Quem Est Ganhando?

Qual é o país que está em guerra?

República Democrática do Congo – Deslocados da guerra fogem para a cidade de Goma, leste da República do Congo. Milhares começaram a fugir depois que soldados se retiraram para Kanyarushinya, um acampamento informal de mais de 40.000 pessoas no distrito norte de Goma — Foto: ALEXIS HUGUET/AFP A República Democrática do Congo (RDC) é um dos países mais pobres do mundo.

No Leste do país, área mais violenta, cerca de 120 milícias atuam nas províncias de Kivu do Norte, Kivu do Sul e Ituri. No último ano, os ataques se intensificaram apesar da presença de 18 mil soldados das forças de paz da ONU. Os conflitos provocaram a migração de mais de 521 mil pessoas desde março do ano passado.

Hoje, o grupo rebelde que está no centro da violência atual é o Movimento 23 de Março, ou M23. A RDC, as Nações Unidas e os Estados Unidos acusaram Ruanda de apoiar o grupo, o que é negado repetidamente pelo governo ruandês. Os ataques do M23 escalaram após o governo congolês não honrar um acordo de 2009 que deveria integrá-los ao Exército.

  • Como consequência, o grupo tomou cidades e vilas inteiras e, segundo ONGs de direitos humanos, bombardeou áreas civis e militares.
  • O ressurgimento do M23 aumentou as tensões entre o Congo e Ruanda e a ameaça de uma guerra generalizada na região.
  • Autoridades congolesas acusam Ruanda de querer saquear os recursos minerais da nação, ao mesmo tempo em que protestos ocorrem em cidades do Leste.

A hostilidade entre os países também levou a um aumento do discurso de ódio e da discriminação contra falantes da língua Kinyarwanda, falada em Ruanda, dentro da RDC, alertaram as Nações Unidas. Comboio de caminhões do Programa Mundial de Alimentos (PAM) viaja a caminho de Tigra, Etiópia, com ajuda humanitária para combater os efeitos da seca, combinado com adversidades políticas e climáticas — Foto: EDUARDO SOTERAS / AFP A Etiópia enfrenta uma guerra civil desde 2020, com a tomada da região de Tigré, comandada pela Frente para a Liberação do Povo do Tigré (TPLF), pelas forças militares etíopes, em novembro de 2020.

O conflito se espalhou para outras regiões do país, que tem um histórico de atritos por ser um país fragmentado etnicamente. Durante os quase três anos da guerra civil, pelo menos 600 mil morreram, de acordo com o porta-voz da União Africana, o presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo. O conflito foi acentuado por uma crise econômica, papel de países vizinhos no confronto e a fragilidade da democracia do país.

Apesar de o governo central da Etiópia ter declarado um cessar-fogo na região do Tigré e aberto diálogo com a TPLF, ainda não há estabilidade no país. Membros do Talibã montam guarda após atearem fogo a uma pilha de instrumentos musicais nos arredores de Herat — Foto: Ministério da Propagação da Virtude e Prevenção do Vício do Afeganistão / AFP Os ataques de 11 de Setembro de 2001, que deixaram quase 3 mil mortos nos EUA, desencadearam uma série de guerras e intervenções no Oriente Médio, a chamada “Guerra ao Terror”, que tinha como alvo principal Osama bin Laden, líder da al-Qaeda.

Após ultimatos ao Talibã para que entregasse bin Laden, grupo extremista que então governava o Afeganistão, a coalizão internacional liderada pelos EUA começou a bombardear o país, tirou o grupo extremista do poder e expulsou a al-Qaeda temporariamente. Mas a tentativa de construir um Exército afegão confiável se transformou em um fiasco com uma conta de US$ 83 bilhões: foram de 60 mil mortes entre as forças de segurança afegãs e quase o dobro de mortes civis.

Nos EUA, mais de 2,3 mil militares americanos morreram e mais de 20 mil ficaram feridos. Após quase 20 anos de guerra, as forças americanas se retiraram do Afeganistão em agosto de 2021, abrindo espaço para a volta do Talibã. À época, o grupo extremista, que governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, se mostrava disposto a rever algumas de suas posições passadas e se abrir para o mundo. Vinte pessoas encontradas mortas após veículo quebrar no deserto da Líbia — Foto: Reprodução O país do Norte da África enfrenta uma aguda guerra civil desde 2011, com a derrubada do ex-presidente Muammar Gaddafi no contexto da Primavera Árabe. O conflito envolve atores governamentais, milícias e facções políticas, que disputam o poder em embates marcados pela violência, pela instabilidade política e pelo envolvimento de atores estrangeiros.

As principais partes no conflito são o Governo de Acordo Nacional (GNA) reconhecido pela ONU e o Exército Nacional Líbio (LNA), liderado pelo general Khalifa Haftar, que é apoiado por vários países estrangeiros. O conflito levou a milhares de mortes e de deslocamentos, com implicações regionais e globais.

Apesar dos numerosos esforços internacionais para resolver o conflito, a guerra civil continua sem resolução, com eventuais surtos e ataques. Refugiados rohingya deixam Mianmar depois de cruzar para Amtoli, em Bangladesh — Foto: NYT O país enfrenta uma grave crise desde o golpe de Estado de fevereiro de 2021, quando uma junta militar derrubou o governo da Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, e decretou um estado de emergência em vigor até os dias de hoje. Imagem aérea mostra acampamento improvisado em Mogadíscio, capital da Somália, de pessoas deslocadas pela seca — Foto: HASSAN ALI ELMI/AFP O país africano vive uma guerra civil desde 1991, após o colapso do governo central do país, e agora está envolto em disputa por poder envolvendo diversos atores como o Governo Federal de Transição (GFT), a União dos Tribunais Islâmicos (UCI) e o grupo militante al-Shabaab. Homem ferido é levado a hospital em Porto Príncipe; onda de violência na capital do Haiti aumentou nos últimos anos — Foto: Richard Pierrin/AFP O Haiti vive uma crise política de enormes proporções desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, morto dentro de casa em Porto Príncipe, em julho de 2021.

Ariel Henry, que assumiu após o magnicídio, tem sua legitimidade no posto questionada de forma recorrente, e a ausência de eleições paralisou o Legislativo. Desde então, o país vive um vazio político que deu às gangues ainda mais poder. Os grupos armados controlam hoje mais de 60% da capital, Porto Príncipe, onde cerca de 4,7 milhões de pessoas enfrentam fome aguda.

Um levantamento da ONU divulgado no ano passado deu a dimensão do impacto da violência promovida pelas gangues: só em 2022, mais de 1.400 pessoas foram mortas e mais de mil foram raptadas ou feridas. Sem Parlamento em atividade na prática, o Tribunal de Justiça também não funciona por falta de juízes, cujos nomes devem ser aprovados pelo Legislativo.

