após a Proclamação da República, em 1889 e com a implementação da primeira constituição republicana, em 1891, o nome passou a ser Estados Unidos do Brasil – um nome bastante influenciado pelos Estados Unidos da América.
Por fim, com a constituição elaborada durante a Ditadura Militar, em 1967, o nome se tornou República Federativa do Brasil e se manteve na Constituição de 1988, prevalecendo assim até os dias de hoje. Porém a história do nome do nosso país pode ser ainda mais curiosa.
Conta-se de uma antiga lenda irlandesa, de origem nas civilizações celta e gaulesa, que faz referência a uma ilha mitológica representada em muitos mapas do Oceano Atlântico da época. Muitas expedições francesas e inglesas partiram em busca desse local, infelizmente sem sucesso. Diz a crença que a ilha não podia ser vista por humanos, pois estava sempre coberta por uma camada de névoa, exceto por um dia a cada sete anos, quando se tornava visível, mas assim mesmo de acesso impossível.
Esta ilha era chamada de “Brasil”, e tem sua origem na palavra celta “breasil”, que significa “vermelho”, fazendo uma alusão ao nome popular do sulfureto de mercúrio, um mineral de cor vermelho brilhante utilizado desde a antiguidade como base para corantes e em pintura corporal, e que era comercializado pelos fenícios e gregos.
Quando eles deixaram de comercializar o “breasil”, desapareceram nas brumas do Atlântico. E nunca mais voltaram. Os celtas acreditavam que eles moravam em uma ilha paradisíaca coberta de nevoa. A Ilha do Brasil. Um manuscrito medieval, aproximadamente do ano 1.200, traz o relato de um navegador que viveu entre os anos 484 e 577, e que teria descoberto e residido na Ilha do Brasil.
Ele descreve as terras como um local de vegetação exuberante e animais exóticos – o que coincide com as primeiras impressões dos navegantes portugueses no Brasil. Em um mapa Espanhol que remonta ao ano de 1480, uma ilha chamada “IlHABrasil” pode ser encontrada ao sudoeste da Irlanda, supostamente a mesma localização da ilha mística.
Como se dá o início da colonização no Brasil?
A colonização do Brasil iniciou-se, em 1500, com a chegada dos portugueses ao nosso território, embora ações efetivas de colonização só tenham se desenvolvido na década de 1530, com o estabelecimento das capitanias hereditárias. A colonização portuguesa ocorreu até o ano de 1822, quando conquistamos nossa independência (alguns apontam que 1815 tenha sido o ano final).
- A colonização do Brasil contou com três grandes ciclos econômicos, o do pau-brasil, o do açúcar e o do ouro.
- A mão de obra majoritária foi a dos escravizados indígenas e africanos, sendo que os primeiros eram obtidos por bandeirantes e os segundos eram trazidos pelo tráfico negreiro,
- A colonização também ficou marcada por inúmeras revoltas.
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Qual foi a primeira civilização do Brasil?
Brasil ancestral: Quem foram os primeiros brasileiros? A primeira certidão de nascimento do país é um crânio de 11 mil anos encontrado em 1975. Mas há quem diga que estamos por aqui há mais tempo Durante quase 500 anos o Brasil praticamente ignorou uma parte do seu passado.
- A maior delas.
- Na escola, a primeira aula de história começa com o descobrimento do Brasil como se nada tivesse acontecido antes.
- No entanto, quando os portugueses chegaram, em 1500, civilizações avançadas e poderosas estavam no auge, outras já haviam desaparecido, mas deixado vestígios de passagem e de no Brasil.
O naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund, em 1836, foi o primeiro a se interessar pelo Brasil e tornou-se uma espécie de patrono da arqueologia e da paleontologia no país. Sua descoberta mais importante aconteceu na Gruta do Sumidouro, perto de Lagoa Santa, MG.
- Em meio aos ossos de grandes mamíferos, ele achou os primeiros fósseis humanos no Brasil.
- Em busca do primeiro brasileiro, Peter encontrou mais perguntas que respostas (algumas ainda sem solução).
- A primeira – e talvez a mais controversa de todas – é como e quando o homem passou a ocupar o território americano e, por extensão, o brasileiro? A teoria mais aceita é que os primeiros grupos humanos a chegar por aqui atravessaram da Ásia para a América pela Beríngia (região no extremo norte do continente, que há 15 mil anos, durante o fim da era glacial, ligava os dois continentes).