Quantas guerras já teve no Brasil?

Mestrado em História (UDESC, 2012) Graduação em História (UDESC, 2009) Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição: Ouça este artigo: Ao longo da história do país diversos foram os conflitos em que estivemos envolvidos. No início da colonização as disputas entre indígenas e invasores eram comuns e marcaram conflitos como a confederação dos tamoios e a guerra dos aimorés,

  1. Também foi bastante comum, no início da colonização, a tentativa de invasão do território por outros países: as invasões francesas e holandesas são exemplos destes outros conflitos.
  2. As disputas internas, principalmente no contexto da escravidão, também foram bastante comuns, como a Guerra dos Palmares,

Depois, já com o Brasil independente, outros conflitos foram marcantes: a Guerra dos Farrapos no Sul do Brasil e a Guerra de Canudos no Nordeste são exemplos disso. No entanto, neste texto, optou-se por focar nas guerras em que o Brasil esteve envolvido em conflitos com outras nações do mundo.

Quantos países existem no mundo?

Em termos práticos, há que ver o que diz a Organização das Nações Unidas (ONU). A ONU parece ser a principal referência para saber o número de países existentes no mundo. Desde a sua criação, em 1945, o número de estados-membros passou dos 51 países originais para os 193 estados actuais.

Porque Israel está em guerra?

Os conflitos entre Israel e Palestina são travados desde a década de 1940 e têm como principal causa o controle da Palestina. O conflito entre palestinos e israelenses se iniciou na década de 1940 e foi motivado pela disputa da Palestina.

Quantas guerras estão acontecendo agora no mundo?

Neste momento, oito guerras acontecem ao redor do mundo. É o maior número desde o fim da Guerra Fria. Pelo fato ser a primeira guerra direta entre duas nações, sendo uma delas nucleares, a guerra da Ucrânia ocupa coberturas de destaque, mas conflitos na Etiópia, Iêmen, República Democrática do Congo e Mianmar criam cada vez mais crises humanitárias “silenciosas”.

Os dados de mortes em conflitos são difíceis de precisar devido à dificuldade de acesso a informações confiáveis, bem como visualizar os cenários reais nos campos de batalhas. Por vezes, atores ocultam ou então superestimam números de fatalidades para fins de propaganda de guerra. Por isso, dados como os levantados pelo Programa de Dados de Conflitos da Universidade de Uppsala (UCDP), na Suécia, e pela ONU são estimativas, muitas vezes conservadoras.

Para além dos números de mortos, as guerras também provocam um alto custo humanitário de deslocamentos internos, migrações internacionais e pobreza extrema, Segundo dados da Acnur, mais de 108,4 milhões de pessoas foram forçadas a migrar em 2022 devido a conflitos. Crianças tentam encher galões em meio ao desabastecimento de água nos acampamentos improvisados por pessoas que fugiram da guerra do Iêmen, 22 de agosto de 2023. Foto: KHALED ZIAD / AFP Só em 2022 foram registrados 55 conflitos em 38 países, sendo que 8 deles são considerados guerras, em que há mais de mil mortes relacionadas por ano, contra 5 no ano anterior.

As oitos guerras de 2022 foram: Etiópia, Ucrânia, Somália, Iêmen, Burkina Faso, Mali, Mianmar e Nigéria, Mas conflitos antigos, como a guerra da Síria, continuam a causar vítimas mesmo anos depois de seu ápice, embora em números menores hoje em dia. Os tipos de conflitos mais comuns são os não-estatais, geralmente envolvendo grupos criminosos armados e terroristas.

Mas o número de conflitos com envolvimento de países tem crescido ano a ano, e 2022 registrou o maior número de mortes neste tipo de batalha desde 1994, quando ocorreu o sangrento genocídio de Ruanda, segundo o Instituto de Pesquisa para a Paz de Oslo (Prio, na sigla em inglês), na Noruega.

  1. De acordo com os pesquisadores, têm se tornado mais comum que nações enviem tropas de apoio a grupos rebeldes que lutam contra governos, o que faz com que Exércitos nacionais lutem entre si.
  2. O envolvimento de Forças Armadas nacionais, apontam, tende a tornar as batalhas mais mortais.
  3. Além disso, a expansão do grupo terrorista Estado Islâmico tem sido uma das principais causas de mortes na África, Ásia e Oriente Médio.

Continua após a publicidade Enquanto isso, 2023 viu um novo conflito eclodir no Sudão, quando dois generais das Forças Armadas entraram em disputa para ocupar o vácuo de poder criado pela queda do ditador Omar Al Bashir, Ao mesmo tempo, o longo conflito entre palestinos e israelenses voltou a escalar após a eleição da coalizão mais extremista-religiosa da história de Israel,

A própria invasão da Rússia à Ucrânia reacendeu antigas disputas territoriais como na pequena região de Nagorno-Karabakh, que viveu novos focos de conflitos em 2022. “Há uma série de mudanças globais que contribuem para esse aumento de tensões e uma principal é a crise econômica de 2008″, afirma Magnus Öberg, professor do Departamento de Pesquisa de Paz e Conflitos da Universidade de Uppsala e diretor do Programa de Dados de Conflitos, em entrevista ao Estadão,

“Sempre vemos um crescimento no número de conflitos nos anos que seguem uma crise econômica”. A globalização, bem como maior fluxo de armas e emergência de novas superpotências também explicam o clima de conflito recente. Mas a polarização é com certeza um dos principais fatores, segundo o pesquisador.

  • Estamos vendo agora uma piora da economia global e recessões econômicas tendem a impulsionar conflitos, e adicione a covid-19 nesta conta.
  • Então, os recentes problemas que tivemos, a pandemia, a alta da inflação, a piora econômica, tudo isso cria uma tendência de aumentar a violência nos anos seguintes”, completa.

As maiores guerras sendo travadas hoje têm motivações diferentes, entre batalhas por território, por conflitos étnicos e por ocupação de vácuo de poder, em sua maioria na África e na Ásia. Não é incomum encontrar dois ou três fatores combinados. “E importante destacar que as guerras mudaram a suas características e hoje elas não envolvem necessariamente mais as potências”, afirma Christopher Mendonça, professor de Relações Internacionais do Ibmec-BH.

See also:  O Que Osteoporose?

Qual foi a pior guerra do Brasil?

Guerra do Paraguai – Wikipédia, a enciclopédia livre Guerra do Paraguai Cenas da Guerra do Paraguai, da esquerda para a direita: 1. (1865); 2. (1866); 3. e 4. Bombardeio da frota brasileira e posição paraguaia na (1866); 5. (1868); 6. (1868); 7. (1869); 8. O durante a (1869) e 9. Prisioneiros de guerra paraguaios (ca.1870). Data de – de Local, Desfecho Vitória da

  • Fim do
  • entre Brasil e Paraguai
  • entre Argentina e Paraguai
  • Livre navegação na

Mudanças territoriais

  • O Brasil ganhou definitivamente os territórios disputados ao norte do, hoje parte do estado do,
  • A Argentina ganhou definitivamente a disputada e todos os territórios disputados ao sul do que atualmente constituem a,
  • O Paraguai perdeu permanentemente suas reivindicações territoriais que somam quase 40% de seus territórios reivindicados antes da guerra.

Beligerantes

Tríplice Aliança: Co-Beligerante:

Comandantes

Wenceslao Robles

Forças

200 000 30 000 5 583 150 000

Baixas

100 000 30 000 10 000(entre militares e civis) 300 000(entre militares e civis)

Ao todo, 440 000 mortos. A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na, Foi travada entre o e a, composta pelo, e, Ela se estendeu de dezembro de a março de, É também chamada Guerra da Tríplice Aliança, na Argentina e no Uruguai, e de Guerra Grande, Guerra Contra a Tríplice Aliança e Guerra-Guaçu no Paraguai.

  1. Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado no Uruguai, que pôs fim à ao depor o governo interino uruguaio de (sucessor de ), do e aliado de,
  2. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava seus interesses.
  3. O conflito iniciou-se com o aprisionamento no porto de, em 11 de novembro de 1864, do barco a brasileiro, que transportava o presidente da,, que nunca chegou a, morrendo em uma prisão paraguaia.

Seis semanas depois, o sob ordens de invadiu pelo sul a província brasileira de Mato Grosso. Antes da intervenção brasileira no Uruguai, já vinha produzindo material bélico moderno, em preparação para um futuro conflito com a Argentina mitrista, e não com o Império.

  1. Solano López alimentava o sonho expansionista e militarista de formar o Grande Paraguai, que abrangeria, além do Paraguai, as regiões argentinas de e, o Uruguai, o Rio Grande do Sul e o Mato Grosso.
  2. Objetivando a expansão imperialista, Solano López instalou o serviço militar obrigatório, organizou um exército de 80 000 homens, reaparelhou a Marinha e criou indústrias bélicas.

Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança.

  1. O, a mitrista e o florista,, derrotaram o Paraguai após mais de cinco anos de lutas durante os quais o Império enviou em torno de 150 mil homens à guerra.
  2. Cerca de 50 mil não voltaram — alguns autores asseveram que as mortes no caso do Brasil podem ter alcançado 60 mil se forem incluídos, principalmente nas então do e de,

Argentina e Uruguai sofreram perdas proporcionalmente pesadas — mais de 50% de suas tropas faleceram durante a guerra — apesar de, em números absolutos, serem menos significativas. Já as perdas humanas sofridas pelo Paraguai são calculadas em até 300 mil pessoas, entre e, mortos em decorrência dos combates, das que se alastraram durante a guerra e da fome.

A derrota marcou uma reviravolta decisiva na, tornando-o um dos países mais atrasados da, devido ao seu decréscimo populacional, ocupação militar por quase dez anos, pagamento de pesada indenização de guerra, no caso do Brasil até a, e perda de praticamente 40% do território em litígio para o Brasil e Argentina.

No pós-guerra, o Paraguai manteve-se sob a hegemonia brasileira. Foi o último de quatro conflitos armados internacionais na chamada, em que o Império do Brasil lutou, no, pela supremacia sul-americana, tendo o primeiro sido a, o segundo a e o terceiro a,

Qual foi a única guerra que o Brasil perdeu?

O Brasil ganhou todos os confrontos que travou, menos um, em que apanhou feio. Na Guerra da Cisplatina, de 1825 a 1828, o país foi derrotado por uma aliança de argentinos e uruguaios.

Qual foi a pior guerra de todos os tempos?

Segunda fase (1943-1945) –

A segunda fase da guerra foi definitiva para o término do conflito. Com a entrada dos Estados Unidos e da União Soviética no confronto, ingleses e franceses contaram com ajudas importantes para responder aos ataques nazifascistas. As tropas aliadas iniciaram o contra-ataque e reverteram o avanço do Eixo obtido na primeira fase.

  • Do lado oriental, as tropas soviéticas; do lado ocidental, as tropas americanas, inglesas e francesas.
  • Na Europa, o Eixo foi perdendo espaço e sendo encurralado pelos Aliados.
  • Benito Mussolini foi o primeiro líder a ser derrotado.
  • Um dos dias mais marcantes para os Aliados na Segunda Guerra Mundial foi o dia 6 de junho de 1944, que entrou para a história como o Dia D,

Nessa ocasião, ocorreu o desembarque dos aliados na Normandia, norte da França, ato que foi decisivo para encaminhar o Eixo à derrota ao iniciar a libertação francesa do domínio nazista. A Itália foi o primeiro país do Eixo a se render, em 1943. Dois anos depois, veio a derrota nazista.

O que causa a guerra?

As guerras são conflitos armados que acontecem por diferentes motivos, como desentendimentos religiosos, interesses políticos e econômicos, disputas territoriais, rivalidades étnicas, entre outras razões. Na História, elas são estudadas por um ramo conhecido como História Militar, que se dedica não só a entender as grandes guerras, como também a estudar a noção dos exércitos.

  • Um dos grandes teóricos da guerra moderna foi o militar prussiano Carl von Clausewitz, responsável por estabelecer ideias como a da mobilização total de um Estado para a guerra.
  • Eventos como a Primeira e a Segunda Guerra Mundial são demonstrações perfeitas do estado de guerra total.
  • Para evitar os excessos, foram estabelecidas as Convenções de Genebra.

Acesse também : Os desdobramentos da Segunda Guerra Mundial na Ásia

Qual foi o maior conflito que houve no mundo?

A Segunda Guerra Mundial foi o maior conflito armado já travado em toda a história da humanidade. Seu tempo de duração foi de seis anos, indo de setembro de 1939 a setembro de 1945. O número de mortos da Segunda Guerra varia entre 50 e 70 milhões. Muitos autores consideram-na uma extensão da Primeira Guerra Mundial (1914-1945), haja vista que, assim como na guerra iniciada em 1914, foi a Alemanha que deu início ao conflito, em 1939.

Quantas guerras?

Só em 2022 foram registrados 55 conflitos em 38 países, sendo que 8 deles são considerados guerras, em que há mais de mil mortes relacionadas por ano, contra 5 no ano anterior. As oitos guerras de 2022 foram: Etiópia, Ucrânia, Somália, Iêmen, Burkina Faso, Mali, Mianmar e Nigéria.

Qual é o país mais pobre do mundo?