A pé, os novos habitantes começaram a migrar para o sul, em busca de regiões mais quentes. Até a Patagônia, no limite sul da América, eles teriam levado algo em torno de 2 mil anos. Mas há quem discorde. A arqueóloga brasileira Niède Guidon, que há mais de 40 anos estuda os vestígios da presença humana na região da Serra da Capivara, no Piauí, acredita que o homem americano já ocupava o Brasil há mais de 60 mil anos.
- Sua pesquisa, que tem base em vestígios humanos cujas datações indicaram ter 48 mil anos de idade, é fruto do documentário Niède, de Tiago Tambelli, que acaba de ser lançado no país.
- Segundo a arqueóloga, a ocupação das Américas começou entre 80 e 100 mil anos atrás e o primeiro americano teria vindo da região da Austrália em embarcações simples – uma tese questionada dentro e fora do Brasil.
Para os críticos, esperar que um aborígine de mais de 50 mil anos atrás atravessasse o Pacífico seria como pedir a Cristóvão Colombo que, em vez de cruzar o Atlântico para vir ao Novo Mundo, fincasse a bandeira na Lua. Mas Niède Guidon não está sozinha quando marca o início da presença humana no Brasil, além dos paradigmais 15 mil anos.
O trabalho da arqueóloga Águeda Vilhena Vialou, entre o Museu de Arqueologia da USP e o Museu de História Natural de Paris, indicou a existência do homem no Mato Grosso, na Fazenda Santa Elina, há cerca de 23 mil anos. Lá, foram encontradas pinturas nas paredes e grande quantidade de pedras trabalhadas.
“Fizemos três datações diferentes, em três materiais distintos: ossos, sedimentos e carvão. Todos à mesma data, entre 22 e 23 mil anos”, contou. Homens da Lagoa Santa A arqueóloga Adriana Schmidt Dias, da UFRGS, acredita que o primeiro brasileiro descende de uma das várias correntes migratórias vindas da Ásia, que ocorreram a partir de 15 mil anos atrás. Mais antiga pintura rupestre da América, encontrada em Lagoa Santa / Crédito: Reprodução Luzia era uma caçadora e coletora de vegetais, com traços bem distintos dos índios que Pero Vaz de Caminha descreveu em sua carta, em 1500. Em 1999, a Universidade de Manchester, na Inglaterra, reconstituiu o rosto de Luzia: ficaram óbvios os traços negroides, típicos de populações africanas e da Oceania.
Luzia e seus amigos viviam em pequenos grupos e eram nômades, sempre procurando encontrar vegetais e animais de pequeno porte, como o porco-do-mato e a paca, que eles caçavam com a ajuda de lanças e de flechas com pontas feitas de pedras lascadas. Não ficavam mais que duas semanas no mesmo lugar. Por isso, não costumavam enterrar seus mortos.
O corpo de Luzia foi encontrado jogado no fundo de uma caverna. Por volta de 6 mil anos atrás esse povo desapareceu. A explicação para isso é o surgimento de outro grupo de humanos, dessa vez, parecidos com os índios atuais. Eles chegaram em muito maior número e passaram a ocupar a região.
As populações se misturaram, segundo Adriana, mas com o tempo as características dos Homens da Lagoa Santa submergiram. Essa nova leva de viajantes chegou a ocupar toda a costa brasileira e o Planalto Central até 2 mil anos atrás. “Esses bandos chegavam a uma região, montavam acampamento, geralmente em grupos de cinco a dez famílias em pequenas faixas de terra”, diz a pesquisadora.
De acordo com ela, eles retiravam da região tudo o que podiam: vegetais, peixes e animais. Assim que esgotavam esses recursos e que os acampamentos apresentavam problemas sanitários, como o aparecimento de insetos em grandes quantidades, iam embora. Civilização das Conchas Alguns dos descendentes desses novos habitantes criaram, no litoral do Brasil, uma das civilizações mais características e inusuais do período pré-cabralino.
- Eles ocuparam do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul entre 6 mil e mil anos atrás, e ficaram conhecidos pelas edificações que erguiam para sepultar seus mortos: os sambaquis.
- São pilhas de sedimentos, principalmente conchas e ossos de animais, cuidadosamente empilhados e que chegavam a ter 40 metros de altura e mais de 500 metros de comprimento.
A princípio, os arqueólogos acreditavam tratar-se de grandes depósitos funerários, mas, com a descoberta sistemática de novos sítios, ficou provado que os sambaquis eram o centro da vida social desses povos, chamados sambaquieiros. Ali, eles sepultavam seus mortos, realizavam rituais e construíam suas casas. Crédito: Martha Werneck “Eles se alimentavam basicamente da pesca e da coleta de frutos do mar, feitas com o auxílio de canoas e redes”, explica o arqueólogo Paulo de Blasis, da USP. O sambaquieiro era baixo, no máximo 1,60 metro. A mortalidade infantil era altíssima, entre 30 e 40% dos corpos encontrados eram de crianças.