Sua leitura i O Sua Leitura indica o quanto você está informado sobre um determinado assunto de acordo com a profundidade e contextualização dos conteúdos que você lê. Nosso time de editores credita 20, 40, 60, 80 ou 100 pontos a cada conteúdo – aqueles que mais ajudam na compreensão do momento do país recebem mais pontos.

Ao longo do tempo, essa pontuação vai sendo reduzida, já que conteúdos mais novos tendem a ser também mais relevantes na compreensão do noticiário. Assim, a sua pontuação nesse sistema é dinâmica: aumenta quando você lê e diminui quando você deixa de se informar. Neste momento a pontuação está sendo feita somente em conteúdos relacionados ao governo federal.

Fechar A matéria que você está lendo agora +0 Informação faz parte do exercício da cidadania. Aqui você vê quanto está bem informado sobre o que acontece no governo federal. Que tal saber mais sobre esse assunto? Comércio informal em Caracas, capital da Venezuela: país ficou atrás apenas do Zimbábue em lista dos mais pobres do mundo elaborada por economista da Universidade Johns Hopkins | Foto: EFE/Miguel Gutierrez O economista Steve Hanke, da Universidade Johns Hopkins, divulgou no final de maio o seu levantamento Índice de Miséria de 2022, que colocou Ucrânia e Turquia e vários países latino-americanos entre os de pior situação econômica no mundo no ano passado.

  • A pesquisa leva em conta fatores como desemprego, inflação, variação do PIB per capita, entre outros.
  • Zimbábue, na África, apareceu em primeiro lugar, enquanto a Venezuela foi a segunda colocada.
  • Outros latino-americanos entre os 15 piores na lista são Argentina (sexta colocada), Cuba (nona) e Haiti (12º).

No caso argentino, o fator principal foi a inflação, mesmo motivo pelo qual a Turquia foi destacada em décimo lugar. A Ucrânia, devastada pela guerra, apareceu em oitavo, com o desemprego de quase 20% sendo apontado pelo especialista como o maior complicador.

Qual é o menor país do universo?

O menor país do mundo é menor do que muitas cidades e até mesmo bairros. O dono deste título é o Vaticano, com seus incríveis 0,44 quilômetros quadrados de extensão territorial, segundo o próprio governo local.

O que Israel fez com a Palestina?

O conflito Israel-Palestina provocou dezenas de milhares de mortos e deslocou milhões de pessoas desde o seu início, com raízes na colonização britânica da região há mais de um século. A atenção se voltou mais uma vez para ele após o ataque do grupo terrorista Hamas a Israel no dia 7, que surpreendeu o mundo pela facilidade de transpor as fronteiras até então vistas como intransponíveis de Israel.

Guerra Israel-Hamas: Faixa de Gaza está à beira do colapso humanitário Brasileiros vão deixar escola após ultimato de Israel; alguns já estão no sul

Durante décadas, jornais, historiadores, especialistas militares, diplomatas e líderes mundiais fizeram a mesma pergunta. Muitos definem o conflito como impossível de se resolver, complexo e travado. Mas como começou tudo isso? 1917: Declaração Balfour Em 2 de novembro de 1917, o então ministro das Relações Exteriores do Império Britânico, Arthur Balfour, escreveu uma carta endereçada a Lionel Walter Rothschild, líder da comunidade judaica do Reino Unido, com uma promessa: comprometer o governo britânico a “estabelecer na Palestina um lar nacional para o povo judeu” e a facilitar o plano.

  • Essa carta, de apenas 67 palavras, ficou conhecida como Declaração Balfour e provocou o efeito político na região que se estende até os dias de hoje.
  • O maior potência da época, o Império Britânico, prometia ao movimento sionista criar um país em um território que era 90% ocupado por árabes palestinos e por uma minoria judaica.

Esse território foi escolhido graças a localidade de Jerusalém, considerada uma cidade sagrada pelo judaísmo, o cristianismo e o islamismo e disputada diversas vezes nos séculos anteriores. Para os judeus, a região era o seu lar ancestral, mas os árabes palestinos também reivindicaram a terra e se opuseram à mudança.

  • Esse território foi, ao longo do tempo, dominado por diferentes grupos, impérios e nações, incluindo judeus, assírios, babilônios, persas, macedônios, romanos, bizantinos.
  • Naquele ano o território palestino estava sob o mando do Império Otomano, que lutava contra o Império Britânico na Primeira Guerra.

Após a derrota dos otomanos, a região foi repartida entre França e Inglaterra, que ficou com as terras da Palestina. O mandato britânico foi criado em 1923 e durou até 1948. Nesse período, os britânicos facilitaram a imigração judaica em massa, muitos dos quais fugiam do nazismo que dominava a Europa, e também enfrentaram protestos e greves dos palestinos, alarmados com a mudança regional e com o confisco britânico de suas terras.1936-1939: A Revolta Árabe A escalada entre árabes e britânicos acabou causando a Revolta Árabe.

Em abril de 1936, o recém-formado Comitê Nacional Árabe convocou os palestinos a lançar uma greve geral, reter pagamentos de impostos e boicotar produtos judaicos para protestar contra o colonialismo britânico e a crescente imigração judaica. A ação foi reprimida pelos britânicos, que começaram a fazer prisões em massa e a demolir as residências de famílias árabes como punição.

No fim de 1937, o movimento de resistência camponesa palestina respondeu à repressão britânica e atacou as forças militares que estavam no país. Nos anos que se seguiram, o Reino Unido concentrou 30 mil soldados no território da Palestina, bombardeou aldeias, impôs toques de recolher, demoliu casas e executou milhares de moradores.

A última fase do conflito contou com a colaboração dos colonos judaicos que chegaram à região. Juntos com o Império Britânico, eles formaram grupos armados e uma chamada “força de contrainsurgência” para contra-atacar os palestinos. Em três anos, estima-se que cinco mil palestinos morreram, 15 a 20 mil foram feridos e 5,6 mil, presos.1947: O plano de partilha da ONU Em 1947, a população judaica havia aumentado para 33% da Palestina, mas eles possuíam apenas 6% das terras.

See also:  O Que Etnocentrismo?

A recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU) adotaram, então, a Resolução 181, que pedia que o território palestino fosse partilhado em dois Estados, um árabe e outro, judeu. Jerusalém seria uma cidade internacional comandada pela ONU. Os palestinos rejeitaram o plano porque destinava cerca de 56% da Palestina ao Estado que viria a ser Israel, incluindo a maior parte da região costeira fértil.

Na época, os palestinos compreendiam 67% da população do território palestino.1948: Nakba e a criação do Estado de Israel Antes do mandato britânico chegar ao fim na Palestina, em 14 de maio de 1948, os grupos paramilitares sionistas, que haviam nascido durante a Revolta Árabe, realizavam operações militares em cidades e vilas para expandir fronteiras do Estado judaico que estava para ser criado.

Em 15 de maio de 1948, o Estado de Israel foi criado sem uma solução pacífica com os árabes. Os palestinos se opuseram à criação por considerarem que a terra havia sido roubada e receberam apoio dos países árabes da região. No dia seguinte, a primeira guerra árabe-israelense começou, durando até janeiro de 1949, quando um armistício entre Israel e Egito, Líbano, Jordânia e Síria foi acordado.

Estima-se que até 1948 mais de 500 vilas e cidades palestinas foram destruídos, no que ficou conhecido entre eles de Nakba, que significa “catástrofe” em árabe. Segundo historiadores, mais de 15 mil palestinos foram mortos. Em 1948, 78% do território histórico da Palestina havia sido dominado pelos judeus, e os 22% foram divididos entre o que hoje são a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

Estima-se que 750 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas. Essa população se espalhou pela Cisjordânia, Líbano, Síria, Jordânia e Egito. Os territórios palestinos estabelecidos então (Faixa de Gaza e Cisjordânia) foram assumidos por dois Estados árabes: o Egito, que assumiu Gaza, e Jordânia, que começou o domínio administrativo na Cisjordânia.

  1. Os palestinos continuaram ocupando essas áreas.
  2. Outros 150 mil palestinos permaneceram em áreas de Israel, vivendo sob uma ocupação militar rigidamente controlada por quase 20 anos antes de receberem a cidadania israelense.
  3. Em 1964, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) foi formada e, um ano depois, o partido político Fatah foi estabelecido.1967: A Guerra dos Seis Dias Em 5 de junho de 1967, Israel ocupou áreas da Palestina histórica, incluindo a Faixa de Gaza, a Cisjordânia, Jerusalém Oriental (comandada então pela Jordânia), as Colinas de Golã sírias e a Península do Sinai egípcia contra uma coalizão de exércitos árabes na chamada Guerra dos Seis Dias, que teve início pelas tensões anteriores e por Israel considerar o movimento militares próximos às fronteiras como ameaça.

Os colonos começaram, então, a construção dos assentamentos judeus na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza. Para alguns palestinos, isso levou a um segundo deslocamento forçado, ou Naksa, que significa “retrocesso” em árabe. Apesar de uma resolução da ONU que garantia o direito dos refugiados palestinos de voltarem para Israel, isso foi continuamente negado com a justificativa de que isso sobrecarregaria o país e colocaria em ameaça o Estado judeu.

Em dezembro de 1967, foi formada a Frente Popular Marxista-Leninista para a Libertação da Palestina. Na década seguinte, uma série de ataques e sequestros de aviões por grupos de esquerda chamaram a atenção do mundo para a situação dos palestinos.1987-1993: A Primeira Intifada A chamada Primeira Intifada palestina irrompeu na Faixa de Gaza em dezembro de 1987, depois que quatro palestinos foram mortos após um caminhão israelense colidir com duas vans que transportavam trabalhadores palestinos.

Greves bem organizadas, mobilizações populares e protestos em massa eclodiram a partir daí. Os protestos se espalharam rapidamente para a Cisjordânia, com jovens palestinos atirando pedras contra tanques e soldados do exército israelense. Também levou ao estabelecimento do movimento Hamas, um ramo da Irmandade Muçulmana que se engajou na resistência armada contra a ocupação israelense.

A resposta do exército israelense foi encapsulada pela política “Quebre seus ossos” defendida pelo então ministro da Defesa, Yitzhak Rabin. Incluiu assassinatos, fechamento de universidades, deportações de ativistas e destruição de casas, repetindo estratégias dos britânicos no início do século. Segundo a organização israelense de direitos humanos B’Tselem, 1.070 palestinos foram mortos pelas forças israelenses durante a Intifada, incluindo 237 crianças.

Mais de 175 mil palestinos foram presos. A Intifada foi realizada principalmente por jovens e dirigida pela Organização de Libertação da Palestina (OLP), uma coalizão de facções políticas palestinas comprometidas em acabar com a ocupação israelense e estabelecer independência palestina.

Em 1988, a Liga Árabe reconheceu a OLP como o único representante do povo palestino e a comunidade internacional começou a buscar uma solução para o conflito. Continua após a publicidade 1993: Acordos de Oslo A Intifada terminou com a assinatura dos Acordos de Oslo em 1993 e a formação da Autoridade Palestina, um órgão de governo interino que recebeu autogoverno limitado em áreas da Cisjordânia ocupada e da Faixa de Gaza.

A OLP reconheceu Israel com base em uma solução de dois Estados e efetivamente assinou acordos que deram a Israel o controle de 60% da Cisjordânia e de grande parte da terra e dos recursos hídricos do território. A Autoridade Palestina deveria abrir caminho para o primeiro governo palestino eleito comandando um Estado independente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com capital em Jerusalém Oriental, mas isso nunca aconteceu.

  1. Os críticos da Autoridade Palestina a veem como um órgão corrupto e cooptado por Israel que colabora estreitamente com os militares israelenses na repressão à dissidência e ao ativismo político de outros grupos contra Israel.
  2. Em 1995, Israel construiu uma cerca eletrônica e um muro de concreto ao redor da Faixa de Gaza, interrompendo as interações entre os territórios palestinos divididos.2000: A Segunda Intifada A Segunda Intifada começou em 28 de setembro de 2000, quando o líder do partido israelense Likud, Ariel Sharon, fez uma visita a esplanada de mesquitas de Al-Aqsa, lugar sagrado para o islamismo, com milhares de forças de segurança posicionadas dentro e ao redor da Cidade Velha de Jerusalém.

A visita desencadeou confrontos entre manifestantes palestinos e forças israelenses mataram 5 palestinos e feriram 200 em dois dias. Depois disso, houve um levante armado generalizado entre israelenses e árabes. Durante a Segunda Intifada, Israel causou danos sem precedentes à economia e à infraestrutura palestinas, ocupou áreas governadas pela Autoridade Palestina e iniciou a construção de um muro de separação que, juntamente com a construção desenfreada de assentamentos, destruiu meios de subsistência e comunidades palestinas.

  1. Os assentamentos da área da Cisjordânia são ilegais sob o direito internacional, mas ao longo dos anos centenas de milhares de colonos judeus se mudaram para colônias construídas em terras palestinas.
  2. O espaço para os palestinos se encolheu à medida que estradas e infraestrutura exclusivas para colonos cortam a região.