Quem chegava à idade adulta também não ia muito longe: para os homens a perspectiva de vida era de 25 anos e as mulheres chegavam, no máximo, aos 35. Outro mito que as pesquisas vêm derrubando é que os sambaquieiros eram nômades, indo de um lugar para outro assim que se encerravam os recursos naturais.
“Era uma civilização com estabilidade territorial e populacional. Um conjunto de sambaquis como os do sul de Santa Catarina podia reunir até 3 ou 4 mil habitantes”, conta Paulo. Para ele, uma ocupação dessa montada, por tanto tempo, só seria viável com um alto grau de complexidade social, que deveria incluir a divisão de tarefas e instituição de chefias regionais.
Nos sambaquis foram encontrados também esculturas e ornamentos feitos de pedra polida, que eram colocados junto aos corpos sepultados. Representando animais como o tatu e a baleia, esses objetos demonstram um delicado senso estético, que exigia habilidade especial. Segundo Dione Bandeira, do Museu Nacional do Sambaqui, em Joinville, SC, é possível que houvesse pessoas designadas para produzi-los, até como algum tipo de ritual.
Os sambaquieiros desapareceram há cerca de mil anos, com a chegada de povos agricultores vindos do planalto. “Eles provavelmente foram se afastando cada vez mais de seu local de origem, esquecendo suas tradições e se misturando ao conquistador”, descreve o arqueólogo da USP.
Quem estava no Brasil antes da colonização?
Cerca de 3,5 milhões de índios habitavam o Brasil na época do descobrimento. Dividiam-se em quatro grupos linguístico-culturais: tupi, jê, aruaque e caraíba. Naquela ocasião, os tupis acabavam de ocupar o litoral, expulsando para o interior as tribos que não fossem tupis.
Porque Cabral veio ao Brasil?
Cuidado interpretativo – O historiador André Figueiredo Rodrigues, contudo, recomenda cuidado antes de defender este ou aquele ponto de vista interpretativo. Ele enfatiza que “a documentação contemporânea da viagem de Cabral não permite estabelecer com precisão se a chegada portuguesa em terras nas Américas foi acaso ou intencionalidade”.
Ele ressalta que o relato mais importante, a carta de Pero Vaz de Caminha (1450-1500), foi reconhecido como “o documento do descobrimento” apenas em 1817. “E somente após o fim da década de 1980, mais ou menos, é que outros 13 documentos coevos se juntaram ao rol do que chamamos de ‘documentos do descobrimento'”, comenta.
“Dados constantes nesses novos documentos permitem acreditar que o território que mais tarde será chamado de Brasil foi pelo menos visitado por outros viajantes antes da chegada da esquadra de Cabral.” Rodrigues situa “a dúvida acerca do acaso ou intencionalidade do descobrimento” por conta da expedição realizada por Vasco da Gama à Índia em 1498.
“Para formalizar acordos ali estabelecidos, o rei de Portugal armou a expedição de Cabral para atender aos requisitos do samarim, o senhor da cidade de Calicute, e de outros senhores do Oriente para trazer para a Europa as especiarias do Oriente”, contextualiza Rodrigues. “A expedição de Cabral tinha como objetivo retornar às Índias e estabelecer acordos comerciais locais.
No trajeto e com receio de perder seus territórios nas Américas, a esquadra desembarca no Brasil, tomando posse oficial das terras nas Américas pertencentes a Portugal pelo Tratado de Tordesilhas.” “Nessa história, um dado se soma: esse tomar posse das terras pertencentes a Portugal nas Américas ocorreu por acaso.
- É isso que se acreditava, pois os fatos narrados acima não eram de conhecimento, e a carta de Caminha vislumbra-se pelo acaso e não pela intencionalidade”, aponta ele.
- Até 1817, quando o texto de Caminha foi descoberto e tornado público, nem a data era sabida.
- Acreditava-se que o Brasil havia sido descoberto pelos portugueses em 3 de maio de 1500, e não 22 de abril — daí o nome dado de Terra de Santa Cruz, já que celebra-se esse dia em tal data.
E se a questão surgiu em 1817, isso acabou sendo incorporado como narrativa pelo Império Brasileiro, logo após a Independência de 1822 — e com os interesses em se criar uma identidade nacional. “O fato de inicialmente conhecermos apenas uma versão dos fatos levou-nos a acreditar na proposta do acaso, baseada apenas na versão dos documentos divulgadas pelos cronistas”, acrescenta Rodrigues.