Na época em que os Acordos de Oslo foram assinados, pouco mais de 110 mil colonos judeus viviam na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental. Hoje, o número é de mais de 700 mil vivendo em mais de 100 mil hectares de terras expropriadas dos palestinos.2004-2007: A divisão palestina e o bloqueio em Gaza O líder da OLP, Yasser Arafat, morreu em 2004 e, um ano depois, a segunda Intifada terminou, os assentamentos israelenses na Faixa de Gaza foram desmantelados e soldados israelenses e 9 mil colonos deixaram o enclave.

  • Um ano depois, os palestinos votaram em uma eleição geral pela primeira vez.
  • O Hamas conquistou a maioria.
  • Uma guerra civil entre Fatah e Hamas eclodiu e resultou na morte de centenas de palestinos.
  • Após derrotar o Fatah, o Hamas expulsou o partido da Faixa de Gaza, e o Fatah retomou controles de partes da Cisjordânia.

Vista como uma organização terrorista por Israel, a vitória do Hamas na Faixa de Gaza levou o Estado israelense a impor em 2007 um bloqueio aéreo, terrestre e naval na Faixa de Gaza. O Hamas tem como objetivo expresso o fim do Estado de Israel.2007-Hoje: As guerras na Faixa de Gaza Após se retirar de Gaza e impor o bloqueio, Israel lançou quatro ataques militares prolongados em Gaza: em 2008, 2012, 2014 e 2021.

Milhares de palestinos foram mortos, incluindo muitas crianças, e dezenas de milhares de casas, escolas e edifícios de escritórios foram destruídos. A reconstrução tem sido quase impossível porque o bloqueio impede que materiais de construção, como aço e cimento, cheguem a Gaza. O Egito também contribui para o bloqueio na Faixa de Gaza, na intenção de isolar o Hamas e pressioná-lo a parar os ataques, particularmente o lançamento indiscriminado de foguetes contra cidades israelenses.

Os palestinos em Gaza dizem que as restrições de Israel e seus ataques aéreos em áreas densamente povoadas equivalem a punição coletiva. A comunidade internacional considera que o bloqueio de 2007 exacerbou significativamente as restrições anteriores, limitando o número e as categorias especificadas de pessoas e bens permitidos para entrar e sair através das travessias controladas por Israel.

O que a Bíblia diz sobre o povo de Israel?

A Casa de Israel É o Povo do Convênio de Deus –

Que responsabilidades tem o povo do convênio de Deus em relação às nações do mundo?

Jacó foi um grande profeta que viveu centenas de anos antes do tempo de Cristo. Por ter sido fiel, o Senhor deu-lhe o nome especial de Israel, que significa “aquele que prevalece com Deus” ou “que Deus prevaleça” (Bible Dictionary, “Israel”, p.708). Jacó teve doze filhos.

  • Esses filhos e suas respectivas famílias tornaram-se conhecidos como as doze tribos de Israel ou israelitas (ver Gênesis 49:28 ).
  • Jacó era neto de Abraão.
  • O Senhor fez um convênio eterno com Abraão, o qual foi renovado com Isaque e com Jacó e seus filhos (ver o capítulo 15 deste livro; ver também o auxílio visual deste capítulo, que mostra Jacó abençoando seus filhos).

Deus prometeu que os israelitas seriam o Seu povo do convênio, desde que obedecessem aos Seus mandamentos (ver Deuteronômio 28:9–10 ). Eles seriam uma bênção a todas as nações do mundo, levando-lhes o evangelho e o sacerdócio (ver Abraão 2:9–11 ). Dessa forma, cumpririam sua parte do convênio com o Senhor e Este cumpriria a Sua.

O que significa a palavra Palestina?

Palestina (do original Filistina – “Terra dos Filisteus”) é o nome dado desde a Antiguidade à região do Oriente Próximo (impropriamente chamado de “Oriente Médio”), localizada ao sul do Líbano e a nordeste da Península do Sinai, entre o Mar Mediterrâneo e o vale do Rio Jordão. Mas as sucessivas dominações estrangeiras, começadas com a tomada de Jerusalém (587 a.C.) por Nabucodonosor, rei da Babilônia, deram início a um progressivo processo de diáspora (dispersão) da população judaica, embora sua grande maioria ainda permanecesse na Palestina.

As duas rebeliões dos judeus contra o domínio romano (em 66-70 e 133-135 d.C.) tiveram resultados desastrosos. Ao debelar a primeira revolta, o general (mais tarde imperador) Tito arrasou o Templo de Jerusalém, do qual restou apenas o Muro das Lamentações. E o imperador Adriano, ao sufocar a segunda, intensificou a diáspora e proibiu os judeus de viver em Jerusalém.

A partir de então, os israelitas espalharam-se pelo Império Romano; alguns grupos emigraram para a Mesopotâmia e outros pontos do Oriente Médio, fora do poder de Roma. A partir de então, a Palestina passou a ser habitada por populações helenísticas romanizadas; e, em 395, quando da divisão do Império Romano, tornou-se uma província do Império Romano do Oriente (ou Império Bizantino).

Em 638, a região foi conquistada pelos árabes, no contexto da expansão do islamismo, e passou a fazer parte do mundo árabe, embora sua situação política oscilasse ao sabor das constantes lutas entre governos muçulmanos rivais. Chegou até mesmo a constituir um Estado cristão fundado pelos cruzados (1099-1187).

Finalmente, de 1517 a 1918, a Palestina foi incorporada ao imenso Império Otomano (ou Império Turco). Deve-se, a propósito, lembrar que os turcos, e embora muçulmanos, não pertencem à etnia árabe. Em 1896, o escritor austríaco de origem judaica Theodor Herzl fundou o Movimento Sionista, que pregava a criação de um Estado judeu na antiga pátria dos hebreus.

Esse projeto, aprovado em um congresso israelita reunido em Genebra, teve ampla ressonância junto à comunidade judaica internacional e foi apoiado sobretudo pelo governo britânico (apoio oficializado em 1917, em plena Primeira Guerra Mundial, pela Declaração Balfour). No início do século XX, já existiam na região pequenas comunidades israelitas, vivendo em meio à população predominantemente árabe.

A partir de então, novos núcleos começaram a ser instalados, geralmente mediante compra de terras aos árabes palestinos. Durante a Primeira Guerra Mundial, a Turquia lutou ao lado da Alemanha e, derrotada, viu-se privada de todas as suas possessões no mundo árabe.

A Palestina passou então a ser administrada pela Grã-Bretanha, mediante mandato concedido pela Liga das Nações. Depois de 1918, a imigração de judeus para a Palestina ganhou impulso, o que começou a gerar inquietação no seio da população árabe. A crescente hostilidade desta última levou os colonos judeus a criar uma organização paramilitar – a Haganah – a princípio voltada para a autodefesa e mais tarde também para operações de ataque contra os árabes.

Apesar do conteúdo da Declaração Balfour, favorável à criação de um Estado judeu, a Grã-Bretanha tentou frear o movimento imigratório para não descontentar os Estados muçulmanos do Oriente Médio, com quem mantinha proveitosas relações econômicas; mas viu-se confrontada pela pressão mundial da coletividade israelita e, dentro da própria Palestina, pela ação de organizações terroristas.

  • Após a Segunda Guerra Mundial, o fluxo de imigrantes judeus tornou-se irresistível.
  • Em 1947, a Assembléia Geral da ONU decidiu dividir a Palestina em dois Estados independentes: um judeu e outro palestino.
  • Mas tanto os palestinos como os Estados árabes vizinhos recusaram-se a acatar a partilha proposta pela ONU.
See also:  Quanto Custa Um Exame De Dna 2022?

Em 14 de maio de 1948, foi proclamado o Estado de Israel, que se viu imediatamente atacado pelo Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano (1ª Guerra Árabe-Israelense). Os árabes foram derrotados e Israel passou a controlar 75% do território palestino.

  1. A partir daí, iniciou-se o êxodo dos palestinos para os países vizinhos.
  2. Atualmente, esses refugiados somam cerca de 3 milhões.
  3. Os 25% restantes da Palestina, correspondentes à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, ficaram sob ocupação respectivamente do Egito e da Jordânia.
  4. Note-se que a Cisjordânia incluía a parte oriental de Jerusalém, onde fica a Cidade Velha, de grande importância histórica e religiosa.

Damos a seguir a cronologia dos principais acontecimentos subsequentes 1947 – A ONU aprova a partilha da Palestina em dois Estados – um judeu e outro árabe. Essa resolução é rejeitada pela Liga dos Estados Árabes.1948 – Os Judeus proclamam o Estado de Israel, provocando a reação dos países árabes.

Primeira Guerra Árabe-Israelense. Vitória de Israel sobre o Egito, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano e ampliação do território israelense em relação ao que fora estipulado pela ONU. Centenas de milhares de palestinos são expulsos para os países vizinhos. Como territórios palestinos restaram a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, ocupadas respectivamente por tropas egípcias e jordanianas.1956 – Guerra entre Israel e o Egito.

Embora vitoriosos militarmente, os israelenses retiraram-se da Faixa de Gaza e da parte da Península do Sinai que haviam ocupado.1964 – Criação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), cuja pretensão inicial era destruir Israel e criar um Estado Árabe Palestino.

  • Utilizando táticas terroristas e sofrendo pesadas retaliações israelenses, a OLP não alcançou seu objetivo e, com o decorrer do tempo, passou a admitir implicitamente a existência de Israel.1967 – Guerra dos Seis Dias.
  • Atacando fulminantemente em três frentes, os israelenses ocupam a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (territórios habitados pelos palestinos) e tomam a Península do Sinai ao Egito, bem como as Colinas de Golan à Síria.1970 – “Setembro Negro”.

Desejando pôr fim às retaliações israelenses contra a Jordânia, de onde provinha a quase totalidade das incursões palestinas contra Israel, o rei Hussein ordena que suas tropas ataquem os refugiados palestinos. Centenas deles são massacrados e a maioria dos sobreviventes se transfere para o Líbano.1973 – Guerra do Yom Kippur (“Dia do Perdão”).

  • Aproveitando o feriado religioso judaico, Egito e Síria atacam Israel; são porém derrotados e os israelenses conservam em seu poder os territórios ocupados em 1967.
  • Para pressionar os países ocidentais, no sentido de diminuir seu apoio a Israel, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) provoca uma forte elevação nos preços do petróleo.1977 – Pela primeira vez, desde a fundação de Israel, uma coalizão conservadora (o Bloco Likud) obtém maioria parla mentar.

O novo primeiro-ministro, Menachem Begin, inicia o assentamento de colonos judeus nos territórios ocupados em 1967. 1979 – Acordo de Camp David. O Egito é o primeiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel. Este, em contrapartida, devolve a Península do Sinai ao Egito (cláusula cumprida somente em 1982). Em 1981, militares egípcios contrários à paz com Israel assassinam o presidente Anwar Sadat.1982 – Israel invade o Líbano (então em plena guerra civil entre cristãos e muçulmanos) e consegue expulsar a OLP do território libanês.

  • Os israelenses chegam a ocupar Beirute, capital do Líbano.
  • Ocorrem massacres de refugiados palestinos pelas milícias cristãs libanesas, com a conivência dos israelenses.1985 – As tropas israelenses recuam para o sul do Líbano, onde mantêm uma “zona de segurança” com pouco mais de 10 km de largura.
  • Para combater a ocupação israelense, forma-se o Hezbollah (“Partido de Deus”), organização xiita libanesa apoiada pelo governo islâmico fundamentalista do Irã.1987 – Começa em Gaza (e se estende à Cisjordânia) a Intifada (“Revolta Popular”) dos palestinos contra a ocupação israelense.

Basicamente, a Intifada consiste em manisfestações diárias da população civil, que arremessa pedras contra os soldados israelenses. Estes frequentemente revidam a bala, provocando mortes e prejudicando a imagem de Israel junto à opinião internacional.

  • Resoluções da ONU a favor dos palestinos são sistematicamente ignoradas pelo governo israelense ou vetadas pelos Estados Unidos.
  • A Intifada termina em 1992.1993 – Com a mediação do presidente norte-americano Bill Clinton, Yasser Arafat, líder da OLP, e Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel, firmam em Washington um acordo prevendo a criação de uma Autoridade Nacional Palestina, com autonomia administrativa e policial em alguns pontos do território palestino.

Prevê-se também a progressiva retirada das forças israelenses de Gaza e da Cisjordânia. Em troca, a OLP reconhece o direito de Israel à existência e renuncia formalmente ao terrorismo. Mas duas organizações extremistas palestinas (Hamas e Jihad Islâmica) opõem-se aos termos do acordo, assim como os judeus ultranacionalistas.1994 – Arafat retorna à Palestina, depois de 27 anos de exílio, como chefe da Autoridade Nacional Palestina (eleições realizadas em 1996 o confirmam como presidente) e se instala em Jericó.

  • Sua jurisdição abrange algumas localidades da Cisjordânia e a Faixa de Gaza – embora nesta última 4 000 colonos judeus permaneçam sob administração e proteção militar israelenses.
  • O mesmo ocorre com os assentamentos na Cisjordânia.
  • Na cidade de Hebron (120 000 habitantes palestinos), por exemplo, 600 colonos vivem com o apoio de tropas de Israel.

Nesse mesmo ano, a Jordânia é o segundo país árabe a assinar um tratado de paz com os israelenses.1995 – Acordo entre Israel e a OLP para conceder autonomia (mas não soberania) a toda a Palestina, em prazo ainda indeterminado. Em 4 de novembro, Rabin é assassinado por um extremista judeu.1996 – É eleito primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, do Partido Likud (antes denominado Bloco Liked), que paralisa a retirada das tropas de ocupação dos territórios palestinos e intensifica os assentamentos de colonos judeus em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em meio à população predominantemente árabe.

O processo de pacificação da região entra em compasso de espera, ao mesmo tempo em que recrudescem os atentados terroristas palestinos. Em Israel, o primeiro-ministro (chefe do governo) é eleito pelo voto direto dos cidadãos.1999 – Ehud Barak, do Partido Trabalhista (ao qual também pertencia Yitzhak Rabin), é eleito primeiro-ministro e retoma as negociações com Arafat, mas sem que se produzam resultados práticos.2000 – Israel retira-se da “zona de segurança” no sul do Líbano.

Enfraquecido politicamente, devido à falta de progresso no camiho da paz, e também devido às ações terroristas palestinas (não obstante as represálias israelenses), Barak renuncia ao cargo de primeiro-ministro. São convocadas novas eleições, nas quais ele se reapresenta como candidato.

  1. Mas o vencedor é o general da reserva Ariel Sharon, do Partido Likud, implacável inimigo dos palestinos.
  2. Pouco antes das eleições, começa nos territórios ocupados uma nova Intifada.2001 – Agrava-se o ciclo de violência: manifestações contra a ocupação israelense, atentados suicidas palestinos e graves retaliações israelenses.

Nesse contexto, Yasser Arafat, já septuagenário, parece incapaz de manter a autoridade sobre seus compatriotas ou de restabelecer algum tipo de diálogo com Israel, cujo governo por sua vez mantém uma inflexível posição de força.

Quantas guerras estão acontecendo agora no mundo?

Neste momento, oito guerras acontecem ao redor do mundo. É o maior número desde o fim da Guerra Fria. Pelo fato ser a primeira guerra direta entre duas nações, sendo uma delas nucleares, a guerra da Ucrânia ocupa coberturas de destaque, mas conflitos na Etiópia, Iêmen, República Democrática do Congo e Mianmar criam cada vez mais crises humanitárias “silenciosas”.

  • Os dados de mortes em conflitos são difíceis de precisar devido à dificuldade de acesso a informações confiáveis, bem como visualizar os cenários reais nos campos de batalhas.
  • Por vezes, atores ocultam ou então superestimam números de fatalidades para fins de propaganda de guerra.
  • Por isso, dados como os levantados pelo Programa de Dados de Conflitos da Universidade de Uppsala (UCDP), na Suécia, e pela ONU são estimativas, muitas vezes conservadoras.

Para além dos números de mortos, as guerras também provocam um alto custo humanitário de deslocamentos internos, migrações internacionais e pobreza extrema, Segundo dados da Acnur, mais de 108,4 milhões de pessoas foram forçadas a migrar em 2022 devido a conflitos. Crianças tentam encher galões em meio ao desabastecimento de água nos acampamentos improvisados por pessoas que fugiram da guerra do Iêmen, 22 de agosto de 2023. Foto: KHALED ZIAD / AFP Só em 2022 foram registrados 55 conflitos em 38 países, sendo que 8 deles são considerados guerras, em que há mais de mil mortes relacionadas por ano, contra 5 no ano anterior.

  1. As oitos guerras de 2022 foram: Etiópia, Ucrânia, Somália, Iêmen, Burkina Faso, Mali, Mianmar e Nigéria,
  2. Mas conflitos antigos, como a guerra da Síria, continuam a causar vítimas mesmo anos depois de seu ápice, embora em números menores hoje em dia.
  3. Os tipos de conflitos mais comuns são os não-estatais, geralmente envolvendo grupos criminosos armados e terroristas.

Mas o número de conflitos com envolvimento de países tem crescido ano a ano, e 2022 registrou o maior número de mortes neste tipo de batalha desde 1994, quando ocorreu o sangrento genocídio de Ruanda, segundo o Instituto de Pesquisa para a Paz de Oslo (Prio, na sigla em inglês), na Noruega.

  1. De acordo com os pesquisadores, têm se tornado mais comum que nações enviem tropas de apoio a grupos rebeldes que lutam contra governos, o que faz com que Exércitos nacionais lutem entre si.
  2. O envolvimento de Forças Armadas nacionais, apontam, tende a tornar as batalhas mais mortais.
  3. Além disso, a expansão do grupo terrorista Estado Islâmico tem sido uma das principais causas de mortes na África, Ásia e Oriente Médio.

Continua após a publicidade Enquanto isso, 2023 viu um novo conflito eclodir no Sudão, quando dois generais das Forças Armadas entraram em disputa para ocupar o vácuo de poder criado pela queda do ditador Omar Al Bashir, Ao mesmo tempo, o longo conflito entre palestinos e israelenses voltou a escalar após a eleição da coalizão mais extremista-religiosa da história de Israel,

  • A própria invasão da Rússia à Ucrânia reacendeu antigas disputas territoriais como na pequena região de Nagorno-Karabakh, que viveu novos focos de conflitos em 2022.
  • Há uma série de mudanças globais que contribuem para esse aumento de tensões e uma principal é a crise econômica de 2008″, afirma Magnus Öberg, professor do Departamento de Pesquisa de Paz e Conflitos da Universidade de Uppsala e diretor do Programa de Dados de Conflitos, em entrevista ao Estadão,

“Sempre vemos um crescimento no número de conflitos nos anos que seguem uma crise econômica”. A globalização, bem como maior fluxo de armas e emergência de novas superpotências também explicam o clima de conflito recente. Mas a polarização é com certeza um dos principais fatores, segundo o pesquisador.

  • Estamos vendo agora uma piora da economia global e recessões econômicas tendem a impulsionar conflitos, e adicione a covid-19 nesta conta.
  • Então, os recentes problemas que tivemos, a pandemia, a alta da inflação, a piora econômica, tudo isso cria uma tendência de aumentar a violência nos anos seguintes”, completa.

As maiores guerras sendo travadas hoje têm motivações diferentes, entre batalhas por território, por conflitos étnicos e por ocupação de vácuo de poder, em sua maioria na África e na Ásia. Não é incomum encontrar dois ou três fatores combinados. “E importante destacar que as guerras mudaram a suas características e hoje elas não envolvem necessariamente mais as potências”, afirma Christopher Mendonça, professor de Relações Internacionais do Ibmec-BH.

O que está acontecendo em Israel 2023?

Em 2023, houve mais de 700 ataques de israelenses contra palestinos, segundo a ONU. Além disso, Netanyahu busca alterar o Poder Judiciário para se manter no poder e evitar acusações de corrupção em seu governo.